Objetivo: Identificar a condição oral dos dependentes químicos atendidos em um Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), traçar o perfil sociodemográfico, determinando a prevalência de lesões/alterações estomatológicas nestes pacientes. Métodos: Trata-se de um trabalho descritivo com abordagem quantitativa e bibliográfica, realizado no município de João Pessoa-PB. A amostra constituiu-se de 90 prontuários. Os dados foram coletados em ficha clínica elaborada para este fim, tabulados e submetidos à análise descritiva. Resultados: Há uma maior frequência de tabagistas (41%), seguida de etilistas/ tabagistas (39%), apenas etilistas (18%) e usuário de drogas ilícitas (1%). A maioria (60%) destes fazia uso de drogas por mais de 10 anos, numa periodicidade de mais de três vezes por semana. Houve maior prevalência de lesões de menor impacto à saúde (41%), seguida de pacientes sem alterações estomatológicas (32%) e lesões de maior impacto à saúde (27%). Conclusão: Apesar de ser considerada população de risco para o desenvolvimento do câncer de boca, o carcinoma de células escamosas (CCE) foi menos prevalente que a ocorrência de lesões com potencial de malignidade, predominando as alterações estomatológicas de menor impacto à saúde geral dos pacientes.