Estimativa e Espacialização da Erosividade em Mesorregiões Climáticas no Estado de Alagoas

Abstract

Resumo A escassez de dados pluviográficos em Alagoas, similar em muitas regiões do país, faz com que utilizem equações de regressão obtidas em outras regiões do Brasil para calcular o fator R da Equação Universal de Perda de Solo. O estudo tem por objetivos: i) definir uma equação para estimar a erosividade das chuvas baseada no índice EI30 e no coeficiente de chuva Rc, ii) validar o método de imputação de dados para a chuva e erosividade e iii) estimar espacialmente a erosividade nos períodos chuvoso, seco e transição para Alagoas. Utilizaram-se dados pluviométricos mensais de 54 estações no período (1960-2016). A equação utilizada apresentou correlação significativa entre os dados observados e estimados, de acordo com os coeficientes r (93%), R2 (87%) e RMSE (775,2 MJ.mm.ha−1.h−1.ano−1). A Krigagem Ordinária foi o melhor interpolador espacial. A isoerosividade mensal mostrou que os maiores índices de EI30 ocorreram entre abril e julho, período coincidente com a quadra chuvosa do estado. Na erosividade anual, os maiores registros estão situados no Leste Alagoano, próximas ao litoral. Destaque para as estações Satuba, Maceió, São Luiz do Quitunde e Flexeiras, categorizadas entre moderada e forte. Estes resultados auxiliarão no planejamento de práticas conservacionistas, principalmente em áreas de vulnerabilidade.

Climatologia da Chuva em Maceió: Aspectos Climáticos e Ambientais

“…Os dados pluviométricos mensais utilizados no estudo correspondem à série pluviométrica histórica do período de 1960 a 2016, fornecidos pela Agência Nacional de Águas (ANA), disponíveis na plataforma Hidroweb (https://www.snirh.gov.br/hidroweb). A base de dados apresentava falhas na série temporal e, foi devidamente preenchida via método de imputação no ambiente R. Os detalhes no preenchimento das falhas via método de imputação encontra-se em Souza et al (2021). Os dados pluviométricos mensais foram confrontados com as normais climatológicas obtidas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) nos períodos de 1961-1990 (normal 1) e 1981-2010 (normal 2), com intuito de verificar aumento ou diminuição da chuva no munícipio de Maceió.…”

“…A estação chuvosa (ou quadratura chuvosa), correspondente a abril a julho e foi responsável por 59,52% da chuva, seguido da estação seca (outubro a fevereiro), com 17,20% da chuva e a estação de transição (março, agosto e setembro) correspondente a 23,28% da chuva no período de estudo. A sazonalidade da chuva em Maceió se deve aos seguintes sistemas meteorológicos responsáveis são: circulações de brisas; Vórtices Ciclônicos em Altos Níveis (VCAN); Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), Distúrbio Ondulatório de Leste (DOL) e Perturbação Ondulatória dos Alísios (POA) e as circulações de brisas marítima/terrestre e lagunar (Lyra et al, 2017;Costa et al, 2020;Da Silva et al, 2020;Souza et al, 2021;. Comparativamente a taxa variacional entre os dados observados versus as normais climatológicas apontaram uma diminuição significativa entre a chuva observada em relação a normal 1 (1961-1990), principalmente na estação chuvosa, as exceções foram os meses de agosto (5% de aumento) e novembro (40% de aumento).…”

“…O munícipio de Maceió é pertencente à mesorregião do Leste Alagoano e, portanto, é influenciada diretamente por diversos sistemas meteorológicos que atuam na costa, principalmente as POA, ASAS, VCAN, circulações de brisas e os DOL - (Costa et al, 2020;Da Silva et al, 2020;Souza et al, 2021). A estação seca e de transição apresentaram uma mudança gradual da chuva no município de Maceió, destaque para a diminuição considerável da chuva na costa, inferior a 105 mm.mês -1 .…”

Dynamics of notified cases of dengue in Alagoas: Geospatialization and Applied Statistics

“…A área de estudo corresponde ao Estado de Alagoas, que se limita ao Norte e a Oeste com o Estado de Pernambuco (PE); ao Sul, com os Estados de Sergipe (SE) e Bahia (BA) e a Leste, com o Oceano Atlântico (Figura 1). Atualmente, o Estado de Alagoas está dividido geopoliticamente em 102 municípios, com uma população estimada de 3.337.357 pessoas (IBGE, 2021) é divido em três mesorregiões climáticas: Leste, Agreste e Sertão alagoano (Souza et al, 2021).…”

“…Resultados do teste de Pettitt aplicados na série temporal em relação aos anos e meses com as mudanças bruscas. 12 VCAN, chuvas intensas, novamente devido aos DOL associado à atuação de cavados em níveis médios (Souza et al, 2021;Da Silva et al, 2020).…”