“…Além da inclusão desses atores na saúde, a cooperação também traz para as equipes de saúde novas possibilidades, novas práticas e formas de cuidar(VASCONCELOS, 2004).A construção da Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEP-SUS), baseada em princípios como diálogo, amorosidade, problematização, construção compartilhada do conhecimento e emancipação, além de expressar o compromisso com um projeto democrático e popular, reforça que as práticas educativas aqui propostas são potencialmente capazes de fortalecer o SUS e o seu modelo de gestão e cuidado, passando pela formação dos profissionais de saúde e pelo atendimento por eles prestado, e a valorização prática dos princípios desse sistema (BRASIL, 2012).Os povos indígenas, ao carregarem a ancestralidade e os marcos passados dos seus antecessores, trazem também a história das suas lutas, enfrentamentos e estratégias de resistência cultural, política, étnica e de espaço. Historicamente, ao saírem compulsoriamente de espaços de protagonismo das suas narrativas, o que inclui modos de vida, direitos e formas de se expressar, foram colocados, consequentemente, em posições subjugadas por práticas colonizadoras e dominantes de poder(MAHER, 2016). Ainda porque esse processo histórico reflete na assistência à saúde desses povos, sobretudo se considerarmos que pode sertanto que éadoecedor (MAHER, 2016).A ancestralidade e os modos de viver e cuidar desenvolvidos por esses povos devem necessariamente ser encarados como práticas de saúde, não só como uma forma de garantia de artesanato e cerâmica também desponta como uma fonte de recursos financeiros para a comunidade, assim como o turismo.…”