RESUMOEste trabalho visa analisar as condições econômicas, de saneamento e cobertura por Estratégia Saúde da Família (ESF) e a ocorrência de Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI) em Municípios do Pará, de 2008 a 2017, a fim de discutir de que maneira indicadores de saneamento e saúde influenciaram sua ocorrência. A partir do levantamento de dados secundários no Departamento de Informática do SUS (DATASUS), Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e do Departamento de Atenção Básica (DAB), foram adotados os munícipios em que houve disponibilidade de dados para o período estudado. Foram analisados 18 municípios paraenses, 3 para cada mesorregião do Estado. Constatou-se que: (1) as taxas de internações e óbitos diminuíram ao longo da série histórica, com menores valores médios nos municípios da Mesorregião do Marajó; (2) o serviço de abastecimento de água teve um crescimento pouco expressivo; (3) que houve ampliação da cobertura pelo ESF, estando 11 municípios com atendimento superior a 50%; e (4) que o crescimento econômico (PIB) nem sempre é acompanhado de superação de problemas sociais, pois um nível considerável de renda dos municípios não significa que eles estejam investindo em serviços de saneamento e/ou ações de promoção e prevenção. Portanto, estes munícipios ainda têm a questão do saneamento como um desafio, sendo que a ESF, por sua vez, contribuiu para a ampliação da cobertura de serviços de prevenção e atendimento à população, reduzindo as internações e óbitos por DRSAI de 2008 a 2017. PALAVRAS-CHAVE: Políticas. Saneamento e saúde. Estratégia Saúde da Família.