Influência do grupo de pares e uso de drogas ilícitas entre adolescentes brasileiros: um estudo transversal

Abstract

O estudo teve como objetivo examinar o uso de drogas ilícitas e as associações com fatores socioeconômicos e influência do grupo de pares entre adolescentes brasileiros de 15 a 19 anos de idade. Foi adotada uma amostra de clusters em dois estágios, com a seleção aleatória de escolas públicas e privadas entre os nove distritos administrativos de uma capital de estado, e a seleção aleatória de turmas em cada escola. A variável de desfecho foi o uso de drogas ilícitas, medido pela seguinte pergunta: “Você já usou drogas ilícitas (maconha, inalantes, hipnóticos, cocaína/crack, alucinógenos, anfetaminas e/ou opióides) alguma vez na vida?”. Os grupos de pares foram classificados como: escola, família, atividades religiosas e esportes/cultura. O nível socioeconômico foi avaliado com o Índice de Vulnerabilidade em Saúde (IVS) baseado em área. Foram analisados os dados de 91 adolescentes com o teste do qui-quadrado e regressão logística. A proporção global de uso de drogas ilícitas foi 15,2%. A heterogeneidade por gênero dentro de grupos (OR = 3,14; IC95%: 1,63-6,06), amizades baseadas em religião (OR = 0,36; IC95%: 0,17-0,75) e amizades baseadas em esportes/cultura (OR = 0,44; IC95%: 0,22-0,87) permaneceram associadas significativamente com o uso de drogas ilícitas. Os adolescentes que residiam em áreas menos vulneráveis mostraram maior probabilidade de uso de drogas ilícitas, quando comparados aos jovens em áreas mais vulneráveis. As amizades baseadas em religião e esportes/cultura parecem ter um efeito protetor contra o uso de drogas ilícitas. A heterogeneidade de gênero dentro de grupos e a residência em áreas menos vulneráveis aumentaram as chances de uso de drogas ilícitas por adolescentes.

Adolescents in situations of poverty: resilience and vulnerabilities to sexually transmitted infections

“…In adolescence, vulnerability is associated with the rupture of bonds with parents, the discovery of new things, the biopsychosocial changes experienced and the context in which the adolescent is inserted. The interaction of adolescents with their surroundings can lead to risk events and affect the way they deal with stressful situations, making the individual more or less vulnerable (8) . Therefore, it is important to develop mechanisms that can help adolescents to overcome difficulties and adversities (9) .…”

Comportamento suicida em usuários de crack e álcool

“…Em relação a faixa etária o grupo de usuários de Crack foi composta significativamente por uma população mais jovem quando comparado ao grupo Álcool. Isso pode justificar-se em virtude de a literatura científica demonstrar que os jovens estão em maior vulnerabilidade e adotarem maiores atitudes comportamentais de risco como o uso de substâncias ilícitas, como o crack (Lopes, Sprícigo, Mitjavila, Schneider, & Abreu, 2018;Jorge et al, 2018). A idade média entre os dois grupos sustenta a perspectiva de consumo de substâncias ilícitas por adultos jovens, como na amostra demonstrada pela média de idade dos pacientes do grupo Crack (22,85; ±9,87) e o consumo de álcool por adultos com maior média de idade (45,02; ±11,30), corroborando com outros resultados científicos (Zeferino, Fermo, Fialho, & Bastos, 2017).…”

Hidden Communication Identity of Drug Abusers Among Early Adolescent

“…Factors that could reduce the risk of drug abuse include religious activities and sports or cultural-based friendships from school friendships. While that increases the likelihood of drug abuse was gender heterogeneity in groups (Jorge et al, 2018).…”