COVID-19: unidades de terapia intensiva, ventiladores mecânicos e perfis latentes de mortalidade associados à letalidade no Brasil

Abstract

O acelerado aumento do número de casos de doença pelo novo coronavírus (COVID-19) exige que os países aumentem as vagas nas unidades de terapia intensiva (UTI). Doenças respiratórias, neoplasias, cardiopatias, hipertensão e diabetes aumentam sua letalidade. O estudo objetivou identificar tanto as regiões com as maiores taxas de mortalidade específica por essas doenças quanto as com maior escassez de UTI e ventiladores pulmonares. Foi realizado um estudo ecológico transversal, as unidades de análise foram as Regiões de Saúde no Brasil. A fonte de dados foi o Departamento de Informática do SUS - DATASUS (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - 2019, Sistemas de Informação de Mortalidade - 2017 e Projeções Populacionais - 2017). Foram calculadas as taxas por 100 mil habitantes de mortalidade específica para hipertensão, neoplasias, diabetes, doenças cardíacas e respiratórias, leitos de UTI total, leitos de UTI privados, leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) e ventiladores do SUS. O perfil de mortalidade foi determinado pela análise de perfis latentes, e a análise de clusters dos leitos e ventiladores foi feita pelo método de varredura espacial. Mapas de Kernel foram construídos para a visualização dos dados. O nível de significância foi de 5%. Observou-se quatro perfis latentes de mortalidade. As regiões de saúde com as maiores médias na mortalidade estão localizadas em regiões cuja escassez de leitos de UTI e de ventiladores foi visualizada, especialmente, em partes das regiões Nordeste, Sudeste e Sul. A localização espacial das regiões com maior mortalidade e com escassez de leitos de UTI/ventiladores requer a atenção dos gestores e planejadores públicos, para o enfrentamento eficiente e equânime da epidemia no Brasil.

COVID-19 in Latin America: A Bibliometric Analysis of Scientific Publications in Health

“…Considering contextual factors in a world characterized by the presence of SARS-CoV-2, some publications indicated that the use of certain non-pharmacological interventions (such as social distancing, wearing face masks, and banning crowd gatherings, among others) had been shown to be effective in reducing the spread of the virus (35,36). Other contributions focused on mapping geographical areas where populations vulnerable to COVID-19 were concentrated (37) and on estimating possible demands for intensive care units (38).…”

Comparação de dados sobre óbitos por Covid-19 entre três fontes de informação, Maranhão

“…Desse modo, a integração entre sistemas de informação é fundamental para a boa gestão de sistemas e serviços de saúde (Moreira, 2020;Menta, 2020).…”

Judicialization of health during the COVID-19 pandemic in Pará state, Northern region of Brazil

“…Following the international interest decree of Public Health Emergency carried out by the World Health Organization (WHO) on January 30, 2020, a sequence of health devices followed until it culminated in global pandemic status, announced on March 11, 2020 (WHO, 2020b). Moreira (2020) explains that spatial distribution of the disease has crossed national borders, leading several countries to declare states of emergency and of public calamity, with emphasis on a change in the disease epicenter from China to Europe, especially in Italy and Spain. Grasselli (2020) indicated that in Italy, given the current panorama of the COVID-19 pandemic, ICUs no longer absorb all the demand and doctors need to choose who to accept and who to let die (Lintern, 2020).…”

“…However, these criteria were not constructed in view to a pandemic, in wich there may be situations with several patients in the maximum priority category. Futhermore, social criteria can lead to different readings and prejudice, with an exception to health professionals, for the reasons already mentioned (Moreira, 2020).…”