Bem-estar psicológico entre travestis e mulheres transexuais no Estado de São Paulo, Brasil

Abstract

Resumo: O objetivo do trabalho foi estimar fatores associados ao bem-estar psicológico de travestis e mulheres transexuais. Estudo transversal com 602 travestis e pessoas transexuais em sete municípios do Estado de São Paulo, Brasil entre 2014 e 2015. Foi realizada seleção amostral com abordagem consecutiva e técnica bola de neve. A variável dependente foi bem-estar psicológico (WHOQOL-BREF) e as independentes foram: características sociodemográficas, modificações corporais, condições de saúde, violência e encarceramento. A análise de variância múltipla foi usada para identificar os fatores associados. A maioria tinha cor da pele preta ou parda e entre 25 e 39 anos de idade, até o Ensino Médio completo, renda individual de até dois salários mínimos e trabalhava, sendo 42,3% profissionais do sexo. Cerca de um quarto já foi presa. Em torno de um quarto fazia tratamento para HIV. O escore médio observado foi de 63,2 (IC95%: 61,8-64,6). Na análise múltipla, estiveram associados ao menor bem-estar psicológico: não ter endereço fixo, ter menor escolaridade, estar insatisfeita com as relações pessoais, suporte de amigos ou procedimentos transexualizadores realizados e ter sofrido violência verbal ou sexual. Enquanto piores condições de vida e de exposição à violência prejudicam o bem-estar psicológico de travestis e mulheres transexuais, a possibilidade de realizar transformações corporais desejadas e o respeito ao nome social interferem positivamente na avaliação que fazem de suas vidas.

Prevalência De Quedas Em Idosos Institucionalizados

“…Psico contingente recorrer ao silicone industrial, sem antes ter uma consulta especializada, ignorando as consequências desse procedimento (15,26). Cerca de 45% do grupo analisado em um estudo já tinham usado silicone industrial e desse contingente quase a metade tinha desenvolvido problemas de saúde devido ao uso indiscriminado, e menos da metade desta população, com problemas, procurou o serviço de saúde (15).…”

“…O manual instrutivo da Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica relaciona-se com a identificação das situações de risco de determinado público e relata assumir alguns compromissos de melhores resultados aos indicadores de saúde e padrões de qualidade às principais necessidades populacionais como o pré-natal em dia; atendimento e acompanhamento dos hipertensos e diabéticos e atendimento odontológico. 26 Alguns apontamentos se cruzaram com conceitos de capilarização do cuidado como forma de abordar famílias.…”

A Cross-Sectional Study of Mental Health and Suicidality Among Trans Women in São Paulo, Brazil

“…The data collection instrument was a comprehensive socio-behavioral questionnaire comprised of questions about sociodemographic and behavioral characteristics, including use of alcohol and drugs, and experiences of homelessness, as well as experiences of stigma, discrimination, abuse and violence, and health-related issues, including access to and use of mental health-related care. Psychological distress was assessed using the 10-item Kessler Psychological Distress Scale (K10), which categorizes psychological distress into four levels: 1) well or generally good mental health (for scores ≤ 20); 2) potentially mild psychological distress or mental health disorder (for scores [20][21][22][23][24]; 3) potentially moderate psychological distress or mental health disorder (for scores [25][26][27][28][29]; and 4) potentially severe psychological distress or mental health disorder (for scores > 29). Participants were asked whether they had ever been diagnosed with anxiety, depression or post-traumatic stress disorder (PTSD), and whether they had ever had suicidal ideation or attempted suicide.…”

“…Although national data on HIV prevalence among trans women are not available in Brazil due to the lack of information about gender identity in case reports, local studies suggest that they constitute the segment most affected by HIV (19,20). Commonly reported determinants of poor psychological wellbeing for trans women in Brazil are associated with the lack of a xed address, lower levels of education, verbal and sexual violence, and dissatisfaction with personal relationships, support from friends or availability of gender-a rming surgeries and procedures (21). High levels of depression and problematic use of drugs and alcohol in Brazilian trans women (22) follow the tendency of trans people being burdened by mental health concerns in other countries (23).…”

Saúde da Mulher, Gênero, Políticas Públicas e Educação Médica: Agravos no Contexto de Pandemia

“…Apesar das conquistas, a violência contra a mulher representa um problema de saúde pública, sendo a violência sexual o terceiro tipo mais comum 28,31 . A expansão da notificação dos casos de violência, a garantia de atendimento qualificado e humanizado à mulher em situação de violência e a sensibilização das equipes para as especificidades de grupos mais vulneráveis, como mulheres transgênero, permanecem como desafios 28,30,[32][33][34] e o não acolhimento são as principais queixas 42,43 . Outra consequência é o receio, por lésbicas e mulheres bissexuais, de relatar a orientação sexual em uma consulta 41 .…”