O desenvolvimento regional equilibrado tem sido um ponto focal nas agendas governamentais brasileiras. Nesse contexto, os Arranjos Produtivos Locais (APLs) ganharam destaque como potenciais vetores para impulsionar o progresso regional de forma descentralizada. Contudo, observa-se uma distribuição desigual dos impactos das políticas de apoio a esses arranjos. Diante disso, este estudo tem como objetivo analisar os fatores que influenciam a formação e consolidação dos APLs nas diversas Unidades da Federação. A hipótese é que a participação em projetos e redes setoriais, bem como parcerias com instituições de ensino, capacitação, financiamento e promoção comercial impactam positivamente o desenvolvimento dos APLs. Combinando análise qualitativa e quantitativa, foram examinados dados sobre os arranjos em cada Unidade da Federação quanto a esses fatores. Os resultados evidenciam que as regiões Sudeste, Sul e parte do Nordeste concentram mais APLs e parcerias institucionais, com predomínio nos setores secundário e terciário, enquanto Norte e Nordeste apresentam mais APLs do setor primário e menor presença institucional. Conclui-se que políticas de fomento aos APLs devem considerar especificidades territoriais e setoriais, fortalecer as estruturas de governança local e estimular maior cooperação entre atores para alavancar o desenvolvimento regional.