O artigo procura discutir a forte associação entre guerra e religião, inspirando-se na obra de Talal Asad, autor que reconfigurou os estudos da religião ao explorar os vínculos constitutivos desse campo de estudos com a modernidade secular. Trata-se de interrogar as formações do secular, o modo de sua produção e suas funções no Estado moderno. Considerando o caráter epistemológico das questões do presente, procura-se compreender as aporias do Brasil contemporâneo e, mais especificamente, o sentido moral e religioso da ação política no país e no Rio de Janeiro, nos quais o uso da violência como prática justificada e a promoção da guerra para a destruição dos inimigos, configuram-se como norte de defesa e de construção do estado-nação.