Estudo epidemiológico do trauma bucomaxilofacial em um hospital de referência da Paraíba.

Abstract

RESUMO Objetivo: estudar os dados epidemiológicos de pacientes vítimas de traumas bucomaxilofaciais atendidos em um hospital de referência da Paraíba. Métodos: estudo transversal de abordagem indutiva com procedimento estatístico comparativo e técnica de pesquisa por documentação direta em campo. O universo foi constituído dos prontuários hospitalares obtidos de janeiro de 2016 a dezembro de 2017 de pacientes atendidos pelo Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial desse hospital. A amostra foi composta por 332 pacientes de acordo com os critérios de elegibilidade do estudo. A coleta de dados foi realizada por dois examinadores previamente calibrados e os dados foram analisados descritiva e inferencialmente. Resultados: os pacientes do sexo masculino foram mais acometidos por trauma facial (83,1%), principalmente na terceira década de vida (32,2%). Acidentes motociclísticos foram a etiologia mais comum de trauma para ambos os sexos. Em relação à estatística inferencial com margem de erro fixada em 5%, não foi observada associação significativa (p>0,05) entre os sexos e os fatores etiológicos do trauma. Os ossos do nariz (38,2%) foram os ossos mais afetados e a lesão mais frequente de partes moles foi o edema, em 50,9% dos casos. Apenas 20,8% dos pacientes com fraturas ósseas foram politraumatizados. Conclusão: as vítimas de traumatismo bucomaxilofacial atendidas em nosso hospital são predominantemente homens na terceira década de vida, envolvidos em acidentes motociclísticos e com lesões em ossos do nariz.

Perfil Dos Casos De Traumas Bucomaxilofaciais De Vítimas De Violência Interpessoal Atendidas Em Um Hospital De Referência Do Nordeste

“…A faixa etária com maior número de casos corresponde a jovens com idade entre 20-29 anos corroborando com os achados anteriores 1,7,9,17 . Souza et al 20 avaliaram a morbimortalidade de homens jovens brasileiros por agressão com relação aos diferenciais de gênero, uma vez que indicam que o envolvimento dos jovens em eventos violentos precisam ser analisados numa perspectiva socioestrutural em que desigualdades socioeconômicas associadas à dificuldade Odontol.…”

“…Embora a violência possa atingir diversos grupos sociais, sabe-se que homens, de baixa renda, solteiros e jovens são os mais afetados por esse agravo e isso pode ser justificado pelos padrões sociais vigentes, uma vez que os homens são mais propícios a se colocarem em situações de risco, muitas vezes com intuito de reafirmar sua masculinidade, além de que regiões de baixa e média renda são mais comumente acometidas pela criminalidade 6 . Uma das consequências mais marcantes dessa violência são lesões específicas na região do complexo bucomaxilofacial e que podem gerar traumas dentoalveolares, de tecido mole, e dos principais ossos do esqueleto da face, sendo os mais atingidos: a mandíbula, maxila, zigoma, ossos próprios do nariz (OPN), complexo nasoórbito-etmoidal (NOE) e estruturas supraorbitárias 7 .…”

“…A prevalência de lesões de face decorrentes de violência interpessoal é bastante expressiva, podendo chegar a 50% dos casos atendidos 8,9,12 . Se não forem tratadas de maneira eficaz, as consequências dessas lesões podem influenciar não só na saúde, mas também na estética e no psicológico das vítimas 7,13 .…”

Alterações funcionais como consequências de traumatismo orbitário: revisão da literatura

“…Traumas são descritos pelo deslocamento de força de um meio externo para o corpo que sofrerá as lesões, contusões e fraturas. Assim os ferimentos são lesões que afetam os tecidos moles das vítimas 1 . A associação de alterações funcionais e anatômicas é considerada trauma facial, pode ser classificado como geral local ou combinado.…”

Tratamento cirúrgico de fratura do complexo zigomatico orbital em paciente vítima de acidente desportivo: relato de caso

“…indivíduo vitimado. Embora apresente etiologia multifatorial, grande parte dos traumatismos maxilofaciais são decorrentes de acidentes de trânsito, agressão física e prática desportiva [2][3][4] .…”