“…Esses pontos de debate, por sua vez, são apontados como equívocos de definição do problema, no sentido de delimitar quais são as doenças de maior impacto na população, em função de seu perfil epidemiológico, bem como equívocos nas propostas de enfrentamento a esses problemas, que por sua vez têm reflexo advindos do predomínio de um modelo de saúde alicerçado em políticas públicas dominadas por uma perspectiva médica, curativista, com foco na doença e não nas causas e estilo de vida da população e, por último, no que se refere às propostas desconectadas de evidências científicas relevantes, visto que tanto em políticas consolidadas em outros países, quanto as já existentes no Brasil Tendo em vista a prerrogativa do Governo Federal em abrir a guarda para os médicos estrangeiros baseada na alegação de que a relação de 2 médicos/1000 habitantes afeta o bom atendimento à população, visto que nos EUA essa relação é de 2,7, França 3,4 e Argentina 3,2, Schanaider 16 chama a atenção que, dentre outros exemplos, o Chile e o Japão com indicadores de 1,0 e 2,1, respectivamente, possuem uma medicina de alta qualidade, enquanto que o Azerbaijão e Cazaquistão, com indicadores em torno de 3,4 não estão melhores que o Brasil. Isto sugere que o problema não está necessariamente atrelado à quantidade de profissionais por si só, mas sim à qualidade dos serviços que têm sido oferecidos á população, no âmbito da Atenção Primária à Saúde, por meio da Atenção Básica.…”