“…Outra questão relevante é que, apesar do risco menor de infecção e formas graves da COVID-19 entre crianças e adolescentes, observou-se maior preocupação no contexto do câncer infantojuvenil, expressa em recomendações que destacavam a importância de orientações sobre as mudanças no processo de tratamento e os potenciais riscos para esta população, as quais deveriam ser disponibilizadas de forma clara e apropriada, considerando a idade e a informação solicitada por eles 16 . Tal cuidado se deve ao fato de que os familiares e pacientes buscam na internet, informações relacionadas às condições de saúde e diagnósticos de câncer e COVID-19, na intenção de respostas às suas dúvidas e inseguranças, porém, a qualidade e fonte da informação podem refletir no aumento das preocupações e consequentemente nos cuidados oferecidos a esses pacientes 17 . Dessa forma, o aumento no nível de estresse e os sentimentos de medo, ansiedade e insegurança são compreensíveis diante das mudanças abruptas que crianças e adolescentes foram expostos com a pandemia e, por isso, a importância de orientações ao pais e familiares sobre cuidados que busquem minimizar os efeitos dessas angústias e sofrimentos manifestados pelos filhos, os quais que podem se expressar em comportamentos anormais, desconfortos, preocupações, distúrbios do sono, perda de apetite, entre outros 2 .…”