Objetivo: conhecer o significado da vivência da transexualidade em grupo de usuários de ambulatório de sexualidade da rede SUS. Método: qualitativo, por meio de entrevista semiestruturada com 13 transexuais maiores de 18 anos. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo temática. Resultados: Evidenciaram-se três categorias: descobrindo a transexualidade: trans(formação) e identidade; o direito de existir: obstáculos à cidadania; e transformação corporal: sentimentos envolvidos na busca do corpo desejado e socialmente aceito. Para os participantes a transexualidade é entendida como um processo complicado e difícil, que gera sentimentos diversos como felicidade, medo e vergonha. A percepção da identidade de gênero, diferente do sexo biológico, ocorre desde a infância, o que provoca sofrimento nas relações sociais e dificuldades em ter seus direitos respeitados. Conclusões: Para os entrevistados, viver a transexualidade significa poder existir enquanto indivíduo único e para a garantia deste direito é necessário aprofundar o debate sobre a sexualidade de pessoas trans, de forma aberta, não preconceituosa e não normatizadora e assim poder amenizar o seu sofrimento ao longo da vida.