Modernidade/Colonialidade sem “Imperialidade”? O Elo Perdido do Giro Decolonial

Abstract

O s termos "colonialismo" e "imperialismo" foram cunhados na transição do século XIX para o XX e tornaram-se indispensáveis para o entendimento das diferentes dinâmicas de expansão do capitalismo moderno no interior do sistema interestatal. Ao longo do século XX, uma vasta literatura sobre imperialismo foi desenvolvida por diferentes correntes, destacadamente no domínio do marxismo. Desde aí, as palavras império e imperialismo foram negativadas tanto pela críti-ca teórica marxista, quanto pela luta concreta de movimentos sociais e políticos, vinculando-as às formas de exploração, dominação e violên-cia econômica internacional.Ainda que uma teoria do imperialismo não possa ser encontrada em Marx e Engels, a colonização a partir da "América" foi posta como marco importante para a acumulação primitiva do capital (Marx, 2013:821)

Fostering global dialogue: Conceptualisations of children's rights to participation and protection

“…Recognising the emphasis of Global North discourses in the English‐language and Latin American literature and the barriers for Global South representation, we aimed to employ a critical review of the findings from a decolonial framework and begin a dialogue to spark further analysis and research. Decolonial perspectives are well established in Latin American and English‐language literature (Ballestrin, 2017; Dei, 2012; Dei & Asgharzadeh, 2001; Dussel, 1993; Mignolo, 2007; Ndlovu‐Gatsheni, 2013; Quijano, 2007). However, there has been little exploration of the influence of colonisation on children's rights.…”

“…Our data analysis was informed by a child rights‐based approach (Collins & Paré, 2016; Lundy & McEvoy, 2012). Decolonial perspectives contributed to the analysis to discuss pertinent power dynamics (Ballestrin, 2017; Dei & Asgharzadeh, 2001; Dussel, 1993; Mignolo, 2007; Quijano, 1997).…”

O comitê especial sobre a descolonização da ONU: Entre o colonialismo e a colonialidade

“…Para que seja mais bem operacionalizada, esta seção dedicada ao pós-colonialismo foi organizada a partir da divisão proposta por Ballestrin (2014), com a finalidade de apresentar uma breve trajetória da teoria.…”

“…Jones De maneira geral, a desatenção às relações de poder explicitadas nas formas neo-coloniais e imperiais dá-se ao fato do pós-colonialismo se inserir em um contexto no qual se leva em conta um poder difuso que fere identidades, subjetividades e sujeitos, e por isso desconsidera o poder que compõe a estrutura do sistema capitalista (Ballestrin, 2014;Shohat, 1992). Há uma recusa às narrativas da modernidade, seja ao viés burguês ou marxista, pois tais historiografias, apesar de distintas, são consideradas essencialistas.…”

Introduction: Gender in the Global South: Power Hierarchies, Violence and Resistance in the Postcolony

“…The pieces collected in this second part of the Special Issue of Contexto Internacional, Gender in the Global South: Dislocating International Boundaries, shift our attention to questions relating to the power hierarchies underpinning different manifestations of gender violence, with particular focus to the colonial and imperial legacies of those relations. In many senses, the connections between capitalism, imperialism and colonialism (Ballestrin 2017) are brought to the fore in order to understand the historical intricacies of contemporary manifestations of power relations that otherwise can be grasped only superficially.…”