Sexismo científico: o viés de gênero na produção científica da Universidade de São Paulo

Abstract

OBJETIVO Investigar desigualdades de gênero na produção científica de docentes da Universidade de São Paulo. MÉTODOS A população consiste em professores(as) da Universidade de São Paulo. O repositório Web of Science foi a fonte das métricas de publicação. Selecionamos as medidas: total de publicações e citações, média de citações por ano e por item, índice H e histórico de citações entre 1950 e 2019. Usamos o nome do(a) docente como um proxy para a identidade de gênero. Usamos estatísticas descritivas para caracterizar as métricas. Avaliamos o efeito tesoura selecionando os(as) professores(as) com índice H alto. A série histórica de citações foi projetada até 2100. Realizamos análises para a população geral e subgrupos de tempo de trabalho: menos de 10 anos, de 10 a 20 anos e 20 anos ou mais. RESULTADOS Dos 8.325 docentes, incluímos 3.067 (36,8%). Dentre os incluídos, 1.893 (61,7%) eram professores e 1.174 (38,28%) professoras. O gênero masculino apresentou valores mais altos nas métricas de publicação (média de artigos: M = 67,0 versus F = 49,7; média de citações/ano: M = 53,9 versus F = 35,9) e índice H (M = 14,5 versus F = 12,4). Entre os 100 indivíduos com maior índice H (≥ 37), 83% são do gênero masculino. Na série histórica de citações, a curva masculina cresce mais rápido, abrindo uma diferença entre os grupos com afastamento confirmado pela projeção. DISCUSSÃO A produção científica na Universidade de São Paulo está sujeita a um viés de gênero. Dois terços do corpo docente são do gênero masculino, e as contratações das últimas décadas perpetuam esse padrão. A grande maioria dos membros com alto impacto no corpo docente é do sexo masculino. CONCLUSÃO Nossas análises sugerem que a Universidade de São Paulo não superará a desigualdade de gênero na produção científica sem uma ação afirmativa substancial. O desenvolvimento não acontece por acaso, mas por meio de escolhas afirmativas, decisivas e de longo prazo.

Scientific production in sexual and reproductive health and rights research according to gender and affiliation: An analysis of publications from 1972 to 2021

“…However, senior authorship, a metric that is important for academic progression, continues to be held primarily by men, perhaps signalling prevailing gender norms whereby men continue to sustain positions of power and decision-making [ 21 , 35 , 46 , 47 ]. Importantly, papers where first author was affiliated with HRP were more likely to also have a female senior author.…”

Psychometric Properties of an Instrument for Assessing University Administrators’ Knowledge on Gender-Based Violence

“…At the University in focus, where all stages of this study were carried out, 2/3 of the teaching staff are men, and hirings over the past decades perpetuate this pattern, which is reflected in its scientific output. Subjected to a gender bias, it remains a predominantly male institution, as the highest-ranking and most powerful positions are dominated by men, who, in turn, have a higher H index in publications, increasing their chances of advancement in the academic career ( 16 ) .…”

¿Equidad o brecha? Mujeres en revistas latinoamericanas de comunicaciones en acceso abierto en Scopus

“…En biología, Málaga-Saboga y Sagasti (2021) encontraron que las mujeres tienden a publicar menos y a ocupar con menos frecuencia las posiciones de autoría de alta intermediación. Resultados similares se observaron en Chile y Brasil para mujeres investigadoras de distintas disciplinas científicas (Cisternas et al, 2021;Oliveira-Ciabati et al, 2021).…”

“…Entre estas revistas de comunicaciones de acceso abierto se registran once publicadas en países latinoamericanos. No obstante, pese a que en otros países, áreas y disciplinas se ha incrementado el interés por investigar las brechas de género en el contexto de la producción científica(Astegiano et al, 2019; Ávila-Toscano & Rambal-Rivaldo, 2020;Cáceres & Díaz, 2022;Cisternas et al, 2021;García-Jiménez et al, 2022;Giner-Soriano et al, 2021;Gómez-Escalonilla & Serra, 2022;Oliveira-Ciabati et al, 2021), no se han encontrado artículos que se centren en el estudio de potenciales brechas de género en la producción científica que se publica en estas revistas y, particularmente, en el área de comunicación. En consecuencia, se formuló la siguiente pregunta de investigación: ¿Existe una brecha de género entre hombres y mujeres en el contexto de la publicación científica en revistas latinoamericanas de comunicaciones?…”