ResumoA análise apresentada insere-se na perspectiva dos estudos em intermedialidade e é parte de uma investigação mais ampla sobre autoficções literárias e fílmicas. No romance Divórcio (Ricardo Lísias, 2013) e no documentário Histórias que contamos (Sarah Polley, 2012) constatam-se diversas dimensões de como vimos lidando com as novas (e velhas) tecnologias e as formas como os sujeitos vem se posicionando discursivamente com relação às e nas mídias literatura e cinema, refletindo sobre (e usando) a dupla palavra -imagem. O sujeito que hoje "entra" na tela leva à investigação de como atualmente se pensa a escrita (registro, memória) pela palavra e pela imagem; como a mescla entre ficção e realidade se relaciona com o discurso da intimidade, próprio de obras autoficcionais; e como as novas possibilidades abertas para a atuação, troca, e invenção dos indivíduos deslocam a própria identidade do gênero (romance / documentário), bem como noções clássicas de recepção e análise a ele relacionados, abrindo espaço para o exercício da subjetividade.Palavras-chave: autoficção, literatura, cinema documentário, subjetividade, palavra e imagem.