Esta obra está sob licença Creative Commons.Como adolescentes apreendem a Como adolescentes apreendem a Como adolescentes apreendem a Como adolescentes apreendem a Como adolescentes apreendem a ciência e a profissão de cientista? ciência e a profissão de cientista? ciência e a profissão de cientista? ciência e a profissão de cientista? ciência e a profissão de cientista?
Introdução Introdução Introdução Introdução IntroduçãoAs mulheres e a atividade científica As mulheres e a atividade científica As mulheres e a atividade científica As mulheres e a atividade científica As mulheres e a atividade científica A partir da década de 1970, iniciaram-se estudos mais sistemáticos sobre o papel das mulheres na atividade científica e identificou-se a questão de gênero como um fator crítico para a inserção feminina na academia (Angela Maria Freire de LIMA E SOUZA, 2011). É nessa época em que se observa uma intensa transformação cultural que impulsionou a entrada das mulheres nas universidades e uma inserção feminina mais acentuada no mercado de trabalho (Moema de Castro GUEDES, 2010). Por meio do cruzamento de dados dos censos demográficos de 1970 e 2000 (IBGE), Guedes (2010) mostra uma relação direta entre escolarização e participação feminina no mercado de trabalho. A autora observa, ainda, que, dependendo da área cursada na graduação, também há diferenças salariais. Em carreiras consideradas tipicamente masculinas, as diferenças salariais entre homens e mulheres são maiores do que naquelas nas quais as mulheres são maioria.No que diz respeito à presença das mulheres nas diferentes áreas científicas, observa-se que, historicamente, existem áreas em que as mulheres conseguiram se inserir de forma mais contundente que outras. Em carreiras como agronomia e todos os tipos de engenharia, o contingente de mulheres na graduação não chegava a 30% em 2000. Já em comunicação social e biologia, as mulheres se destacaram por serem maioria -64% e 76%, respectivamente -, nos dados do censo de 2000 do IBGE (GUEDES, 2008).No censo de 2010 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o número de cientistas mulheres já era praticamente o mesmo que o de cientistas homens. Observa-se maior contingente de pesquisadoras nas áreas de ciências humanas e sociais. Na carreira de serviço social, por exemplo, as mulheres chegavam a 81% do total de pesquisadores e, na área de educação, a 67%. Há um equilíbrio entre homens e mulheres nas áreas de saúde e biológicas. Já nas ciências exatas ainda predominavam pesquisadores homens, principalmente nas engenharias, em que apenas cerca de um quinto do total (22%) era de pesquisadoras (CNPq, 2013). Ao discutir dados sobre a participação masculina e feminina entre os recursos humanos de ciência e tecnologia (RHCT) e entre os Bolsistas Produtividade do CNPq, Gilda OLINTO (2011) descreve mecanismos que podem contribuir para a manutenção das discriminações de gênero que colocam progressivamente em desvantagem as carreiras das mulheres pesquisadoras. A passagem do pesquisador pelos d...