Objetivo: caracterizar os profissionais de saúde e suas condições de biossegurança no enfrentamento da pandemia da COVID-19 em Maceió-AL. Metodologia: estudo descritivo, de delineamento transversal, com abordagem quantitativa e técnica de amostragem não probabilística intencional. Foi aplicado um questionário eletrônico, elaborado por meio da plataforma Google Forms, com variáveis sociodemográficas do perfil profissional e perguntas que abordavam opiniões e situações do trabalho na pandemia. O questionário foi compartilhado pelos aplicativos de mensagens, redes sociais e e-mail. Resultados: participaram da pesquisa 255 profissionais da saúde de diversas áreas de atuação. A maioria dos profissionais são mulheres jovens com formação profissional em diversas categorias, principalmente enfermagem. Os profissionais em sua maioria possuem dois empregos, com tempo de formação menor que cinco anos, carga horária semanal de 60 ou mais horas e trabalham predominantemente em instituições públicas e no serviço hospitalar. Entre os profissionais, 42% já apresentaram sintomas gripais ou confirmação de COVID-19. Acerca das condições de trabalho, a 88% receberam EPIs e orientações sobre biossegurança nos seus locais de trabalho, sendo a máscara cirúrgica usada com maior frequência. Conclusão: foram observadas boas condições para realização do trabalho em saúde, entretanto, é necessário traçar estratégias de enfrentamento que levem em conta as singularidades de cada profissão e o grau de exposição da categoria.
RESUMO Objetivo Investigar a fadiga vocal e sua relação com a sensação de esforço fonatório e desconforto no trato vocal de professores após uma semana de atividade letiva. Método Estudo transversal, quantitativo, participando 40 professores com queixas de fadiga vocal. Procedimentos realizados no começo e final da semana, antes do início das aulas: Índice de Fadiga Vocal–IFV, Escala Borg, Escala de Desconforto do Trato Vocal–EDTV e registro de voz para análise perceptivo-auditiva. Resultados Não houve mudanças no esforço fonatório e na frequência e intensidade do desconforto no trato vocal. Em relação ao IFV, nos domínios fadiga e limitação vocal e desconforto físico associado à voz, os professores iniciaram e terminaram a semana com valores compatíveis aos dos disfônicos. No domínio restrição vocal iniciaram a semana com valores compatíveis aos dos indivíduos vocalmente saudáveis e no final da semana tiveram escores compatíveis aos dos disfônicos. Na recuperação com repouso vocal os valores pré e pós foram abaixo da nota de corte, significando menor recuperação vocal. Quanto maior é a sensação de fadiga vocal, maior é a percepção de esforço fonatório; mais frequente é a sensação de aperto, secura, garganta dolorida, sensível e irritada, e mais intensas as sensações de desconforto no trato vocal: aperto, secura, coceira, garganta sensível e irritada. Conclusão Professores percebem aumento de fadiga vocal, sem mudanças no esforço fonatório e desconforto de trato vocal após uma semana de aula. Quanto maior é a percepção de fadiga vocal, maior é a sensação de esforço e desconforto fonatório.
Introdução: O envelhecimento é um fenômeno complexo, multidimensional, com alterações físicas, psicológicas, sociais e econômicas. Estas influenciam na redução da capacidade funcional do indivíduo neste período da vida, podendo ser desenvolvidos distúrbios da comunicação e alterações do sistema estomatognático, sendo necessária a atuação fonoaudiológica na saúde do idoso. Os profissionais inseridos na Atenção Primária à Saúde (APS) podem e devem desenvolver ações que busquem minimizar fragilidades com a pessoa idosa. Objetivo: Identificar o perfil sociodemográfico e fonoaudiológico de idosos participantes de grupos de convivência. Método: Estudo transversal, quantitativo com idosos de idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos, participantes de grupos de convivência, assistidos pelas equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) e do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF – AB) do II Distrito Sanitário de Maceió/Alagoas. Foram aplicados questionários adaptados de instrumentos validados, sobre características sociodemográficas, aspectos clínicos gerais e fonoaudiológicos aos idosos e analisadas descritivamente. Resultados: Participaram 54 idosos, sendo 90,7% mulheres, viúvas (44,4%), com 1 a 4 anos de escolaridade (42,6%) e aposentadas (72,2%); hipertensas (74,1%), com doenças osteoarticulares (63,0%) e praticantes de atividade física (37,0%). Apresentaram alterações nos aspectos fonoaudiológicos: 64,8% mastigação; 66,7% deglutição; 55,6% voz; 98,1% fala e linguagem; e 85,2% audição. Conclusão: As alterações fonoaudiológicas foram recorrentes nos idosos, reforçando a necessidade de ações pautadas na promoção e prevenção da saúde, sendo prestada uma assistência integral e mais próxima aos usuários adstritos a sua área.
Introdução: A voz é o principal instrumento de trabalho do professor, por isso eles estão mais propensos a desenvolverem problemas vocais. O estresse é considerado um fator de risco importante relacionado ao distúrbio de voz. No entanto, há poucos estudos com instrumentos voltados à identificação dos estressores a partir do diagnóstico organizacional. Objetivo: Verificar a relação entre estresse, ambiente de trabalho e voz, em professores do Ensino Infantil e Fundamental I da Rede Municipal de Ensino. Métodos: Estudo observacional, transversal, de abordagem quantitativa, com 36 professores da rede pública do município de Maceió. Foram aplicados o Protocolo Condição de Produção Vocal do Professor-CPV-P, o questionário Escala de Estresse no Trabalho, bem como foi realizado o registro de voz dos professores para análise perceptivo-auditiva. Os dados foram analisados de forma descritiva e inferencial, utilizando o software SPSS 25.0, assim como foram realizados o teste Qui-quadrado e o Coeficiente de Correlação de Pearson. Resultados: O ambiente de trabalho estressante atuou como um desencadeador de alteração vocal e pode-se observar que o ruído colabora para a presença de estresse. Além disso, os docentes que relataram apresentar queixas de alterações vocais são os que possuem índice de estresse global médio. Houve correlação positiva entre o tempo de profissão e o nível de estresse, com valor de p = 0,02, mostrando significância estatística. Conclusão: Este estudo demonstrou que há relação discreta entre o ambiente de trabalho ruidoso, o estresse ocupacional e a alteração vocal nos professores estudados.
RESUMO Objetivo Verificar a autopercepção da fadiga vocal e fatores associados em professores universitários em ensino remoto durante a pandemia de COVID-19. Métodos Estudo transversal, observacional, descritivo e analítico, com abordagem quantitativa com professores universitários em ensino remoto no período da pandemia de COVID-19. Os participantes, após o aceite, responderam a um questionário sociodemográfico, Questionário de Sinais e Sintomas Vocais, Protocolo Índice de Fadiga Vocal (IFV) e Protocolo Índice de Desvantagem Vocal 10 (IDF-10). A análise dos dados ocorreu por meio da estatística descritiva e inferencial. As associações entre as variáveis qualitativas foram verificadas por meio dos testes Qui-quadrado e Exato de Fisher. Já as médias do IFV e IDV-10, foram comparadas com o número de sinais e sintomas por meio do teste de Mann-Whitney. Resultados Amostra de 91 professores, maioria do gênero feminino (83,5%) e média de idade de 44,0 anos. Os professores apresentaram média de 3,8 sinais e sintomas e o escore total do IFV indicou a presença de risco para fadiga vocal, com valores compatíveis para indivíduos disfônicos. Não apresentaram desvantagem vocal. Conclusão Os professores universitários em ensino remoto se autoavaliaram apresentando risco para fadiga vocal. Entre os fatores associados ao IFV, os docentes que apresentaram mais de dois sinais e sintomas vocais tiveram maior sensação de fadiga vocal. Não foi observada autopercepção de desvantagem vocal, porém, aqueles que apresentaram mais de dois sinais e sintomas vocais tiveram pior autopercepção para desvantagem vocal.
Objetivo: mapear e caracterizar as pesquisas na área da voz do professor, publicados em periódicos nacionais de Fonoaudiologia, no período de 2011 a março de 2021, por meio de uma revisão de escopo. Método: será desenvolvida uma estratégia de busca em três passos e as bases de dados utilizadas serão LILACS e SciELO, que indexam os periódicos de Fonoaudiologia. Serão considerados apenas artigos científicos, publicados entre janeiro de 2011 a março de 2021, no idioma português, envolvendo pesquisas primárias com professores, dos diversos níveis de ensino, carga horária, tempo de profissão e de instituições públicas ou privadas. Uma busca nas referências dos estudos selecionados e nos sites dos periódicos serão complementares. A extração dos dados será realizada por meio de um formulário elaborado para a presente revisão e os resultados apresentados em forma de gráficos e tabelas, acompanhados de uma narrativa. Resultados esperados: A diversidade de estudos e a busca pela compreensão da distribuição destes, ao longo dos anos, na Fonoaudiologia brasileira, permitirá um conhecimento amplo sobre como tem sido conduzidas as pesquisas na área. Considerações finais: Compreender as pesquisas desenvolvidas, por meio do mapeamento aqui proposto, e publicizar seus resultados, permitirá aos profissionais que trabalham na área da voz do professor um conhecimento do cenário atualizado. O que permitirá a projeção de estudos futuros e uma prática apoiada em evidências.
Purpose To verify the self-perception of vocal fatigue and associated factors in university professors in remote teaching during the COVID-19 pandemic. Methods Cross-sectional, observational, descriptive and analytical study, with a remote approach with university professors in teaching during the COVID-19 pandemic. After acceptance, the participants answered a sociodemographic questionnaire, the Vocal Signs and Symptoms Questionnaire, Vocal Fatigue Index Protocol and Vocal Handicap Index 10. The analysis of the data identified through descriptive and initial statistics, using the given Chi-square and Mann-Whitney tests. Associations between qualitative variables were verified using chi-square and Fisher's exact tests. The IFV and IDV-10 means were verified with the number of signs and symptoms using the Mann-Whiney test. Results Sample of 91 teachers, mostly female (83.5%), and mean age of 44.0 years. Teachers had an average of 3.8 signs and symptoms and the total core of the IFV indicated the presence of vocal risk, with values considered for dysphonic subjects. Teachers don't want vocals. Conclusion University professors in remote teaching self-assessed being at risk for vocal fatigue. Among the factors associated with IFV, professors who presented more than two vocal signs and symptoms had a greater sensation of vocal fatigue. No self-perception of voice handicap was observed, however, those who had more than two vocal signs and symptoms had worse self-perception of voice handicap.
Objective: To identify the speech therapy strategies used to promote vocal health to teachers of early childhood, elementary and high school, participating in programs/actions for prevention and promotion of vocal health, as well as to describe and analyze their effects through an integrative literature review. Methods: An integrative review was conducted, which consisted of searches in the Lilacs, SciELO, and Medline databases. Inclusion criteria were complete articles available online in any language and year of publication that addressed strategies for promoting vocal health and preventing disorders in the target population, used in vocal health programs/actions with teachers. Results: Of the 624 articles that were included, six were selected to compose the study. It was possible to verify that the most used resources were educational strategies, through programs of guidance and attention to the teacher's vocal health. The results of the interventions were analyzed using self-assessment questionnaires, some of which have been standardized, with validation and adaptation to Brazilian Portuguese. Among practical strategies, exercises involving semi-occluded vocal tract, breathing, relaxation, resistance, and vocal projection, as well as vocal warm-up and cool-down, were the most used. Conclusions: Vocal health programs present diversified strategies, such as time and results analysis. The accurate study allowed to verify that the programs are effective and allow better vocal performance to the teacher, notably, through direct and indirect strategies.
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