Objetivo: Avaliar a ação da toxina botulínica em paralisias adquiridas de VI e III nervos.Pacientes e métodos: Foram tratados com toxina botulínica 15 pacientes, com diagnóstico de paralisia de VI e III nervos, aguda ou crônica. Foram estudados de forma prospectiva, durante os meses de agosto de 1998 a maio de 1999. O estudo incluiu, além da avaliação do estrabismo, avaliação oftalmológica completa. Os pacientes foram acompanhados por um período de 2 a 7 meses após a última aplicação.Resultados: Onze pacientes (73%) apresentaram paralisias do VI nervo e 4 pacientes (27%), paralisias de III nervo. Seis casos foram agudos (40%) e 9 casos (60%), crônicos. Cinco dos 6 casos agudos (83%) conseguiram controlar o desvio com a toxina botulínica como único tratamento e obter fusão. Dos 9 casos crônicos, 2 casos (22%) corrigiram o desvio só com a toxina, os outros 7, além da aplicação, foram submetidos à cirurgia, dos quais 4 casos (46%) foram corrigidos e os outros 3 casos (32%) não.Conclusão: Concluímos que nos casos em que houve força muscular residual, após a paralisia, e bom potencial de fusão, a toxina botulínica foi o melhor tratamento, pois foi possível controlar o desvio e obter fusão, sem cirurgia. Management of paralytic strabismus by injection of botulinum toxinApresentado com tema livre no XXX Congresso Brasileiro de Oftalmologia em 05/09/99, Recife -PE. Cada autor declara que não possui interesse financeiro no desenvolvimento ou marketing da medicação e instrumento referidos no estudo. INTRODUÇÃOA toxina botulínica, produzida pelo Clostridium botulinum, causa bloqueio das conexões colinérgicas da placa neuromotora por inibição da acetilcolina, denervando funcionalmente o músculo. Quando é injetada no músculo, produz enfraquecimento ou paralisia temporária dose-dependente 1 .A idéia de injetar um agente farmacológico dentro da musculatura ocular extrínseca no ser humano, para produzir debilitamento prolongado ou permanente, foi concebida por Conrad Behrens 2 . Ele usou álcool, que se mostrou ineficaz. Adotando a idéia de Behrens, Allan Scott et al experimentaram várias drogas, tais como, isopropil-fluorofosfato (DFP), neurotoxina Bungarus (veneno de cobra), álcool e toxina botulínica tipo A, com o intuito de paralisar os músculos extraoculares do macaco Rhesus 2-4 .Scott observou as propriedades desta toxina e concluiu que a toxina botulínica tipo A seria a droga ideal para produzir uma paralisia transitória na musculatura ocular extrínseca, e também alterações permanentes no alinhamento ocular sem sérios efeitos colaterais [4][5][6] .
Resultados da correção cirúrgica de esotropias de grande ângulo, em portadores de baixa de acuidade visual unilateral Objetivo: Avaliar os resultados cirúrgicos de esotropias de grande ângulo (no mínimo 60 dioptrias prismáticas -dp), associadas à baixa de acuidade visual (BAV) unilateral, cuja cirurgia foi planejada com o intuito de não se operar o olho de melhor visão.Casuística e Métodos: Foram selecionados 17 casos de esotropias não-acomodativas, associadas à BAV (AV ≤ ≤ ≤ ≤ ≤ 0,4 no olho não-fixador, com a melhor correção) e sem tratamento cirúrgico prévio. Foi considerado bom resultado desvio pós-operatório de no máximo 10 dp, com rotações binoculares de até -2 de reto medial e +2 de reto lateral, regular XT / ET entre 10 e 15 dp, inclusive, ou rotações de ± 3 e ruim se tinha XT / ET > 15 dp ou rotações de ± 4.Resultados: 13 (76,4%) tinham AV de conta-dedos no olho não-fixador, 2 (11,7%) atingiam 0,1 e outros 2 (11,7%) 0,4. Em 3 havia alta miopia (equivalente esférico ≥ ≥ ≥ ≥ ≥ -6,00 dioptrias esféricas) em ambos os olhos. Entre os 17 pacientes, 12 (70,5%) obtiveram bom resultado cirúrgico, 3 (17,6%) foram regulares e 2 (11,7%) ruins.Conclusão: A cirurgia de estrabismo sob anestesia tópica mostrou ser eficaz e segura nestes casos especiais de BAV em um dos olhos, sendo que na maioria das vezes consegue-se não operar o olho de melhor visão; o que a nosso ver, só se tornou possível pelo uso da anestesia tópica.
No statistically significant difference was shown between the two groups. Mendonça's forceps can be a safe alternative to electromyography to locate an extraocular muscle for botulinum toxin A injection.
Purpose: To evaluate the change in ocular motility and muscle thickness measured with ultrasonography after intramuscular injection of bupivacaine and botulinum toxin A. Methods: Eight patients (five female) were enrolled to measure ocular motility prior and 1, 7, 30 and 180 days after one injection of 2 ml of 1.5% bupivacaine and 2.5 U of botulinum toxin A in agonist and antagonist muscles, respectively, of eight amblyopic eyes. Muscle thickness was measured prior and on days 1, 7 and 30 after injection using 10MHz ultrasonography (eyelid technique). Results: Mean change in alignment was 10 prism diopters after 180 days (n=6). An average increase of 1.01 mm in muscle thickness was observed after 30 days of bupivacaine injection and 0.28 mm increase was observed after botulinum toxin A injection, as measured by ultrasonography. Lateral rectus muscles injected with bupivacaine had a mean increase of 1.5 mm in muscle thickness. Conclusion: In this study, a change in ocular motility was observed after 180 days of intramuscular injection of bupivacaine and botulinum toxin in horizontal extraocular muscles. Overall, there was an increase of muscle thickness in both botulinum toxinum A and bupivacaine injected muscles after 30 days of injection when measured by ultrasonography. This change was more pronounced on lateral rectus muscles after bupivacaine injection.
The prevalence of refractive errors, by the spherical equivalent, was 42.4% in this studied group.
INTRODUÇÃOAs anisotropias alfabéticas são formas de estrabismo em que o tamanho do ângulo de desvio horizontal varia entre supraversões e infraversões, ou seja, apresentam incomitâncias horizontais quando os olhos se movem para cima e para baixo, ao redor de um eixo frontal que passa pelo centro de rotação do olho, o eixo X de Fick. Apresentam-se, principalmente nas formas de anisotropias em "A" e "V". Existem outros padrões menos frequentes de anisotropias verticais: X, Y e λ, que são consideradas variações dos padrões em "A" e em "V" (1,2) . Na anisotropia em "A" encontramos uma esotropia (ET) maior em supraversão do que em infraversão ou exotropia (XT) maior em infraversão do que em supraversão. Ao contrário, na anisotropia em "V" ocorre ET maior em infraversão do que em supraversão ou XT maior em supraversão do que em infraversão (1) . Em resumo, na incomitância em "A" os olhos estão mais afastados entre si em infraversão do que em supraversão e na incomitância em "V" estão mais próximos entre si em infraversão do que em supraversão.A causa das anisotropias alfabéticas já foi atribuída às disfunções dos músculos retos horizontais (3) . Também foi descrito que o problema primário estaria nos retos verticais e secundariamente nos oblíquos (4) . Atualmente, atribui-se como causa da maioria das incomitâncias alfabéticas a disfunção dos músculos oblíquos, mas há casos em que não são observados acometimento destes músculos.Quando existe disfunção de músculos oblíquos, as cirurgias são realizadas nestes músculos. Na anisotropia em "A" é comum a hi perfunção dos oblíquos superiores (OSs) e mais raramente RESUMOOs autores relatam o caso de um homem de 21 anos com estrabismo divergente incomitante, anisotropia em "V", hiperfunção de músculo oblíquo inferior direito e hipofunção de obliquo superior direito, no qual foi realizado, sob anestesia tópica, um recuo assimétrico das fibras dos músculos retos horizontais para correção da incomitância alfabética. O resultado cirúrgico imediato foi considerado muito bom (ortotrópico e sem incomitância alfabética), já que pela técnica cirúrgica convencional não se obteve sucesso. (orthotropic, no "V" or "A" pattern), since the success was not obtained through conventional surgical technique. Descritores
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