ResumoCresce no Brasil o número de mulheres adeptas do parto "mais natural" e/ou parto humanizado. Nesse universo, de camadas médias, nega-se a cesárea como método mais seguro de nascer e vigora a ideia de que o parto sem as rotineiras intervenções médicas pode ser libertário e transformador. Mas nem todas essas mulheres alcançam a experiência desejada, experimentando a cirurgia como via de nascimento.De minha incursão nesses grupos de mulheres, presenciais (CARNEIRO, 2015) e mais recentemente virtuais, percebo que a cicatriz deixada por esse procedimento se faz corporalidade e cultura, na esteira do pensado como embodiment (CSORDAS, 2008;MALUF, 2001). Enquanto "marca" física e emocional pode simbolizar trauma, fracasso de um projeto ou, então, avessamente, o motor para uma outra experiência.
AbstractThe number of women who are more "natural" and / or humanized labor is growing in Brazil. In this medium-sized universe, cesarean delivery is denied as the safest method of birth, and the idea that labor, without routine medical interventions, can be libertarian and transformative, holds true. But not all of these women achieve the desired experience and experience surgery as the way of birth. From my foray into these groups of women, face-to-face (CARNEIRO, 2015) and more recently virtual, I realize that the scar left by this procedure becomes corporeality and culture, in the wake of the idea of embodiment (CSORDAS, 2008 andMALUF, 2001). While physical and emotional "branding" can symbolize trauma, failure of one project or, then, averse, engine for another experience. Some of these women experienced postpartum depression and hid from themselves; others embodied the denunciation of violence in