RESUMO:O trabalho objetivou estudar a fenologia de cinco espécies arbóreas, Dinizia excelsa Ducke, Manilkara paraensis (Huber) Standl., Lecythis sect. poiteaui S.A. Mori, Peltogyne paradoxa Ducke e Goupia glabra Hubl., através das fenofases de floração e frutificação associadas à precipitação pluviométrica. O estudo foi desenvolvido em uma área de floresta densa de terra firme de aproximadamente 1200 hectares, situada no município de Mazagão, Estado do Amapá. O monitoramento teve duração de 26 meses, compreendido entre outubro de 1997 a novembro de 1999, sendo as matrizes monitoradas a cada 30 dias. As espécies Dinizia excelsa, Peltogyne paradoxa e Goupia glabra demonstraram suas fenofases de floração iniciadas na época chuvosa (dezembro a julho) e finalizadas na época de estiagem (agosto a novembro) e frutificação abrangendo a transição seco/chuvoso. A espécie Manilkara paraensis apresentou floração persistente no período de estiagem e frutificação para os períodos seco e chuvoso, iniciando durante o período de menor precipitação pluviométrica. A espécie Lecythis poiteaui manifestou o evento de floração e frutificação durante o período chuvoso, sendo notado para as cinco espécies estudadas tendências ao padrão anual de floração e frutificação. As espécies Dinizia excelsa, Manilkara paraensis, Peltogyne paradoxa e Goupia glabra apresentaram índice de sincronismo alto para as fenofases de floração e frutificação, ao passo que a espécie Lecythis poiteaui apresentou índice de sincronismo de floração perfeito com Z=1 e sincronia de frutificação alta com maior predominância.
O presente trabalho é uma proposição acerca da percepção ambiental, sobre orquídeas, dos moradores de uma unidade de conservação de uso sustentável no estado do Amapá. O estudo foi realizado na Área de Proteção Ambiental da Fazendinha, localizada entre os Municípios de Macapá e Santana, Amapá, Brasil. Para a coleta de dados relativos à percepção ambiental da APA e sobre o conhecimento de orquídeas dos moradores foi utilizada a técnica de entrevista semi-estruturada, tendo como instrumento um formulário previamente elaborado e testado contendo 13 perguntas abertas e fechadas sobre meio ambiente, água, lixo, responsabilidade sobre os problemas ambientais e orquídeas. Antes da realização das mesmas, os entrevistados foram informados da finalidade do trabalho e deram seu consentimento formal para participação na pesquisa, que foi licenciada pela Autorização número 09/2013 emitida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amapá. Foram entrevistadas 90 famílias, o que representou 24 homens com faixa etária de 18 a 76 anos de idade (média de 44 anos) e 66 mulheres com faixa etária de 18 a 78 anos (média de 35 anos). Aproximadamente 20% dos entrevistados consideraram o meio ambiente como um problema para a utilização dos recursos naturais de modo sustentável, constituindo obstáculos à execução de suas atividades. A presença de ratos e baratas nos domicílios pode ser explicada pelo lixo que é acondicionado de forma inadequada e a céu aberto e os moradores reconhecem que são co-partícipes, junto com o poder público, por esse problema. O padrão de respostas apresentado, indica que os entrevistados não realizaram descrições totalmente fidedignas das características distintivas das orquídeas. Observar o entendimento e o conhecimento de comunidades tradicionais sobre a flora ajuda de sobremaneira no desenvolvimento de estratégias de conservação. Os trabalhos de percepção ambiental associados aos conhecimentos tradicionais das comunidades são importantes por reconhecerem o valor do etno-conhecimento para o fortalecimento da ciência, uma vez que se esses saberes não forem resgatados, ou transmitidos, estão propensos a desaparecer, antes mesmo que se saiba da sua importância para a conservação da biodiversidade. Palavras-chave: entendimento do ambiente, orquídeas, Unidade de Conservação.
Federal do Amapá. Rod. JK Km 02. RESUMO: Foi realizado um levantamento agroecológico e socioeconômico na comunidade quilombola do Curiaú, composta pelas vilas do Curiaú de Dentro e Curiaú de Fora, localizada na Área de Proteção Ambiental do Rio Curiaú, situada a 10 km ao norte da cidade de Macapá, visando a caracterização da comunidade e sua organização interna. O trabalho de campo foi realizado no período de julho de 2000 a janeiro de 2001. Na coleta de dados utilizou-se o método etnográfico com as técnicas de observação participante, entrevistas formais e informais. A amostra da pesquisa foi de 42 entrevistados com faixa de idade de 20 a 80 anos. Os dados forneceram informações a respeito das características dos entrevistados, características da unidade domiciliar, características gerais dos moradores e econômica das famílias dos entrevistados. A comunidade é composta em sua maioria de amapaenses nascidos no Curiaú, e mantém a tradição de morar em casas de madeira. A renda média mensal fica entre um e quatro salários mínimos com cada família com uma média de cinco pessoas por domicílio e a grande maioria tem o catolicismo como religião predominante. Os remédios naturais na cura e prevenção de doenças ainda é prática comum.
São avaliados o comportamento fenológico de nove indivíduos de Bertholletia excelsa Bonpl. (castanheira do Pará), por meio das fenofases: floração, frutificação/disseminação e mudança foliar no município de Mazagão, Estado do Amapá. O trabalho foi realizado por meio de monitoramentos mensais, durante o período de 28 meses. A espécie Bertholletia excelsa apresentou tendência ao padrão reprodutivo anual. A floração ocorrendo, predominantemente, durante a estação chuvosa, com pico no mês de abril. A frutificação mostrou-se anual e longa, com maior incidência de frutos maduros nos meses de outubro a dezembro. Já a disseminação dos frutos coincidiu com o desenvolvimento dos mesmos, obtendo maior desenvolvimento na estação chuvosa, com pico no mês de fevereiro. Quanto à mudança foliar a espécie apresentou padrão perenifólio com maior queda de folhas durante o período de menor precipitação pluviométrica. Palavras-chave: Fenofases. Floresta tropical. Pluviometria.
Este trabalho avaliou o potencial das espécies oriundas da atividade extrativa vegetal na comunidade São Tomé, no município de Ferreira Gomes/Amapá, em decorrência das modificações ambientais ocasionadas pela instalação da usina hidrelétrica Cachoeira Caldeirão ao longo do rio Araguari e consequentemente da inundação da área da comunidade. A coleta de dados em campo ocorreu no período de julho/agosto de 2014 e consistiu de entrevistas com perguntas fechadas e abertas, e localização das propriedades dos entrevistados (com auxílio de GPS). As principais espécies de interesse econômico e de segurança alimentar foram: Mart. Euterpe oleracea (açaizeiro), Mart. (bacabeira), (Aubl.) Pers. (piquiazeiro), enquanto que, sementes de Oenocarpus bacaba Caryocar villosum Carapa guianensis Protium Aubl (andirobeira) e o sp (breu) são utilizadas com fins medicinal e artesanato local, respectivamente. Em termos de produção, a espécie comercializada que mais se destacou foi Mart. com produção média estimada de 2083,3 kg/ano, Euterpe oleracea seguida de Mart. com 567,5 kg/ano. Oenocarpus bacaba
Ao longo da história humana, alguns insetos, têm sido responsáveis pelos danos causados em suas culturas e por apresentar relevante importância médica, pois são vetores de várias doenças, como são os mosquitos. Estratégias têm sido usadas no seu controle, com destaque para os inseticidas sintéticos, que não são seguros e sua eficiência é temporária, além de possuírem alto custo de produção. Portanto, é importante a busca por produtos naturais que tenham a potencialidade efetiva de controle aos mosquitos. Esta pesquisa objetivou realizar o levantamento do estado da arte etnobotânico e etnofarmacológico de espécies vegetais usadas como repelentes e/ou inseticidas no estado Amapá. A coleta de dados foi realizada a partir de publicação científica-acadêmica. Foram catalogadas 25 espécies distribuídas em 19 famílias e 21 gêneros. A família que se destacou pelo número de espécies foi Piperaceae. Os gêneros com maior abundância de espécies foram: Piper, Attalea e Justicia. Fica evidente a riqueza da diversidade vegetal potencial para estudos fitoquímicos e promissoras substâncias bioativas na região do Amapá.
Este estudo visou identificar a percepção dos residentes da comunidade de São Francisco do Iratapuru, Laranjal do Jari sobre a transmissão da malária e desenvolver ações socioeducativas de controle e prevenção. A comunidade de São Francisco do Iratapuru está situada na foz do rio Iratapuru, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do rio Iratapuru. Os dados referentes aos fatores envolvidos na transmissão da malária foram levantados através de entrevistas com um roteiro formulários previamente elaborados e testados junto aos profissionais das áreas de saúde (um microscopista, um guarda de endemias e um agente comunitário de saúde), educação (dez professores, uma merendeira e um auxiliar de serviços gerais) e com adultos, adolescentes e crianças (150) residentes na comunidade de São Francisco do rio Iratapuru. As atividades educativas realizadas foram: palestras, oficinas, minicursos e diversas atividades de cunho lúdico e a elaboração de material didático: calendários, folders, jogos didáticos e filme de animação-enfocando situações cotidianas da realidade local.
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