Resumo: Este trabalho analisa as relações entre a globalização e o pré-capitalismo apoiado no referencial teórico marxista, do que decorre a vinculação da noção de globalização às transformações regulares da economia capitalista. Estas estão sintetizadas em uma base conceitual aqui denominada de dialética da globalização, correspondente a uma lei de desenvolvimento do capitalismo, permitindo, portanto, a extensão do conceito de globalização para toda a história desta sociedade. Deste modo, as leis de movimento e reprodução do capital impõem um permanente processo de mudanças, as quais, efetivadas sob o princípio da desigualdade, resultaram, no final do século XX, na manutenção do subdesenvolvimento e na supressão do pré-capitalismo.Palavras-chave: capitalismo; globalização; pré-capitalismo. Globalization dialectics and the suppression of the pré-capitalismAbstract: This article analyzes the relations among globalization and the precapitalism based in Marxist theory. Globalization notion is linked to the regular capitalism's transformations. These are framed in a conceptual base denominated globalization dialectics. Like this, the movement laws and reproduction of the capital impose a permanent process of changes, driven under the principle of the 1 Professor do Curso de Mestrado em Economia e da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal da Bahia. Doutor em economia pela UNICAMP. E-mail: balanco@ufba.br. Agradeço os comentários de contribuição a este texto oferecidos pelo professor Claus Germer (UFPR). Porém, é desnecessário afirmar que o conteúdo do artigo é de minha exlusiva responsabilidade.
State, power block and capitalist accumulation: a theoretical approach. This article aims to elaborate a theory, based on Poulantzas, about the role of the State in a capitalist economy through a relational perspective that perceives the State as a field and a strategic process for the disputes of class fractions within the power bloc. In order to do so, it exposes the relation between State and accumulation at an abstract-formal level, emphasising the limitations of studies that use only this dimension. Next, it analyzes the role of the power bloc in mediating between the abstract and concrete levels of the State, observing that public policies are elaborated as a result of the clashes within the power bloc. Finally, it promotes a discussion on the external constraints (international system) that are affected and affect the State and, consequently, the dynamics of the power bloc.Keywords: State; power bloc; capitalist accumulation. JEL Classification: P10; P16. INTRODUçãOEstudos contemporâneos, dos mais diversos matizes teóricos, concebem o Estado, quase sempre, como um criador autônomo e idealizado que determina a sociedade e suas estruturas (alçando-o à condição de fonte primária do processo reprodutivo) ou como uma criatura passiva que é o reflexo da sociedade
A INTERNACIONALIZAÇÃO DO VAREJO A PARTIR DOS WAL-MART E CARREFOUR ARMANDO JOÃ O DALLA COSTA UMA ANÁ LISE ECONOMÉ TRICA DO FUTEBOL BRASILEIRO ARÍ FRANCISCO DE ARAÚJO ÍR. CLÃ UDIO D. SHIKIDA, LEONARDO M. MONASTERIO
Resumo: O presente trabalho busca aprofundar a compreensão da categoria, desenvolvida sobretudo por Alain Lipietz, moeda-crédito. Entretanto, busca-se apontar algumas correções imprescindíveis a partir da utilização rigorosa do método de Marx. Ao tratar da moeda de fidúcia como uma nova etapa do dinheiro, intrinsicamente vinculada às necessidades do capital na sociedade tardo-burguesa, abrem-se os caminhos para uma compreensão revigorada do conceito de moeda-crédito. Não obstante, sobressaltam as indicações da obra marxiana quanto a possibilidade, e porque não a necessidade ontológica, de emancipação do signo do dinheiro, ao mesmo tempo, que a partir do método fecundo deixado pelo pensador alemão, este artigo, busca compreender os desdobramentos do valor no capitalismo contemporâneo. Palavras-chave: Moeda-Crédito. dinheiro. economia Resumén: Este estudio tiene como objetivo profundizar en la comprensión de la categoría, especialmente desarrollada por Alain Lipietz, la moneda-crédito. Sin embargo, el objetivo es señalar algunas correcciones esenciales desde la utilización rigurosa del método de Marx. Al abordar la moneda fiduciaria como una nueva etapa de dinero, intrínsecamente ligada a las necesidades del capital en la sociedad tardo-burguesa, abre el camino para una comprensión revitalizada del concepto de dinero de crédito. Sin embargo, se sobresaltan las indicaciones de la obra de Marx acerca de la posibilidad, y por qué no la necesidad ontológica, de la emancipación del signo de dinero, mientras que a partir del método fructífero dado por el pensador alemán, este artículo trata de comprender las ramificaciones de valor en el capitalismo contemporáneo. Palavras clave: Moeda-Crédito. dinheiro. economiaAbstract: This study aims to deepen understanding of the category, especially developed by Alain Lipietz, creditcurrency. However, the goal is to point out some essential corrections from the rigorous use of the Marx's method. In addressing the fiduciary currency as a new stage of money, intrinsically linked to the needs of capital in the latebourgeois society, opens the way for a revitalized understanding of the concept of credit money. However, it contains indications of Marx's work about the possibility, and why not the ontological necessity of the emancipation of the money sign, while from the fruitful method given by the German thinker, this article deals understand the ramifications of value in contemporary capitalism.Quando se interpreta a passagem do primeiro livro d'O Capital, na qual Marx se refere ao ouro como mercadoria antes de ser dinheiro, com o objetivo de afirmar a impossibilidade da existência do dinheiro em sua forma inconversível, o que se afirma corriqueiramente, é que "uma verdadeira moeda para poder cumprir as funções de mercadoria universal deve pelo menos ser corporificada em uma mercadoria particular, uma cristalização do trabalho abstrato" (LIPIETZ, 1986, p. 53). Entretanto, o
Depois de duas décadas de altas taxas de crescimento econômico, Moçambique tem experenciado elevados ingressos de investimento estrangeiro direto nos anos recentes. No entanto, um dos países mais pobres do mundo continua com enormes dificuldades para reduzir pobreza e promover mudanças estruturais na economia. Este artigo analisa as características dos investimentos e da ajuda internacional do Brasil em Moçambique e detalha como eles se relacionam com o atual padrão de acumulação do país africano. Utilizando-se do instrumental teórico da Teoria da Dependência Marxista e de leituras mais recentes sobre a porosidade econômica de Moçambique, o artigo argumenta que a recente explosão de investimentos e a dualidade desigual da cooperação do Brasil reforçam o padrão de crescimento poroso e dependente moçambicano, marcado por rápida expansão do PIB e do IED com estagnação da pobreza e das condições de vida das massas.
Nos limites deste artigo, analisaram-se os vários elementos da onda de transformações ocorridas no âmbito da economia capitalista mundial nos últimos decênios. Estas resultaram de medidas contra tendências, visando ao bloqueio e à superação da crise estrutural decorrente do esgotamento do crescimento de longa duração do pós-Segunda Grande Guerra. Contraditoriamente, ao tempo em que as mudanças introduzidas se revelaram poderosas alavancas inovadoras nos planos produtivo e financeiro, também carregaram conteúdos profundamente regressivos. Transformou-se profundamente o capitalismo, mas sem a consolidação de uma nova base sólida para remunerar crescentemente o grande capital, em substituição ao ciclo fechado no início dos anos 1970. Os países “subdesenvolvidos” e “emergentes” reproduzem, com algumas especificidades, tais contradições sob a dominação do capital financeiro. Por conseguinte, o novo modelo de reprodução do capitalismo do tempo presente exibe limites visíveis. Prolonga a crise orgânica que se desdobra em regressões ameaçadoras aos destinos da humanidade, mas não sem criar novas bases para uma superação anticapitalista. PALAVRAS-CHAVE: Crise Profunda. Capital Financeiro. Lucros Decrescentes. Países Emergentes. Base Alternativa de Acumulação.THE FINAL STAGE OF CAPITAL. THE CRISIS AND THE DOMINATION OF FINANCE CAPITAL IN THE WORLD Jorge Nóvoa Paulo Balanco Within the limitations of this article the authors analyzed various elements of the wave of transformations which have occurred in the scope of the world’s capitalist economy over recent decades. These transformations have led to measures against trends aimed at blocking and overcoming the structural crisis resulting from stagnation after a long period of post-World War II growth. In contradiction, at a time in which the changes that were introduced have proven to be powerful leveraging tools for innovation in the production and finance arenas, their content is also thoroughly regressive. Capitalism has undergone a profound transformation, but without the consolidation of a solid new base to increasingly reward big capital in order to replace the cycle which ended in the early 1970s. The “underdeveloped” and “emerging” countries reproduce, with some particularities, these contradictions under the domination of financial capital. Thus, capitalism’s new model of reproduction currently shows visible limits. It prolongs the organic crisis which is developing regressions which threaten human destiny, but not without creating new bases for overcoming anti-capitalism. KEY WORDS: Profound crisis. Financial capital. Decreasing profits. Emerging countries. Alternative base for accumulation.LA DERNIÈRE ÉTAPE DU CAPITAL. LA CRISE ET LA DOMINATION DU CAPITAL FINANCIER DANS LE MONDE Jorge Nóvoa Paulo Balanco Les divers facteurs de transformation qui ont eu lieu au sein de l’économie capitaliste mondiale au cours des dernières décennies sont analysés dans cet article. Ces transformations sont l’aboutissement des mesures prises contre les tendances visant à bloquer et à surmonter la crise structurale provoquée par le manque de croissance à long terme de l’après-deuxième guerre mondiale. Paradoxalement, alors que les changements réalisés se sont révélés être de puissants leviers innovateurs sur les plans productif et financier, ils étaient chargés aussi de contenus profondément régressifs. Le capitalisme s’est beaucoup transformé mais sans consolider une nouvelle base suffisamment forte et capable de rémunérer de manière croissante le grand capital afin de remplacer le cercle fermé au début des années 1970. Les pays “sousdéveloppés” et “émergents” reproduisent avec quelques spécificités ces contradictions sous domination du capital financier. Par conséquent le nouveau modèle de reproduction du capitalisme des temps présents affiche des limites visibles. La crise organique se prolonge et se multiplie par des régressions menaçantes pour le destin de l’humanité, sans pour autant créer de nouvelles bases capables d’un dépassement anti-capitaliste. MOTS-CLÉS: crise profonde, capital financier, bénéfices décroissants, pays émergents, base alternative d’accumulation. Publicação Online do Caderno CRH no Scielo: http://www.scielo.br/ccrh Publicação Online do Caderno CRH: http://www.cadernocrh.ufba.br
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