RESUMO Objetivo Verificar evidências sobre aplicação da TAA na saúde realizando revisão sistemática da literatura. Estratégia de pesquisa Foi realizado levantamento em quatro bases de dados com os descritores: terapia assistida por animais (Animal Assisted Therapy), terapia assistida por cavalos (Equine-Assisted Therapy), fonoaudiologia (speech therapy). Critérios de seleção Artigo publicado entre 2010 e 2018, em português ou inglês, com acesso eletrônico livre e que mencionava as características do programa de intervenção. Análise dos dados Critérios: casuística, área do conhecimento, característica do programa, tipo de pesquisa, ano e língua de publicação, nacionalidade, periódico e fator de impacto. Resultados 43 artigos publicados em 30 periódicos, 16 com fator de impacto, foram revisados. Os estudos clínicos prevaleceram (93,02%), 37,20% eram da Medicina, a população estudada tinha diferentes diagnósticos e idades, sendo 55,81% com adultos/idosos. A TAA foi usada preferencialmente para reabilitação física (67,44%) e o principal mediador foi o cão citado em 72,09% dos artigos. Foram descritos oito (n=8) programas com foco na intervenção em comunicação. Conclusão Há evidências científicas sobre o uso da TAA publicadas no período estudado, no Brasil e no mundo. Os programas eram utilizados por diferentes profissionais da saúde e educação. As metas da TAA eram específicas para o perfil dos participantes e condizentes com as características do animal mediador e do local.
OBJETIVO: Caracterizar o perfil diagnóstico e o fluxo de usuários de um serviço de Fonoaudiologia de um hospital escola público. MÉTODOS: A coleta foi realizada em documentos, arquivos de prontuário, selecionados por código no período entre outubro de 2007 e março de 2009. Após o registro, os resultados foram descritos estatisticamente. RESULTADOS: Houve predomínio do gênero masculino (67,8%); em 58,95% a faixa etária estava entre 0 e 7 anos; 88,48% da população era procedente de municípios da região norte do estado de São Paulo; 43,2% vinham do serviço neurologia do hospital e 33,6% frequentavam escola. Quanto ao diagnóstico 27,5% eram de atraso de linguagem, 20,06% de distúrbios de linguagem e 15,51% de distúrbios da aprendizagem, com prevalências de 0,31, 0,17 e 0,23 casos em 273, respectivamente. As comorbidades foram: retardo do desenvolvimento neuropsicomotor (14,28%) e prematuridade (8,69%). Os encaminhamentos eram para Audiologia (24,77%) e Odontologia (20,18%) e 51,64% dos usuários estavam em lista de espera para terapia no local. CONCLUSÃO: Prevaleceu o diagnóstico de atraso de linguagem em crianças do gênero masculino, com idade entre 0 e 6 anos e 11 meses. Foi identificado um fluxo externo proveniente de município da região e interno (ambulatorial). Parte da demanda foi absorvida pelo serviço, parte aguardava por reabilitação e uma parcela foi contra-referenciada às unidades de origem.
Purpose: to develop and validate the content of printed educative material (booklet) on the typical oral language development. Methods: methodological development research with content validation. The material was produced following a literature review, in which the available publications approaching this theme were analyzed. The descriptors used were “child language”, “child development”, “language development”, and “language development disorders”. A total of 37 judges (specialists in the field and target audience) participated, divided into groups: speech-language-hearing therapists (LJG), educators (EJG), and relatives (RJG). They answered a 5-point Likert-scale instrument. The absolute percentage agreement (APA) and content validity index (CVI) were applied, whose respective minimum values of 75% and 0.78 were adopted. Results: the booklet encompassed the aspects of phonology, semantics, syntax, narrative and hearing, citing what is expected for each age. At the end of each topic, suggestions on how to stimulate the child’s language were made. The mean VCI scores were: LJG=81.3%, EJG=93.51%, and RJG=89.4%. Conclusion: the booklet reached a high content and design validity index and will aid health education initiatives, allowing its content to be spread among families and professionals involved in child development.
Background: development of oral narrative. Aim: to verify narrative and pause duration, number of words and interlocutor's interventions in the oral narratives of children with typical development. Method: this study involved 31 subjects divided into four groups according to age: GI (3:1 to 4:0 years), GII (4:1 to 5:0 years), GIII (5:1 to 6:0 years) and GIV (6:1 to 7:0 years). Samples of spontaneous narrative and narrative based on a book without words were video recorded, transcribed and statistically analyzed using the Fisher's exact test (nonparametric) and the linear regression model with mixed effects. Results: the results of pause duration, narrative duration and number of words were significantly higher for the narrative samples produced using a book than those obtained in the spontaneous narratives (p-value < 0.01). Regarding the number of interventions, a correlation (p-value = 0.03) between age and number of interventions was observed for the book context. It was observed that the number of interventions decrease with age. Conclusion: children presented longer narratives in the book context. However, no significant differences were observed between the age groups. The results of the study also suggest that the interlocutor's interventions become less necessary with the aging process.
RESUMO Objetivo Verificar a associação entre idade, nível socioeconômico e o desempenho em prova de vocabulário emissivo e receptivo de crianças com desenvolvimento típico de linguagem. Método Participaram 60 estudantes da Educação Infantil, com idade entre 3 a 5:11 anos, de ambos os gêneros, com desenvolvimento típico de linguagem, divididos em Grupos: GI (ẋ 3:6 anos), GII (ẋ 4:4 anos) e GIII (ẋ 5:9 anos). Foram aplicados, individualmente, os testes de Linguagem Infantil ABFW- parte Vocabulário e o Peabody para vocabulário emissivo e receptivo, respectivamente, e o preenchimento do questionário de classificação socioeconômica da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) pelo responsável. Os dados foram analisados conforme critérios dos instrumentos e dispostos em planilha de Excel for Windows XP®. Foi utilizado modelo de Regressão Linear múltipla, adotou-se um nível de significância de 5% para estudar a relação entre a idade, o nível socioeconômico e o desempenho em prova de vocabulário receptivo e emissivo. Resultados No ABEP, os participantes foram classificados em sua maioria no nível social C (63,3%), seguido do B (26,6%) e D (10%). Apresentaram vocabulário emissivo e receptivo condizente com a faixa etária. No vocabulário emissivo e receptivo, houve diferença estatística para a variável idade e nível socioeconômico. Verificou-se maior pontuação nos testes, conforme o avanço da idade e do nível socioeconômico, do nível social “B” para o “D”, e do “C” para o “D”. Conclusão As variáveis idade e nível socioeconômico podem influenciar o desempenho nas provas de vocabulário emissivo e receptivo do grupo estudado.
OBJETIVO: Investigar a satisfação de participantes com um programa educativo em saúde. MÉTODOS: Participaram voluntariamente da pesquisa 34 adultos, 21 do gênero feminino e 13 do gênero masculino. Para a coleta, foi elaborado um instrumento dirigido com respostas apresentadas em escala Likert (0-5). Os dados obtidos foram categorizados e tabulados para a análise por meio de estatística não paramétrica. RESULTADOS: A temática foi avaliada como muito boa (MB) por 73,8% dos entrevistados, a estratégia de apresentação como MB por 73,2%, a organização como MB para 70,3% e a linguagem e o material de apoio como MB para 75,5% e 57,2%, respectivamente. Sessenta e nove vírgula três por cento dos entrevistados consideraram importante o conteúdo e 44% estavam preparados para transmitir o conhecimento. CONCLUSÃO: Constatou-se que os participantes ficaram satisfeitos com o programa e que as rodas de conversa mostraram-se como uma estratégia efetivamente capaz de produzir a discussão sobre os assuntos colocados em pauta e eficaz para a sensibilização dos participantes frente a sua saúde.
OBJETIVO: Caracterizar as habilidades simbólicas de um grupo de crianças com síndrome de Down. MÉTODOS: Participaram do estudo 26 crianças com idades entre 12 e 36 meses, divididas em dois grupos: grupo síndrome de Down (GSD) e grupo controle (GC) - crianças com desenvolvimento normal. Os grupos foram subdivididos de acordo com a idade: GSD I e GC I, compostos por crianças de 12 a 24 meses; GSD II e GC II, com crianças de 25 a 36 meses. Os dados foram coletados por meio da interação com a examinadora em situação lúdica, durante 30 minutos o GSD e 20 minutos o GC, de acordo com a proposta do protocolo de observação comportamental. RESULTADOS: Comparando ambos os grupos controle encontramos diferença (p<0,05) para as formas de manipulação dos objetos, para o nível de desenvolvimento do simbolismo e para o desempenho geral no protocolo. Em ambos os grupos síndrome de Down houve diferença para o nível de desenvolvimento do simbolismo. Na comparação inter-grupos de acordo com as faixas etárias encontramos diferenças quanto à forma de manipulação dos objetos, nível de desenvolvimento do simbolismo e desempenho geral no protocolo. A imitação sonora e gestual não se diferenciou significativamente nessa pesquisa. CONCLUSÃO: Os resultados confirmaram a hipótese de atraso do desenvolvimento das habilidades simbólicas para crianças com síndrome de Down. O exame da linguagem e simbolismo em contexto funcional possibilitou a confrontação das manifestações observadas neste grupo e as descritas para crianças com desenvolvimento linguístico e simbólico considerados normais, sendo o nível de desenvolvimento simbólico o melhor parâmetro de análise e acompanhamento para o grupo.
ABSTRACT. The most common acquired communication disorders are aphasia, dysarthria and apraxia of speech. Determining the factors associated with speech therapy time of adults with these disorders can further the understanding of the speech and language rehabilitation process within the public service and linked to the health education process. Objective: To analyze the types of acquired neurological disorders of communication of patients treated during the first years of implementation of a medium complexity service, along with demographic data, and rehabilitation time; and to determine associations between rehabilitation time and age, education, type of communication disorder, neurological disease duration and having been seen by a trainee. Methods: A retrospective analysis of the records of patients with acquired neurological disorders of communication who started speech and language rehabilitation between 2010 and 2011 was performed. Results: A total of 86 cases with acquired disorders of communication were seen, of whom 66% had aphasia, 35% dysarthria and 26% apraxia of speech. Mean age was 59 years and stroke was the most frequent cause (71%). Fifty patients completed speech-language rehabilitation and had a mean therapy time of 12 months. Aphasia and apraxia of speech were associated with a longer rehabilitation time. Therapy time until discharge was not significantly associated with lesion duration, education, age or being seen by a trainee. Conclusion: The duration of speech therapy for acquired neurological disorders of communication is long and associated with the type of disorder.
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