O presente estudo objetivou verificar se a aceitação entre pares está relacionada a traços de personalidade. Foram estudados 411 alunos do ensino fundamental de uma escola pública, por meio da Escala de Traços de Personalidade para Crianças e o Teste Sociométrico. Dos resultados das análises de correlação e discriminação de grupos extremos ressaltaram, principalmente, três informações. Uma delas foi que as meninas tiveram uma pontuação média mais baixa em neuroticismo, mas sua presença produziu aceitação na escolha entre pares, enquanto que nos meninos, com média mais alta, não produziu esse efeito. A outra, que as meninas tiveram uma pontuação mais alta em psicoticismo e sociabilidade, não produzindo rejeição para as meninas, mas sim para os meninos. E, finalmente, as correlações foram baixas, apesar de significativas, tal como era esperado, pois a aceitação-rejeição deve ser apenas um dos componentes da personalidade. Nesse contexto, os dados desta pesquisa podem ser considerados evidência de validade para o Escala de Traços de Personalidade para Crianças. Palavras-chave: traços de personalidade; evidência de validade; teste sociométrico.

No abstract

Objetivos: Descrever as variáveis sociodemográficas e clínicas do Acidente Vascular Encefálico (AVCi), correlacionando com déficits cognitivos: orientação, memória, percepção e pensamento abstrato, diagnosticados pelo instrumento de avaliação neuropsicológico, CAMCOG-R. Materiais e Métodos: Para coleta de dados, foi utilizado um questionário de caracterização sociodemográfica e clínica e uma avaliação cognitiva de idosos acometidos por infarto cerebral, decorridos 05 dias, o CAMCOG-R. Resultados: Entre as variáveis estudadas, o fator preditor de sequela no desempenho cognitivo foi à hipertensão, com p=0,032. Apesar do escore global não apresentar diferença estatisticamente significativa, em relação ao tempo de ocorrência do AVCi, verificou-se que na pontuação da subescala orientação espacial, houve uma melhora estatisticamente significativa, com p<0,038. Conclusão: Apenas, a subescala orientação espacial foi significativa na variação de pontuação, enquanto os escores globais se encontravam dentro da normalidade. Evidenciou-se também uma associação do declínio no desempenho cognitivo dos idosos hipertensos, embora sem caracterizar um estado de comprometimento cognitivo definido como demência. Consequentemente, a escala pode ser útil para triagem breve em leito hospitalar e um recurso na exploração do funcionamento cognitivo em pacientes com AVC recente. Palavras-chave: Idoso, Acidente Vascular Encefálico Isquêmico, CAMCOG-R.ABSTRACTObjectives: To describe the sociodemographic and clinical variables of the ischemic stroke, correlated to cognitive deficits: orientation, memory,  perception and abstract thinking, diagnosed by a neuropsychological assessment tool, the CAMCOG-R. Materials and Methods: To collect data, a questionnaire of clinical and sociodemographic characterization was used and for cognitive assessment of the elderly with brain stroke, within 05 days, the CAMCOG-R was used. Results: Among the variables studied, the sequel predictor of cognitive performance was hypertension, with p = 0.032. Although the overall score did not show a statistically significant difference in relation to the time of occurrence of the ischemic stroke, it was found out that  the subscale scores of spatial orientation had a statistically significant improvement, p <0.038. Conclusion: Only the spatial orientation subscale had a significant variation in scoring, while the overall scores were within normal limits. It also showed a decline in the cognitive performance among elderly hypertensive patients, although not characterizing a cognitive impairment status defined as dementia. Consequently, the scale can be useful for brief screening at a hospital and a resource in the exploration of cognitive functioning in patients with recent stroke. Keywords: Elderly, Ischemic Stroke, CAMCOG-R.

Objective: To describe the psychosocial profile of candidates for bariatric surgery, verify the prevalence of Binge-Eating Disorder (BED) and analyze the correlation between psychosocial variables in patients with or without BED. Methods: Cross-sectional study. Data collection was based on information from 125 patients, and the Periodic Binge-Eating Scale (BES) was applied by the Psychology section of a general hospital in southern Minas Gerais from July 2019 to March 2020. Candidates were separated into groups with and without BED, and psychosocial variables were correlated with groups. Results: The BED prevalence was 41.6% (52). Most patients were women (101; 80.8%), between 30 and 49 years (68; 54.4%), had a paid job (80; 64%), had completed or incomplete high school (51; 48.8%), reported memories of "remarkable facts" in the child's family environment (78; 62.4%). Anxiety disorders were reported in 37.6% (47) and depressive disorders in 17.6% (22) of the sample. As for weight-loss treatments, 62.4% (78) tried at least three types; 58.4% (73) reported the perception of weight gain in childhood or adolescence. A statistically significant association was observed between BED and a low education (p = 0.009). Conclusion: It was possible to characterize the studied population. It was observed that education can be considered a protective factor for the occurrence of BED.