Resumo Este estudo teve como objetivo adaptar e validar a Depression Anxiety and Stress Scale (DASS-21) - Short Form para adolescentes brasileiros. Participaram do estudo 426 adolescentes de 12 a 18 anos (M = 14,91; DP = 1,66), sendo 264 meninas (62%) e 162 meninos (39%), de escolas públicas da cidade de Porto Alegre-RS, que responderam a uma versão adaptada, nomeada Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse para Adolescentes (EDAE-A). As subescalas demonstraram níveis adequados de consistência interna, variando entre 0,83 e 0,90. A análise fatorial confirmatória indicou que o melhor modelo foi o de três fatores, confirmando o modelo original com as dimensões depressão, ansiedade e estresse. No escore total e por fatores, houve diferença por sexo, com maior média entre as meninas em todos os escores. Conclui-se que a EDAE-A apresenta qualidades psicométricas favoráveis, mostrando-se um simples e adequado instrumento de levantamento de sintomas de depressão, ansiedade e estresse para adolescentes brasileiros.
A partir da revisão não sistemática de publicações científicas sobre pesquisa qualitativa, os autores descrevem as suas particularidades, bem como apresentam critérios de qualidade utilizados internacionalmente para artigos qualitativos. Inicialmente, a pesquisa qualitativa foi contextualizada em termos de paradigmas filosóficos e delineamentos. Em seguida, diferentes considerações sobre critérios de qualidade para pesquisa qualitativa foram discutidos, nomeadamente aqueles derivados da abordagem quantitativa e outros já desenvolvidos para a abordagem qualitativa. Por fim, foram sistematizados critérios de qualidade propostos em três publicações que vêm sendo utilizados internacionalmente. Tais critérios foram apresentados aos leitores em uma tabela que pode ser utilizada por autores, editores e revisores como um checklist de conferência visando o aprimoramento das publicações nacionais.
Since the outbreak of the COVID-19 pandemic by the World Health Organization in early 2020, different research has been designed to understand how mental health can be impacted by the pandemic. This study has focused on possible coping strategies developed by the university population in response to social distancing. This study aimed to identify if there was a relation between the coping strategies adopted by undergraduates during the social distancing caused by the COVID-19 pandemic and symptoms of depression, anxiety, and stress. The sample consisted of 503 undergraduates between 17 and 62 years old (M = 23.82; SD = 7.56) who answered an online form containing a questionnaire of sociodemographic data, a coping strategies scale, and the DASS-21 scale. Descriptive analyses (means and standard deviations) and Mann-Whitney U test and Kruskal-Wallis test were performed to verify the relationship and differences in the constructs investigated by gender, Higher Education Institution (HEI) (private, public, and community), age groups, social distancing, etc. In parallel, Spearman’s analysis was performed to determine the correlation between symptoms of depression, anxiety, and stress, and coping strategies and a chi-square test to check the association between income and educational status at the time of data collection. The results indicate a correlation between symptoms and some coping strategies, differences in symptoms, and strategies employed according to gender, work status, and religious practice.
ResumoEducar não é tarefa fácil e muitos pais podem ter muitas dúvidas a respeito da melhor estratégia educativa. Este estudo teórico tem como objetivo aprofundar o conhecimento sobre as práticas educativas parentais como risco e proteção ao desenvolvimento dos filhos a partir de uma revisão não sistemática da literatura sobre as estratégias educativas parentais. Além disso, propõe um programa de intervenção com os genitores. Observou-se que muitas das estratégias parentais utilizadas podem colocar em risco o desenvolvimento de seus filhos. Outras estratégias, por sua vez, associam-se a efeitos positivos, sendo consideradas fatores protetivos. Dessa forma, propõe-se pensar um programa de intervenção em torno de práticas educativas mais positivas. Conscientizar famílias e profissionais da saúde e educação sobre o exercício parental é de extrema importância para a prevenção e promoção da saúde de crianças e adolescentes. Palavras-chave: educação; crianças; adolescentes. Educative practices and intervention with parents: education as protection to children's development AbstractEducating children is not an easy task and many parents may have a lot of questions about the best educational strategies. This theoretical study aims at deepening the knowledge about parental educational practices as risk-factors or protection to the development of children based on a non-systematic literature review on parental educational strategies. Furthermore, it proposes an intervention program with parents. It was observed that many parenting strategies used can endanger their children's development. On the other hand, other strategies are associated with positive effects to them, being considered as protective factors. Thus, this paper proposes the elaboration of an intervention program with parents about more positive educational practices. Training families and health and education professionals on parenthood practices is extremely important for prevention and health promotion of children and adolescents.
A concepção de maternidade como um destino inevitável vem sendo questionada na contemporaneidade, a partir do crescente posicionamento de mulheres que optam por não viver essa experiência e não cumprir, dessa forma, uma das normas sociais mais fortemente ligadas à constituição da identidade feminina. O presente trabalho buscou compreender como se constituem as identidades femininas de mulheres de classe média, casadas, ou que coabitam com o companheiro, e que optaram por não ter filhos, residentes em cidade do interior do Rio Grande do Sul. Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa a partir de entrevistas semiestruturadas que foram avaliadas por meio da técnica de análise de conteúdo. Os resultados sugerem que as mulheres que optam por não viver a maternidade constituem suas identidades a partir da negação de representações culturais dominantes que afirmam a maternidade como destino natural de toda mulher, e o amor materno como sentimento inerente à existência feminina.
O objetivo deste artigo é refletir sobre os efeitos das práticas educativas coercitivas para o desenvolvimento da criança e do adolescente, buscando compreender sua influência no comportamento e na aprendizagem em ambiente escolar. A partir da análise assistemática de estudos sobre o tema, foi possível compreender que as estratégias coercitivas que se utilizam da força física para educar estão associadas a resultados negativos no desenvolvimento humano da criança e do adolescente, como comportamentos agressivos e baixa autoestima, constituindo-se em risco ao desenvolvimento saudável. Contudo, tais práticas são compartilhadas socialmente e consideradas naturais pelas famílias, não havendo, muitas vezes, o conhecimento de outras formas de educar. Sendo a escola um importante ambiente de interação das crianças, ela tem sido chamada a engajar-se nessa temática. Assim, discutem-se formas de instrumentalizar os profissionais da educação para a identificação dos casos de uso de estratégias coercitivas e violência física na educação dos filhos, como também ações preventivas junto aos estudantes e à comunidade. Para que o propósito seja alcançado, órgãos responsáveis pela defesa dos direitos da criança e psicólogo escolar poderão atuar juntamente com a escola, auxiliando-a nesse processo. O psicólogo pode trabalhar com os pais no sentido de apresentar formas de educar que não passem pela perspectiva da violência, prevenindo, assim, danos ao desenvolvimento e comportamentos que dificultam a aprendizagem. Fomentar reflexões sobre essa problemática fará com que os valores da educação sem violência tomem espaço nas famílias, contribuindo para que as crianças tornem-se adultos saudáveis no futuro.
Resumo Este trabalho apresenta uma reflexão teórica acerca das imagens sociais de crianças e adolescentes institucionalizados e suas famílias. Parte-se de uma perspectiva histórica acerca das instituições no Brasil até os dias atuais, em que a política de atendimento é regida pela Doutrina da Proteção Integral, prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, destacando-se os prejuízos das imagens sociais negativas relativas a crianças e adolescentes em acolhimento e suas famílias. São discutidos alguns trabalhos que enfocam as imagens construídas acerca dessa população e suas consequências, tanto para os sujeitos em situação de institucionalização quanto para os profissionais que com eles trabalham. Conclui-se destacando a importância de trabalhos de sensibilização junto a profissionais que atuam na área da proteção, saúde e educação.
ResumoEste trabalho teve por objetivo comparar a idade da primeira relação sexual, a informação sobre métodos contraceptivos, além de seu uso com a ocorrência da gestação na adolescência em dois grupos (50 grávidas e 50 não grávidas). Foi utilizado um questionário desenvolvido para o estudo que investigou essas variáveis. Verificou-se que não há diferença significativa nos grupos entre idade da sexarca, uso de contracepção na sexarca e tipo de contraceptivo utilizado. Contudo, os grupos diferem em relação ao uso de métodos contraceptivos nas relações sexuais subsequentes. Os dados revelam a multiplicidade de fatores envolvidos no comportamento contraceptivo demonstrando a necessidade de absorção desses fatores por parte das políticas públicas voltadas para o público adolescentes. Palvras-chave: Gravidez; Adolescência; Sexarca; Contracepção. First sexual intercourse, information and contraceptive use: a comparison between adolescents AbstractThis study aimed to compare the age at first sexual intercourse, information about contraceptive methods, besides its use with the occurrence of adolescent pregnancy in two groups (50 pregnant and 50 nonpregnant). The questionnaire developed for the study investigated these variables. It was found that there is no significant difference between groups in age at first sexual intercourse, use of contraception at first sexual intercourse and type of contraceptive used. However, the groups differ with respect to the use of contraceptives in the subsequent sexual intercourses. The data reveals the multiplicity of factors involved in contraceptive behavior demonstrating the need for absorption of these factors on the part of public politics directed to adolescents. Keywords: Pregnancy, Adolescence, First sexual intercourse, Contraception. Sexarca, información y uso de métodos anticonceptivos: comparación entre adolescentes ResumenEste estudio tuvo como objetivo comparar la edad de la primera relación sexual, la información sobre los métodos anticonceptivos, además de su uso con la ocurrencia del embarazo en la adolescencia en dos grupos (50 embarazadas y 50 no embarazadas). El cuestionario elaborado para el estudio investigó esas variables. Se encontró que no hay diferencia significativa en los grupos entre edad de la sexarca, el uso de anticonceptivos en la sexarca y el tipo de anticonceptivo utilizado. Sin embargo, los grupos difieren con respecto a la utilización de anticonceptivos en las relaciones sexuales posteriores. Los datos revelan la multiplicidad de factores implicados en el comportamiento anticonceptivo que demuestran la necesidad de absorción de estos factores en las políticas públicas vueltas a los adolescentes.
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