INTRODUÇÃO: Os insulinoma são o tumor neuroendócrino mais comum do pâncreas, embora sua incidência seja rara. Acomete mais comumente entre a 4ª e 6ª década, sem diferença entre os sexos, e em sua maioria trata-se de uma neoplasia benigna e solitária. Seu quadro clínico consiste classicamente na tríade de Whipple: sintomas de hipoglicemia neurogliopênicos induzidos por jejum, baixos níveis de glicose (40-50mg/dL) e melhora dos sintomas com a administração de glicose, sendo seu sinal patognomônico um hiperinsulinismo sérico durante o quadro sintomático de hipoglicemia. A ressecção cirúrgica constitui o tratamento do insulinoma, podendo ser por via laparotômica ou videolaparoscópica. Consequentemente, a avaliação anatomopatológica e imunohistoquímica se fazem necessárias, uma vez que a origem e as características próprias de um tumor produtor de hormônios implicam na conduta pós-operatória. RELATO DE CASO: Paciente do sexo feminino, 55 anos, admitida no Hospital Anchieta, São Bernardo do Campo, refere síncopes há 9 meses, acompanhadas de astenia, turvação visual, calafrios e cefaleia tensional. Melhora dos sintomas à ingesta de doce, piora com jejum prolongado e associada a um emagrecimento de 10 kg. Ao exame físico, leve dor à palpação profunda em epigástrio. Realizou-se ressonância nuclear magnética de abdome, com achado de imagem cística de aspecto simples com componente exofítico, de cerca de 5,5 cm em corpo de pâncreas. À avaliação endocrinológica, quadro compatível com insulinoma. A Ultrassonografia endoscópica identificou formação nodular em corpo de pâncreas hipoecoica, homogênea, ovalada, de 9,5 x 6,5 mm, sem comunicação com ducto pancreático, com íntimo contato. O perfil citológico da Punção Aspirativa por Agulha Fina identificou tumor neuroendócrino de baixo grau, produtor de insulina. Foi realizada pancreatectomia corpocaudal videolaparoscópica com preservação esplênica à Kimura. O estudo anatomopatológico constatou neoplasia endócrina bem diferenciada com expressão de insulina enquanto o imunohistoquímico compatível com insulinoma. A paciente evolui sem intercorrências, recebendo alta no 2° pós-operatório (PO) e está em acompanhamento ambulatorial, sem sintomas desde 1° PO. DISCUSSÃO: Trata-se de uma neoplasia rara, com quadro clínico bem definido, assim como seu tratamento cirúrgico. A via videolaparoscópica é uma via segura e eficaz. ABCDExpress 2017;1(2):441Codigo: 60771 Acesso está disponível em www.revistaabcd.com.br e www.sbad2017.com.br Acesso pelo
INTRODUÇÃO: A hérnia inguinal é uma hérnia abdominal mais frequente e sua correção cirúrgica pode ser via anterior ou posterior, sendo essa através da via videolaparoscópica(VL), pela técnica TAPP ou TEP. OBJETIVO: Analisar de forma retrospectiva os dados clínicos e demográficos dos pacientes submetidos à hernioplastia VL, correlacionando-os com os dados intra e pós-operatórios. MÉTODO: Foram estudadas hernioplastias inguinais VL realizadas no Hospital de Ensino em São Bernardo do Campo-SP, no período de março de 2007 a março de 2017. Dentre os dados pré-operatórios: idade, sexo, comorbidades, dias de história e hipótese diagnóstica; dados intraoperatórios como diâmetro do anel, fixação de tela, fechamento do peritônio e complicações intra e pós-operatórias. RESULTADO: Identificamos 153 pacientes submetidos à hernioplastia inguinais VL, os quais 129 eram do sexo masculino, idade média de 58,94 anos(17-89 anos). 52 portadores de HAS, 17 diabéticos, 4 obesos, 5 pneumopatas, 19 tabagistas e 4 etilistas graves e menor prevalência em outras comorbidades. Quadro clínico de 42 pacientes com dor abdominal, 51 com abaulamento e esse em região inguinoescrotal em 15. Unilateralidade em 80(54 à direta, 26 à esquerda) e 73 bilaterais, 52 recidivadas, 11 encarceradas(sendo 1 de forma aguda) e 1 estrangulada(sem necrose). Diâmetro médio do anel à direita de 3cm e à esquerda 3,4cm. Conversão em 2 pacientes para via anterior por restrição ventilatória e outra por hérnia estrangulada. Todas as cirurgias à TAPP, com todas as telas de polipropileno, com dimensão média laterolateral x craniocaudal de 11,5x15,2cm à direita e 11,3x15,1cm à esquerda, fixação com grampeamento em 140 casos e com cola em 5, e em 8 não foram fixadas. O fechamento do peritônio por sutura realizado em 93 e por grampo em 60. Nenhum paciente apresentou complicação pós-operatória grave. Ocorreram 3 recidivas, sendo todas reoperadas por videolaparoscopia(2 com sucesso e outra convertida para correção da via anterior). DISCUSSÃO: O estudo identificou a distribuição epidemiológica das hérnias inguinais e a relação dos manejos técnicos à diminuição das complicações pós-operatórias e recidivas, como mostra a literatura. CONCLUSÃO: O acesso videolaparoscópico para correção da hérnia inguinal é seguro e eficaz, sendo excelente escolha para hérnias bilaterais e recidivadas. ABCDExpress 2017;1(2):389Codigo: 59407 Acesso está disponível em www.revistaabcd.com.br e www.sbad2017.com.br Acesso pelo
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