RESUMO -Racional -A despeito de sua raridade, o câncer da vesícula biliar é uma neoplasia agressiva com péssimo prognóstico. A melhor ressecção oncológica permanece sendo a hepatectomia direita ampliada para o segmento IV; no entanto a bissegmentectomia IV-V tem se tornado uma alternativa interessante, pela maior preservação do parênquima hepático. Objetivo -Reportar os resultados precoces e tardios com a bissegmentectomia IV-V no carcinoma da vesícula biliar. Métodos -É apresentada uma série de sete doentes (seis mulheres e um homem) com carcinoma invasivo submetidos a bissegmentectomia IV-V O carcinoma da vesícula biliar foi primariamente descrito por Maximilian Destoll em 1777 (6) . No entanto, coube a Keen (citado por SHEINFIELD (32) ) realizar a primeira ressecção hepática para o tratamento dessa neoplasia. O carcinoma da vesícula biliar é o tumor maligno mais comum da via biliar e o sexto mais freqüentemente encontrado no trato digestório. Estimase que corresponda a aproximadamente 8,4% dos casos de tumores hepatobiliares diagnosticados nos Estados Unidos da América durante o biênio 1994-1995 (8) .A despeito da melhora dos exames de imagem e do suporte pós-operatório aliado a maior agressividade cirúrgica, a sobrevida global do carcinoma da vesícula biliar permanece baixa, conseqüência provável de sua natureza agressiva que apresenta extensa disseminação linfática e peritonial de maneira precoce. Desta maneira, excetuando-se os casos incidentais de tumores Tis ou T1a (TNM) operados primariamente por doença benigna sintomática (colelitíase ou pólipo), a maioria dos casos se apresenta em estádios avançados, com escassa chance de cura. Falhas para o seu tratamento precoce decorrem, principalmente, do seu curso clínico insidioso, que é invariavelmente confundido com doenças benignas de menor importância clínica. Por conseguinte, o diagnóstico é freqüentemente delegado para uma fase tardia da doença. Sintomas exuberantes como icterícia, massa palpável, alteração do hábito intestinal e ascite podem representar doença avançada com baixo índice de curabilidade. Devido a essa nefasta história natural, uma atitude niilista baseada, principalmente, nos maus resultados de seu tratamento cirúrgico fez com que se diminuísse a indicação das cirurgias curativas no passado. Destarte, durante esse período histórico, a abordagem cirúrgica ficou quase que exclusivamente direcionada a um aspecto meramente paliativo. Contudo, mais recentemente, baseado em melhores resultados, principalmente da escola japonesa (com ressecções hepáticas combinadas com linfadenectomias regionais ou alargadas) houve ressurgimento do tratamento cirúrgico curativo dessa neoplasia. Para os tumores superficiais Tis, T1a ou até
InTRODUÇÃOTumor Sólido-Cístico Pseudopapilar do Pâncreas (TSCPP) é tumor raro. Foi descrito pela primeira vez por Frantz em 1959 que reportou quatro casos e até então era desconhecida como neoplasia anteriormente considerado como tumor de ilhotas pancreáticas não-funcionantes. Contudo, descreveu essa neoplasia como uma nova entidade e a nomeou de "tumor papilífero do pâncreas" 5 .Diversas denominações têm sido dadas a esse tumor ao longo de sua história: neoplasia epitelial papilífera, neoplasia cística papilífera, neoplasia papilífera sólido-cística, tumor sólido-cístico acinar, neoplasia sólida papilífera, carcinoma cístico papilífero, tumor papilífero sólido-cístico e tumor sólido pseudopapilífero . Contudo em 1996, em consenso da World Health Organization foi finalmente designado de tumor sólido-cístico pseudopapilar do pâncreas 9,11 .Esse tumor corresponde a apenas 5% dos tumores pancreáticos císticos e um a 2% de todos os tumores exócrinos desse órgão 2,5,8,16 . Em passado recente, tem ocorrido aumento da sua freqüência, em parte pelo maior conhecimento de ABCDDV/561Henriques AC, Costa SRP, Costas MC, Waisberg J, Speranzini MB. Tumor sólido-cístico pseudopapilar do pâncreas multicêntrico submetido à gastroduodenopancreatectomia total: relato de caso e revisão da literatura. ABCD Arq Bras Cir Dig 2007;20(3):212-5. RESUMO -Racional -O tumor sólido-cístico pseudopapilar do pâncreas é neoplasia rara. Acomete mais comumente indivíduos jovens do sexo feminino e tem sido considerada neoplasia de baixo grau de malignidade com comportamento biológico indolente. O seu tratamento tem sido a ressecção cirúrgica. Pode comprometer tanto a cabeça quanto o corpo ou mesmo a cauda do pâncreas. Contudo, a presença de duas lesões simultâneas, uma na porção cefálica e outra na transição do corpo para a cauda do pâncreas (multicentricidade) é situação muito rara. Relato de caso -Tumor sólido-cístico pseudopapilar do pâncreas multicêntrico (com duas lesões distintas na cabeça e no corpo-cauda) em homem de 36 anos de idade submetido à gastroduodenopancreatectomia total e esplenectomia. O exame histológico revelou a presença de dois tumores distintos em cabeça e corpo-cauda do pâncreas, ambos de mesma etiologia (sólido-cístico pseudopapilar) e cuja confirmação foi realizada por avaliação imunoístoqui-mica. O paciente teve boa evolução pós-operatória. Cinco meses após o tratamento cirúrgico não apresenta sinais de recidiva. Conclusão -Esses tumores apresentam bom prognóstico, com curabilidade e todos os esforços devem ser tentados para a sua ressecção mesmo que para isto seja necessária pancreatectomia total. DESCRITORES -Neoplasias pancreáticas. Pancreatectomia.sua existência e da maior identificação por métodos de imunoistoquímica 16 .Poucas séries de casos dessa neoplasia têm sido descritas no Brasil, porém nenhum caso de TSCPP multicêntrico havia sido descrito anteriormente 3,4,10 . Os autores descrevem um caso de paciente com duas lesões simultâneas, na cabeça e no corpo-cauda do pâncreas (multicêntrico) que foi submetido a ga...
INTRODUÇÃO: A hérnia inguinal é uma hérnia abdominal mais frequente e sua correção cirúrgica pode ser via anterior ou posterior, sendo essa através da via videolaparoscópica(VL), pela técnica TAPP ou TEP. OBJETIVO: Analisar de forma retrospectiva os dados clínicos e demográficos dos pacientes submetidos à hernioplastia VL, correlacionando-os com os dados intra e pós-operatórios. MÉTODO: Foram estudadas hernioplastias inguinais VL realizadas no Hospital de Ensino em São Bernardo do Campo-SP, no período de março de 2007 a março de 2017. Dentre os dados pré-operatórios: idade, sexo, comorbidades, dias de história e hipótese diagnóstica; dados intraoperatórios como diâmetro do anel, fixação de tela, fechamento do peritônio e complicações intra e pós-operatórias. RESULTADO: Identificamos 153 pacientes submetidos à hernioplastia inguinais VL, os quais 129 eram do sexo masculino, idade média de 58,94 anos(17-89 anos). 52 portadores de HAS, 17 diabéticos, 4 obesos, 5 pneumopatas, 19 tabagistas e 4 etilistas graves e menor prevalência em outras comorbidades. Quadro clínico de 42 pacientes com dor abdominal, 51 com abaulamento e esse em região inguinoescrotal em 15. Unilateralidade em 80(54 à direta, 26 à esquerda) e 73 bilaterais, 52 recidivadas, 11 encarceradas(sendo 1 de forma aguda) e 1 estrangulada(sem necrose). Diâmetro médio do anel à direita de 3cm e à esquerda 3,4cm. Conversão em 2 pacientes para via anterior por restrição ventilatória e outra por hérnia estrangulada. Todas as cirurgias à TAPP, com todas as telas de polipropileno, com dimensão média laterolateral x craniocaudal de 11,5x15,2cm à direita e 11,3x15,1cm à esquerda, fixação com grampeamento em 140 casos e com cola em 5, e em 8 não foram fixadas. O fechamento do peritônio por sutura realizado em 93 e por grampo em 60. Nenhum paciente apresentou complicação pós-operatória grave. Ocorreram 3 recidivas, sendo todas reoperadas por videolaparoscopia(2 com sucesso e outra convertida para correção da via anterior). DISCUSSÃO: O estudo identificou a distribuição epidemiológica das hérnias inguinais e a relação dos manejos técnicos à diminuição das complicações pós-operatórias e recidivas, como mostra a literatura. CONCLUSÃO: O acesso videolaparoscópico para correção da hérnia inguinal é seguro e eficaz, sendo excelente escolha para hérnias bilaterais e recidivadas. ABCDExpress 2017;1(2):389Codigo: 59407 Acesso está disponível em www.revistaabcd.com.br e www.sbad2017.com.br Acesso pelo
Introdução: O pseudocisto pancreático pode ocorrer, em geral, por complicações da pancreatite aguda. Geralmente se desenvolve entre quatro a seis semanas após o início da pancreatite e ocorre entre 16 a 50% dos casos de pancreatite aguda e 20-40% na crônica. Em aproximadamente apenas 0,4% dos casos de pancreatite pode ocorrer comunicação com a cavidade pleural, formando uma fístula pancreatopleural, complicação rara e pouco descrita na literatura. O diagnóstico muitas vezes é difícil por conta de sua apresentação clínica atípica. Em relação ao tratamento, não existe um consenso definido. Em geral, pode-se realizar tratamento clínico. Aproximadamente 40% dos casos respondem à terapia clínica. Em casos refratários, ou com rotura de pseudocistos, opta-se pela conduta cirúrgica. Relato do caso: Nesse estudo, será relatado um caso raro de fístula pancreatopleural por um pseudocisto traumático, com tratamento cirúrgico efetivo. Conclusão: O relato em questão ilustra um caso incomum na literatura, com relevância na prática cirúrgica.
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