São apresentados os resultados clínicos de quinhentos pacientes submetidos a colecistectomia laparoscópica (CL), com o emprego da colecistocolangiografia intra-operatória e da ligadura do ducto cístico e da artéria cística utilizando- se fio de náilon em vez de clipes metálicos. A maioria (79,4%) dos pacientes era do sexo feminino. A média de idade foi de 48,2 anos. Colecistite crônica ocorreu em 424 casos, colecistite aguda em 68, câncer da vesícula em quatro, colecistite alitiásica em três e um paciente apresentava pólipo de vesícula biliar. Coledocolitíase foi detectada em vinte (4%) pacientes. O tempo médio de cirurgia foi de 84 minutos. A permanência hospitalar foi de um a dois dias para 93,4% dos pacientes. A mortalidade foi de 0,4%. Conversão se fez necessária em 39 (7,8%) casos, principalmente por coledocolitíase (15 pacientes) e colecistite aguda (14 pacientes). Complicações importantes ocorreram em 12 (2,4%) casos, incluindo uma (0,2%) lesão de colédoco. A co1ecistocolangiografia foi satisfatória em 80,5% e inconclusiva em 19,5% dos pacientes. A co1ecistoco1angiografia é uma excelente opção técnica na CL, principalmente nos pacientes com colecistite crônica. Todavia, nos casos com obstrução flagrante do ducto cístico, ou quando a vesícu1a contém barro biliar, é preferível utilizar a colangiografia transcística. Na CL, a ligadura do ducto e da artéria cística com clipes está associada a maiores riscos de coleperitônio e hemorragia, pela soltura dos clipes, além de originar expressivo custo monetário, quando se leva em consideração o grande número de CL realizadas anualmente. Ao contrário dos clipes, a ligadura do ducto e da artéria cística com fio de náilon apresenta absoluta segurança e significativa economia financeira.
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