Pollinators underpin sustainable livelihoods that link ecosystems, spiritual and cultural values, and customary governance systems with indigenous peoples a and local communities (IPLC) across the world. Biocultural diversity is a shorthand term for this great variety of people-nature interlinkages that have developed over time in specific ecosystems. Biocultural approaches to conservation explicitly build on the conservation practices inherent in sustaining these livelihoods. We used the Conceptual Framework of the Intergovernmental Platform on Biodiversity and Ecosystem Services to analyse the biocultural approaches to pollinator conservation by indigenous peoples and local communities globally. The analysis identified biocultural approaches to pollinators across all six elements of the Conceptual Framework, with conservation-related practices occurring in sixty countries, in all continents except Antarctica. Practices of IPLC that are significant for biocultural approaches to pollinator conservation can be grouped into three categories: the practice of valuing diversity and fostering biocultural diversity; landscape management practices; and diversified farming systems. Particular IPLCs may use some or all of these practices. Policies that recognise customary tenure over traditional lands, strengthen Indigenous and Community Conserved Areas, promote heritage listing and support diversified farming within a food sovereignty approach, are among several identified that strengthen biocultural approaches to pollinator conservation, and thereby deliver mutual benefits for pollinators and people. a Here we follow the global norm of using lower case for "indigenous" while recognising the norm in Australia and New Zealand is to use upper case, following Johnson, J.T. et al. (2007) Creating anti-colonial geographies: Embracing indigenous peoples' knowledges and rights. Geographical Research 45 (2), 117-120.
OS CONHECIMENTOS e o papel de populações tradicionais com relação a seus recursos genéticos são hoje reconhecidos na Convenção da Diversidade Biológica (CDB). O acordo TRIPS e a CDB estão levando o Brasil e muitos outros países signatários a mudarem sua legislação sobre direitos intelectuais e sobre o acesso a recursos genéticos e conhecimentos. Diante disso, colocam-se alternativas que são discutidas neste artigo. Deve-se estender o sistema de direitos de propriedade intelectual às populações tradicionais? Ou melhor, devem-se manter o seu saber no domínio público mas assegurando-lhes participação em eventuais benefícios comerciais derivados de seus conhecimentos? E qual a natureza desse saber local?
THE CONVENTION for Biological Diversity (CDB) has acknowledged the importance of traditional knowledge and stewardship of genetic ressources. The TRIPS agreement and the CBD are leading Brazil and other countries to change their legislation on intellectual rights and on access to genetic ressources and associated knowledge. Should one then extend the intellectual property system to cover local and indigenous knowledge? Or should one rather maintain it in the public domain and assure that local people participate in the possible benefits of commercial products derived from it? And then, what is the nature of local knowledge
Revenge and time : the Tupinamba. At the heart of Tupinamba society, there is revenge, say the authors. Cannibalism is part of a logic of absolute revenge, where anthropophagie consumption is but the association of all to the process of revenge. Revenge can be exerted beyond the historical dispa rition of cannibalism per se, because it is more fundamental than the latter. It is indeed the guarantee of social memory, articulating the dead of the past to the dead of the future through the living. The authors then sketchily compare this society geared onto temporality with the Gê and Tukano (Vaupés) societies, and end up by a reflection on the place of historicity in this society.
O que é o trabalho xamânico na Amazônia de hoje? Como se pode entender, de forma mais geral, o florescimento do xamanismo e a extensão de sua clientela em situações de dominação colonial, desde pelo menos o século XVI? Que hierarquia de poderes e competências xamânicas e que formas específicas correspondem aos diferentes sistemas políticos e aos diversos nexos entre o local e o global? Por dever de ofício, cabe ao xamã o trabalho de tradução. Sugere-se que tradução deva ser entendida aqui em um sentido forte, benjaminiano, de procura de ressonâncias e reverberações entre sistemas e códigos diversos, e de totalização de pontos de vista parciais.
What is the shaman's labor in the Amazon today? More generally, how should one account for the expansion of shamanism and its clientele in colonial situations since the sixteenth century? Which shamanic power hierarchies and competences and which specific forms correspond to different political systems and to each kind of nexus between the local and the global? The shaman is, by his very trade, a translator. It is suggested here that translation should be understood in its strong, Benjaminian sense, as a search for resonances and reverberations between different codes and systems, and as a totalization of partial perspectives
O futuro dos índios no Brasil dependerá de várias opções estratégicas, tanto do Estado brasileiro e da comunidade internacional quanto das diferentes etnias. Trata-se de parceria. As populações indígenas têm direito a seus territórios por motivos históricos, que foram reconhecidos no Brasil ao longo dos séculos. Mas estes direitos não devem ser pensados como um óbice para o resto do Brasil: ao contrário, são um pré-requisito da preservação de uma riqueza ainda inestimada mas crucial, a biodiversidade e os conhecimentos das populações tradicionais sobre as espécies naturais. O que se deve procurar, no interesse de todos, é dar as condições para que esta riqueza não se perca: é por isso irracional querer abrir todas as áreas da Amazônia à exploração indiscriminada. Fazem-se assim convergir os direitos dos índios com os interesses da sociedade brasileira como um todo.
The Indians future in Brazil will depend on several strategic choices as much the Brazilian state and international community as different races. It is a question of partnership. By historical reasons, which were recognized in Brazil during the centuries, the native populations have a right to their territories. But these rights should not be thought as an impediment to the rest of the country. On the contrary, they are a preserving prerequisite of a richness even inestimable, but cruciate, the biodiversity and knowledges of traditional populations about natural kinds. According to everybody's interest what it should look for is to give conditions not to loose this richness. Because of that, it is unreasonable want to open all Amazonia areas to indiscriminate exploration. Thus, it is necessary converge the Indians rights with the brazilian society interests as a whole
H á vários discursos sobre os índios no século XVI: toda uma literatura e uma iconografía de viagens, com desdobramentos morais e filosóficos firma seus cânones ao longo do século; um corpus legiferante e de reflexão teológica e jurídica elabora, passada a era do escambo, uma ordenação das relações coloniais; paralela à conquista territorial, a conquista espiritual, por sua vez, se expressa sobretudo em um novo gênero, inaugurado pelos jesuítas e destinado a obter grande sucesso: as cartas, que se fazem cada vez mais edificantes. Excepcionalmente, temos o relato de um colono, e no finzinho do século, o olhar curioso da Inquisição na Bahia e em Pernambuco.Os índios do Brasil são, no século XVI, os do espaço atribuído a Portugal pelo Papa no Tratado de Tordesilhas, ele próprio incerto em seus limites, algo entre a boca do Tocantins a boca do Parnaíba ao norte até São Vicente ao sul, talvez um pouco além se incluirmos a zona contestada dos Carijós. Os índios do rio Amazonas, na época sobretudo um rio "espanhol" , não contribuem propriamente para a formação da imagem dos índios do Brasil. Essa imagem é, fundamentalmente, a dos grupos de língua Tupi e, ancilarmente, Guarani. Como em contraponto, há a figura do Aimoré, Ouetaca, Tapuia, ou seja aqueles a quem os Tupi acusam de barbárie. Gerbi (1978Gerbi ( (1975:27-28), para Primeiros Olhares(1) Uma excelente análise desses antecedentes e de sua repercussão encontra-se no livro clássico de Sérgio Buarque de Holanda, Visão do Paraíso (1977Paraíso ( (1958).convencer os Reis Católicos da facilidade de se dominarem terras tão prodigiosamente férteis e ricas de ouro e especiarias. natureza como não se sujeita a si mesma a jugo algum: gente montesa, gente " selvagem" (3).Vespucci era o cosmógrafo da segunda expedição, a que Dom Manuel mandou em 1501, e que percorreu a costa durante dez longos meses, do cabo São Roque até São Vicente. Conta que passou 27 dias comendo e dormindo entre os "animais racionais" da Nova Terra, e é ele quem completa o inventário básico do que, daí por diante, se dirá dos índios(4). Vespucci, que fala da sua nudez, não fala mais da sua inocência: ao contrário, é ele quem relata pela primeira vez a antropofagia indígena. O retrato que faz é paradoxal: entre si, tudo têm em comum, mas vivem em guerra cruel contra seus inimigos. As razoes dessa guerra perpétua, diz Vespucci, são misteriosas já que não têm propriedade particular, já que não guerreiam para se assenhorearem de terras ou de vassalos, já que ignoram o que seja a cobiça, o roubo ou a ambição de reinar. Dizem eles apenas que querem vingar a morte de seus pais e antepassados. Fica assim introduzida a idéia de uma guerra desinteressada embora bestial e de uma antropofagia de vingança e não alimentar: distinção importante a que retornaremos mais adiante.A ausência de propriedade e portanto de cobiça e de herança são elementos novos que Vespucci acentua. E Vespucci também quem, pela primeira vez -resquício do mito da fonte da juventude? -fala da (1580): 234). Inversão típica que Rousseau retomar...
scite is a Brooklyn-based startup that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2023 scite Inc. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers