Resumo Objetivo compreender o mundo vivido do pai que possui um filho pré-termo hospitalizado por meio do registro fotográfico. Método estudo qualitativo fundamentado no referencial teórico-metodológico da Fenomenologia Social de Schütz. Participaram deste estudo nove pais que possuíam filhos internados em uma das duas unidades neonatais (UTIN/UCI), com idade gestacional inferior a 37 semanas, cujo nascimento ocorreu no período de novembro de 2018 a abril de 2019. Resultados após a análise e a interpretação dos dados coletados, emergiram duas unidades temáticas: Vivenciando momentos da hospitalização do filho pré-termo “motivos por que”, que resultou na categoria Privilégio em registrar a evolução do filho pré-termo; O que almejar do registro fotográfico frente ao momento de hospitalização do filho pré-termo “motivos para”, que resultou nas categorias Felicidade: uma alegria em cada registro; Lembranças: o recordar em cada registro. Considerações finais o uso do registro fotográfico mostrou ser um método que oportunizou compreender que o pai deseja estar próximo ao filho e vivenciar o momento de hospitalização. Desse modo, é necessário que os profissionais desenvolvam estratégias que possibilitem, ao pai, o exercício da paternidade e promovam o vínculo com o seu filho na unidade neonatal.

Objetivo: Compreender a experiência da mulher que vivenciou um parto normal após uma cesárea. Método: Estudo descritivo com abordagem qualitativa. A coleta de dados ocorreu entre junho e outubro de 2019. Foram entrevistadas doze mulheres que tiveram pelo menos um parto normal após uma cesariana, em maternidades que atendem exclusivamente SUS na 17ª Regional de Saúde do Paraná. Os dados foram analisados por análise temática de conteúdo proposta por Bardin. Resultados: A partir da análise foi possível apreender duas unidades temáticas que permitiram descrever a experiência da mulher com o parto vaginal após uma cesárea. A dor foi relatada como o evento mais marcante para as mulheres ao vivenciar um parto vaginal, porém, é minimizada após o nascimento do bebê gerando satisfação em relação a esse tipo de parto quando comparado com a cesárea. A percepção negativa do parto vaginal esteve relacionada ao tempo de trabalho de parto. Somente duas mulheres revelaram satisfação com a cesariana, e as demais relataram as limitações físicas e de contato com o recém-nascido, ressaltaram a necessidade de ajuda de outras pessoas para realizar os cuidados com o neonato. Considerações finais: As mulheres têm preferência pelo parto vaginal enfatizando a recuperação mais rápida e independência para cuidar do bebê.

Objetivo: Apreender as representações de puérperas frente à experiência do parto e à manutenção do direito ao acompanhante em meio a pandemia Covid-19. Metodologia: Estudo descritivo com abordagem qualitativa fundamentado no referencial da Teoria das Representações Sociais com análise metodológica do Discurso do Sujeito Coletivo. As participantes do estudo foram 69 puérperas, cujos filhos nasceram durante a pandemia Covid-19, maiores de 18 anos, com acesso à internet. Realizou-se a coleta de dados entre os meses de abril a julho de 2020, por meio de um instrumento semiestruturado disponibilizado via Google Forms®. Resultados e Discussão: Sessenta e nove puérperas participaram deste estudo, com idade média de vinte e sete anos. Dos discursos emergiram quatro ideias centrais: 1) Acompanhante como alicerce; 2) Privação do direito ao acompanhante; 3) Pandemia não deve excluir a presença do acompanhante; 4) Desinformação sobre a pandemia. Conclusão: Apreender as representações das puérperas frente à sua experiência no parto durante a pandemia Covid-19 faz-se necessário para refletir sobre a necessidade de garantia dos direitos das mulheres, bem como promover uma assistência de qualidade à sua saúde e de seus filhos.

Objetivo: Compreender a importância da música como uma prática presente no ambiente hospitalar e na assistência de enfermagem Método: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica sobre os efeitos da musicoterapia no ambiente hospitalar. A busca se dará através de dados contidos na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Onde por meio do formulário avançado dessa base, foram utilizados os termos “Musicoterapia”, “cuidados de enfermagem” no campo palavras e “BRASIL” no campo País, ano de publicação de 2008 – 2019. Após uma seleção desses artigos encontrados, foram selecionados os que melhor contribuíram para o objetivo da pesquisa, dentre eles abordando o tema dos efeitos da música na rotina hospitalar e a ligação da música na assistência de enfermagem. Resultados: Com base nos estudos encontrados, podemos perceber que há tempos a música vem sendo utilizada como uma forma terapêutica, não farmacológica, para alívio de certos sintomas físicos e mentais, em pacientes e funcionários dentro de uma unidade de saúde, com isso sensibilizando o cuidado, gerando um trabalho mais humanizado. Portanto, com essa análise, buscamos listar os impactos da música em diferentes setores do cuidado, identificar os efeitos da musicoterapia em pacientes, profissionais de saúde do âmbito hospitalar, e assim ressaltar a importância dessa prática junto a assistência de enfermagem. Considerações finais: Trazendo referencias de centenas de anos mostrando a utilização da música em diversas culturas já como forma terapêutica e de humanização, mostra a importância que se deve dar para pesquisas no gênero, entendendo que o objetivo de práticas humanizadas é encontrar tratamentos eficazes, menos evasivos e não medicamentosos.

RESUMOObjetivo: Avaliar os fatores relacionados à via de parto em mulheres com cesárea anterior. Método: Estudo transversal, quantitativo, parte de uma pesquisa multicêntrica desenvolvida em três Regionais de Saúde do Estado do Paraná, entre junho e dezembro de 2017. Compuseram a amostra 238 puérperas, com pelo menos uma cesárea anterior. A análise de dados foi realizada por meio de registros nos prontuários da puérpera, Carteira de Saúde da Gestante, e entrevistas realizadas durante a internação no alojamento conjunto. Os dados foram processados e analisados no Software Estatístico SPSS 2.0. Resultados: Das 238 mulheres analisadas, apenas 39 (16,3%) tiveram um parto vaginal e 199 (83,7%) tiveram cesárea de repetição. As mulheres que tiveram parto vaginal assim como as que foram submetidas a cesárea (81,2% e 95,3%, respectivamente)realizaram pré-natal e não havia desenvolvido nenhuma doença durante a gestação (56,1%). As mulheres submetidas à cesárea foram internadas fora da fase ativa do trabalho de parto e não foram submetidas à indução de parto. As mulheres que realizaram parto vaginal não tinham indicação para a cesárea, contudo, dentre as que foram submetidas à cesárea, apenas 38,3% tinham indicação para o procedimento (p<0,001).Conclusão:As mulheres que tiveram indicação de cesárea por terem sido submetidas a uma cesárea anterior têm maior probabilidade de não ter uma indicação desse procedimento conforme as recomendações científicas.