ResumoArticulando dança e educação, este artigo fala de possibilidades. Tomando os processos educativo-formativos de educadores como foco mobilizador, apresenta e discute conteúdos fertilizados no contexto de uma pesquisa de doutorado, realizada com diferentes grupos de educadoras e desenvolvida por meio de "encontros para dançar em roda". Na relação constituída entre a experiência com uma específica forma de dança -a dança circular -, e a reflexão sobre a formação de professores, foram identificados alguns nú-cleos temáticos para a análise. Entre eles, destaca-se a necessidade de contemplar, na jornada de formação, a dimensão estética, cultivando o "ser sensível" presente-escondido no adulto-educador. Considera-se, pois, a implicação de propostas que contribuam para a construção de processos educativos mais inteiros, reaproximando razão e emoção, cognição e afeto. No desenvolvimento da referida pesquisa, o estudo sobre a simbologia do círculo revelou-se essencial e, no presente artigo, configura o eixo central da discussão. São propriedades simbólicas do círculo a perfeição e a ausência de distinção ou divisão. Sua imagem evoca equilíbrio, totalidade, integração de diferenças, interdependência. Roda, círculo, mandala: não é uma bela imagem para a prática educativa? O círculo dançante: não seria uma oportunidade para o aprendizado da circularidade na educação? Perpassando tais questões que envolvem a potencialidade do símbolo, propõe-se uma discussão sobre a necessária circularidade dos processos educativos.
RESUMO:A dança é uma forma ancestral de magia, invenção dos deuses que a ensinaram aos homens, diz-nos a mitologia hindu. Envolvido no mistério e movimento da dança, o dançarino pode encantar; porém, antes de tudo é preciso que encante a si mesmo. Não seria este também o caminho do professor? Fazer para si para poder fazer ou propor aos educandos, encantar-se para poder encantar; criar para poder seguir com as crianças a aventura da criação; ousar para poder encorajar? Nesta direção, a pergunta que percorre o presente artigo é assim formulada: como contribuir com o processo de encantamento dos professores, como alimentar a sensibilidade, nos percursos da formação universitária? Buscando respostas no processo de pesquisa, identifica-se na experiência com as danças circulares, tradição de diferentes povos, um profícuo caminho pelo qual aquele espaço de encantamento, de inteireza, de educação estética, igualmente, pode ser provocado.Palavras-chave: Educação estética. Danças circulares. Dança na educação. Danças tradicionais. Formação de professores. TO ENCHANT OTHERS, ENCHANT YOURSELF FIRST: CIRCLE DANCING AND TEACHER TRAININGABSTRACT: According to Hindu mythology, dancing is an ancestral form of magic, an invention gods taught to mankind. Wrapped in the mystery and movement of dancing, dancers can enchant others, but they have to enchant themselves first. Should dancing teachers also follow this path? Doing things for themselves to be able to do or propose things to their pupils? Enchanting themselves to
RESUMO: Resultado de pesquisa com narrativas de professores da Educação Infantil, o artigo apresenta questões sobre práticas leitoras com crianças na creche. Ao privilegiar as narrativas docentes, entre memórias e histórias de práticas, o caminho metodológico tomou por referência elementos das entrevistas de tipo narrativa e coletiva. Desta maneira, os dados foram produzidos por meio de encontros organizados em forma de rodas de conversa. Ao todo foram realizados três encontros, com vinte e quatro professoras que atuavam com grupos de crianças entre 0 e 3 anos de idade. As narrativas docentes revelam a creche como um local privilegiado de circulação de materiais impressos, que há vários modos de ler e que as professoras de bebês vêm buscando ressignificar suas práticas, demonstrando preocupações inclusive com a qualidade editorial do material destinado a esse específico público. Discutir a leitura literária na creche ajuda-nos a projetar práticas leitoras de qualidade para todas as crianças. PALAVRAS-CHAVES: Bebês. Educação infantil. Leitura. Literatura. INTRODUÇÃOUm marco para um atendimento de qualidade voltado às crianças de 0 a 5 anos de idade, sem dúvida, foi a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1996, definindo a Educação Infantil como primeira etapa da Educação Básica. Reafirmando os preceitos legais, em 1999 são aprovadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI), sendo revistas em 2009, representando a tentativa de definição de orientações gerais, para todo o território nacional.O conceito de criança proposto pelas DCNEI apresenta uma criança potente que, por meio das interações brincadeiras e experiências cotidianas, vai ampliando conhecimentos e sentidos sobre o meio em que está inserida, produzindo cultura. Para acolher meninos e Mestrado em Educação pela Universidade Federal Fluminense; professora da Rede Municipal de Educação de Niterói/RJ. Membro do grupo de pesquisa FIAR -Círculo de estudos e pesquisa formação de professores, infância e arte (PPGEdu/FEUFF).
Com o objetivo de compreender como a Lei 10.639/03 — alterada pela Lei 11.645/08 — que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, está sendo trabalhada em uma escola pública, ouvimos crianças concluintes do ensino fundamental anos iniciais no ano de 2018. Para tanto foram realizadas entrevistas semiestruturadas com seis alunos, negros e não negros, de uma escola estadual do extremo sul catarinense com o propósito de dialogar com as crianças e analisar seus conhecimentos desenvolvidos durante os primeiros anos do ensino fundamental tendo como ponto de análise a Lei 10.639/03, transformada em 11.645/08. Para isso, dialogamos com Lima (2010), Wieviorka (1946), Bolsanello (1996), Brasil (1890), Guimarães (1999), Waiselfisz (2014), Bento (2002), Santos (2005), Trevisan (2013), Sales (2015), Trapp (2011), Brasil (1996), Brasil (2001), Brasil (2003), Santos (2001), Brasil (2013), Cavalleiro (2001). Assim, foram abordadas questões relacionadas ao racismo, período da escravidão e pós-escravidão, motivo da vinda dos africanos para o Brasil, como se estruturou a sociedade no Brasil e qual a importância das populações negras na formação da sociedade brasileira. Os alunos entrevistados demonstraram através das suas falas a não aplicação da Lei 10.639/03 dentro desta instituição de ensino, revelando uma desinformação sobre temas básicos como escravidão, tinham incertezas sobre quais as contribuições dos negros para a sociedade e o que é racismo, confundindo-o com bullying.PALAVRAS-CHAVE: Educação. Lei 10.639/03. Escola. Reflexões de alunos. Racismo.
O artigo apresenta e analisa o trabalho biográfico desenvolvido com um grupo de jovens que começava sua jornada no curso de Mestrado em Pedagogia do Teatro da Universidade de Rostock (norte da Alemanha). Inspirado na proposta de “ateliê biográfico de projeto”, o trabalho procurou amplificar possibilidades nos modos de falar de si, utilizando-se de diferentes linguagens e materialidades expressivas. Pressupondo a dimensão estética, poética, dos processos de produção de narrativas autobiográficas, o convite à imaginação criadora mobilizou, no campo da sensibilidade, a compreensão e a escrita de si.
Resumo A pesquisa que dá base ao presente artigo objetivou perscrutar sentidos e discutir contribuições da formação continuada para a prática pedagógica da educação infantil. Sustentada pelos aportes teórico-metodológicos das abordagens (auto)biográficas, privilegiou narrativas docentes, abrindo espaços para a memória, tecendo histórias de formação, de saberes e práticas, no encontro com professores e professoras que atuam na rede municipal de educação de Itaboraí - RJ. O material biográfico, configurando dados principais da pesquisa, foi gerado por meio de entrevistas narrativas que contemplaram aspectos relacionados à ação docente: fundamentos da educação infantil, conteúdos, objetivos, conhecimentos necessários à ação docente, fatores relacionados à sua aprendizagem e das crianças, papel do professor. Tomando como eixo de análise a relação entre teoria e prática presente nos percursos formativos docentes, os resultados apontam questões conceituais e formais, relacionadas a propostas de formação continuada: a formação continuada é percebida como lugar de pensar e refletir, de compartilhar saberes e experiências; não pode ser apenas repasse de metodologias, mas espaço-tempo de estudo; teoria e prática são articuladas quando são colocados em diálogo o cotidiano e as referências bibliográficas. Dentre os conteúdos elencados, chamam a atenção aqueles relacionados ao planejamento e à organização da rotina na educação infantil, os quais deveriam fazer parte dos estudos, continuamente, segundo as narrativas tecidas. As referidas indicações são potentes recomendações para se pensar e fundamentar a formulação de políticas públicas para a qualificação profissional docente.
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