A nodulose por metotrexato (MTX) é um dos efeitos colaterais pouco conhecidos do uso desse medicamento em doses baixas. Embora classicamente descrita em casos de artrite reumatóide, tem aparecido, também, em outras doenças reumáticas. Descreve-se aqui um caso de nodulose por MTX em uma paciente com artrite reumatóide soropositiva, que utilizava esse medicamento há um ano, com bom controle do processo articular. Segue-se uma breve revisão sobre o assunto. INTRODUÇÃONos últimos anos, o metotrexato (MTX) em doses baixas tem sido utilizado amplamente no tratamento de várias enfermidades não oncológicas, tais como artrite reumatóide do adulto, artrite idiopática juvenil, polimiosite, dermatomiosite, artrite psoriática e psoríase cutânea, pelas suas propriedades imunomoduladoras e poupadoras de corticóide (1) . Entretanto, vários efeitos colaterais são possíveis com o seu uso, requerendo atenção especial do médico que o prescreve. Hepatoxicidade, disfunção de medula óssea e pneumonite estão entre os mais conhecidos (2) . Embora menos valorizadas, as alterações mucocutâneas fazem parte desse elenco, já tendo sido descritas: acne, alopecia, eritema multiforme, estomatite, úlceras da boca, erupções bolhosas, urticária, paniculite e nodulose, entre outras (3,4) . A nodulose é um dos efeitos secundários ao uso do MTX menos conhecido e que cursa com a formação de pequenos nódulos nos dedos, cotovelos, pés e orelhas (2) , podendo atingir vísceras como coração (5) , laringe (6) , pleura e pulmões (7,8) . No presente artigo é relatado o caso de uma paciente com artrite reumatóide que desenvolveu nodulose pelo uso de MTX, acompanhado de uma pequena revisão sobre o assunto. ABSTRACT RELATO DE CASOEAM, sexo feminino, 47 anos de idade, tem artrite reumatóide soropositiva há sete anos, estando em uso de difosfato de cloroquina, prednisona (entre 5-10mg/d) e tendo feito uso de diversos antiinflamatórios não hormonais desde a época do diagnóstico. Tentativa de tratamento com leflunomide, feita há dois anos, durante oito meses, foi considerada ineficaz, tendo sido interrompida.Comparece à consulta, encaminhada pelo Serviço de Ortopedia, após ter sido submetida à cirurgia reparadora de tendões extensores do 2 o e 3 o dígitos e sinovectomia de 2 a e 3 a metacarpofalangianas da mão direita. Exame físico e provas de atividade inflamatória demonstravam uma alta atividade de doença. Associou-se, então, sulfassalazina e
Introdução: as manifestações articulares do lúpus eritematoso sistêmico (LES) são extremamente variadas, embora esta variabilidade nem sempre seja devidamente apreciada pelo reumatologista. Objetivo: este estudo tem por objetivo estudar a freqüência de aparecimento das diferentes formas de comprometimento articular no LES. Objetivou-se, também, procurar associações entre os diferentes padrões articulares com fator reumatóide (FR) e presença de hiperelasticidade. Material e Métodos: foram estudados 147 pacientes com LES para padrão de envolvimento articular, presença de FR e grau de hiperelasticidade calculado pelo índice de Beighton. Resultados: na população estudada, 53,1% dos pacientes tinham queixas articulares na apresentação da doença. No decorrer da mesma, esta foi encontrada em 80,3%. Artralgia isolada estava presente em 31,3%, artrite aditiva em 36,1% e artrite migratória em 12,9%. Em 4,8% dos casos, existia artrite deformante sendo rhupus em 2,1 % e artropatia de Jaccoud em 2,7%. Encontrou-se associação positiva entre presença de FR e artrite aditiva (p<0,001). Não se conseguiu demonstrar associação entre o aparecimento de hiperelasticidade e artropatia de Jaccoud. Conclusão: as queixas articulares são extremamente comuns no LES, sendo mais freqüente a presença de artrite (aditiva e migratória). Existe maior positividade do FR em pacientes com artrite aditiva.
Resumo: FUNDAMENTOS -A esclerose sistêmica é colagenose pouco comum e muito rica em manifestações cutâneas. OBJETIVO -Estudar a prevalência das manifestações cutâneas na esclerose sistêmica em geral e nos seus diferentes subtipos (formas limitada, generalizada e mista). MÉTODOS -Analisaram-se 32 pacientes de esclerose sistêmica (20 com forma limitada, oito com generalizada e quatro com forma mista) quanto à esclerose de pele, fenômeno de Raynaud, cicatrizes estelares, telangiectasias, leucomelanodermia, microstomia, calcinose e prurido. RESULTADOS -Encontraram-se esclerose de pele e fenômeno de Raynaud em 100% dos pacientes; cicatrizes estelares em 65,6%; telangiectasias em 43,7%; leucomelanodermia em 43,7%; microstomia em 31,25%; prurido em 28,1% e calcinose em 12,5%. Não se observaram diferenças entre as formas localizada e difusa da doença, sendo p=1 para cicatrizes estelares; p=0,69 para telangiectasias; p= 0,22 para microstomia, p=1 para calcinose e prurido. A forma mista de doença não diferiu das formas isoladas (limitada e difusa) quanto aos mesmos achados. CONCLUSÕES -As manifestações mais comuns na esclerose sistêmica são a esclerose de pele e o fenôme-no de Raynaud, e a mais rara é a calcinose. As três formas apresentam freqüências semelhantes de Raynaud, cicatrizes estelares, microstomia, telangiectasia, calcinose e prurido. Palavras-chave: Doença mista do tecido conjuntivo; Esclerodermia difusa; Esclerodermia limitada; Escleroderma sistêmico
O objetivo deste trabalho foi analisar o efeito do bloqueio transdiafragmático na vigência de peritonite aguda infecciosa induzida por inoculação de suspensão bacteriana qualitativa e quantitativa predeterminada. Foram analisados 41 ratos, adultos, machos, da raça Wistar, com peso variando de 118 a 399 g. Os animais foram alocados em dois grupos: grupo A ou controle (n=19), e grupo B ou experimental (n=22). Os animais do grupo B, após indução anestésica inalatória, foram submetidos a laparotomia e bloqueio da superfície peritoneal diafragmática com membrana celulósica e mantidos sob condições ad libitum por 15 dias.. Após esse período, em ambos os grupos inoculou-se, por via percutânea na cavidade abdominal, suspensão bacteriana constituída de Pseudomonas aeruginosa 2,7 x 10(9) UFC/ml (American Type Culture Collection - ATCC 25853), na proporção de 1 ml de suspensão para cada 100 g de peso. Sempre que se detectou o óbito, o animal foi submetido a necropsia para avaliação macroscópica da cavidade peritoneal e pleural, bem como coleta de conteúdo pleural e punção intracardíaca para cultura. Os animais sobreviventes foram sacrificados após 48 horas e, também, submetidos a necropsia e coleta de material para avaliação bacteriológica. Verificaram-se em todos os animais sinais clínicos característicos do estado séptico evolutivo. A incidência de derrame pleural observada no grupo controle em relação ao grupo experimental foi, respectivamente, 18 (94,7%) e oito (36,4%), (p=0,0001). Na análise bacteriológica do derrame pleural e na hemocultura de ambos os grupos, isolou-se como agente único Pseudomonas aeruginosa em, respectivamente, 88,46% e 60,97%. Para a análise da curva de sobrevivência utilizou-se o método não-paramétrico de Kaplan-Meier, demonstrando maior sobrevida no grupo B (p=0,024; p=0,0211). Demonstrou-se, no presente estudo, que os animais submetidos a bloqueio transdiafragmático prévio com membrana celulósica apresentaram maior sobrevida e menor freqüência de derrame pleural, estatisticamente significante, quando comparados aos animais não submetidos ao bloqueio.
Resumo: FUNDAMENTOS -A capilaroscopia periungueal tem sido largamente utilizada para diagnóstico de esclerodermia sistêmica. Mais recentemente descobriu-se que também pode predizer o envolvimento de órgãos internos. OBJETIVO -Verificar se a capilaroscopia periungueal mostra correlação com a gravidade da esclerodermia sistêmica. MÉTODOS -Foram estudados a capilaroscopia periungueal de 14 pacientes com esclerodermia sistêmi-ca quanto ao número médio de capilares dilatados e às áreas de desvascularização; a medida do envolvimento cutâneo pelo índice de Rodnan modificado; e o grau de gravidade da doença segundo escala proposta por Medsger e cols. RESULTADOS -Os resultados mostraram boa correlação do índice de desvascularização com o grau de gravidade da doença (p = 0.04). Não se encontrou correlação entre o aparecimento de dilatação capilar e o grau de gravidade da doença (p = 0.572). O grau de espessamento cutâneo não mostrou correspondência com o grau de dilatação capilar (p = 0.76), embora mostrasse tendência de associação com desvascularização (p = 0.07). CONCLUSÃO -Os autores concluem que a presença de desvascularização à capilaroscopia periungueal pode ser usada como elemento indicador de maior gravidade da esclerodermia sistêmica.
RESUMOOs autores descrevem o caso de uma paciente com esclerose sistêmica (ES) -forma limitada -com comprometimento pulmonar tipo fibrose intersticial. Após sete anos sem acompanhamento, foram identificados gânglios mediastinais e esplenomegalia. A biópsia de linfonodos mostrou granuloma não caseoso sugestivo de sarcoidose. Estamos mostrando, neste caso, a associação de ES e sarcoidose, para chamar a atenção para esse fato e enfatizar que a sarcoidose deve ser lembrada no diagnóstico diferencial das complicações pulmonares da esclerodermia.Palavras-chave: esclerose sistêmica, esclerose sistêmica limitada, fibrose intersticial pulmonar, sarcoidose. INTRODUÇÃOA esclerodermia (ES) é caracterizada clinicamente por fenômeno de Raynaud (vasoespasmo reativo diante de estresse, principalmente frio) e espessamento de pele, podendo acometer órgãos internos tais como esôfago e pulmão. O envolvimento pulmonar é uma das formas comuns de lesão visceral, só sendo superada, em freqüência, pelas lesões esofágicas (1) . O envolvimento pulmonar da ES é bastante diversificado, podendo aparecer como infiltrados intersticiais, hipertensão pulmonar, micronódulos, fibroses pleurais e pneumonias aspirativas (1,2) .A fibrose intersticial é a forma mais comum de envolvimento pulmonar e sua prevalência varia entre 25% e 90% -variabilidade esta que está na dependência do perfil étnico ABSTRACTThe authors describe the case of a patient with limited scleroderma and interstitial lung disease. Follow-up was lost for seven years, when patient returned presenting nodular mediastinal enlargement and splenomegaly. Lymph node biopsy showed granulomatous lesions without caseum suggestive of sarcoidosis. This case is being presented to remind the association of scleroderma and sarcoidosis as a possible differential diagnosis of scleroderma pulmonary complications.
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