Na perspectiva de contribuir com discussões no campo da formação humana e das possibilidades de construção da qualidade social dos processos educacionais, este estudo estrutura-se nos moldes de um ensaio teórico que tem como pressuposto basilar práticas interculturais que buscam a equidade a partir de reflexões acerca das relações étnico-raciais na Educação Básica e no Ensino Superior. O objetivo deste ensaio é compartilhar ações de ensino, pesquisa e extensão no âmbito do município de Naviraí, interior do Estado de Mato Grosso do Sul (MS), com base em práticas de projetos desenvolvidos tanto pela Gerência Municipal de Educação e Cultura (GEMED) quanto na Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul -(UFMS). Para este fim, tomamos como ponto de partida, a título de contextualização e ilustração, a descrição das potencialidades de duas propostas de estudos por nós realizadas anteriormente, as quais visaram promover ambientes formativos e fomentar discussões teórico-metodológicas acerca das relações étnico-raciais, a saber: 1) o projeto de ensino "Ciclo de cinema: dimensões da luta pela igualdade racial"; e 2) a atividade curricular de extensão universitária "Infância, Interculturalidade e Etnomatemática na Educação Infantil: o atendimento à criança indígena". No escopo das atividades mencionadas, o eixo catalisador que as fundamentaram, em termos de encaminhamentos, revelam caminhos promissores que acreditamos, na condição de professores-pesquisadores, somar esforços para consolidação de argumentos que fincam estacas do campo pessoal e profissional dos envolvidos diretamente aos processos de ensino e elementos reflexivos da pesquisa e extensão universitária propiciadas ao público-alvo e seus respectivos implementadores. Face a conclusão, defendemos que atividades como as aqui relatadas identificam problemas ainda abertos no cenário histórico-social-político vivenciados pela população brasileira frente às "duras lutas" para garantia do direito e acesso à educação, como Direito Humano, historicamente negado aos grupos étnicos-raciais considerados a minoria.
Historicamente a Educação Infantil surge enquanto política compensatória à classe operária a partir da inserção da mulher no mercado de trabalho, o que justifica, em tese, uma das “histórias” que revela seu caráter médico-higienista no final do século XIX e início do século XX. Contudo, pouco observa-se a preocupação com os povos indígenas e os modos de viver a infância desta parcela significativa que “sobrevive” no Brasil. Apresenta-se neste paper uma discussão teórica de uma proposta interventiva, de cunho extensionista, cujo objeto e objetivo residem na implementação e instrumentalização de práticas pedagógicas de atendimento à criança indígena, em uma abordagem Etnomatemática, nos espaços das instituições de Educação Infantil do município de Naviraí, interior do Estado de Mato Grosso do Sul – MS. Para sua efetivação, serão suscitadas reflexões, planejamento e ações no ambiente da creche e da pré-escola, durante o ano de 2018, na perspectiva da Interculturalidade como pressuposto básico para respeito às diferenças e à garantia dos Direitos Humanos e sociais da cultura indígena no meio urbano. Temos aqui a promissora possibilidade de atender uma demanda social emergente local, como também de tentar garantir, minimamente, que estas crianças se incluam e interajam nas práticas culturais decorrentes das experiências escolares.
This paper focus basically on a qualitative study of descriptive-analytical nature that was based on the investigation of how much the internship contributes for the initial training and professional identity of Pedagogy students at the Federal University of Mato Grosso do Sul/UFMS/Campus de Naviraí. Thus, through the analysis of interviews with three future female teachers means we sought to understand the process of building their identities in relation to being a teacher in Child Education (day-care center). Two semi-structured interview scripts were utilized: one before starting the internship activities and the other upon completion of discipline. The data analysis showed us that the Pedagogy students had positive expectancies in regard to the experience with babies; however, the fear of the experience is quite remarkable when they think about the pedagogical practice that they will perform as real teachers. Finally, it was evident that the Pedagogy students empathize with child education and its practice, being able to build their own professional identity around it.
Na busca por uma aproximação entre Educação Estatística e Educação Infantil, objetivamos: 1) identificar artigos publicados em edições de eventos científicos da área da Educação Matemática para caracterizar práticas a serem desenvolvidas (2013-2017); e 2) estabelecer pontos de articulação da temática investigada a partir a percepção da professora Celi Espasandin Lopes, referência no Brasil quando o assunto é Estocástica na infância. A metodologia se enquadra nos estudos qualitativos em que se utilizou questionário com perguntas abertas à pesquisadora. Ao concluir, identificamos: a) poucos referenciais teórico-metodológicos para orientar o professor sobre noções de Estatística e Probabilidade com a criança; e b) necessidade de estudos/pesquisas, em experiências interventivas, para auxiliar professores e futuros professores para o trabalho com estes conceitos.
Analisamos o processo de aprender a ensinar nos primeiros anos da docência, nas dimensões de conhecimento do conteúdo e do conhecimento didático de cinco professoras em início de carreira integrantes de um grupo colaborativo. A metodologia inscreve-se no campo dos estudos qualitativos de cariz colaborativo. Tomamos por base dois episódios de vídeos de aulas de Matemática envolvendo a classificação de formas geométricas na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Analisamos as interações ocorridas no grupo e descrevemos como a reflexão sobre a prática docente e o compartilhamento de experiências contribuem para desenvolvimento do conhecimento das professoras. Os resultados mostram que a vivência colaborativa oportunizou a identificação de lacunas conceituais decorrentes da formação inicial das professoras e desencadeou questões no âmbito da colaboração que levaram o grupo a formular princípios pertinentes para a abordagem deste tema em suas próximas aulas.
O artigo aborda questões sobre os desafios presentes no trabalho pedagógico de professores iniciantes que atuam em diferentes níveis de ensino e tem como objetivo geral apresentar dados de uma pesquisa qualitativa em que se buscou investigar como são os primeiros anos da carreira. Para tal, a coleta de dados ocorreu a partir de informações de narrativas escritas e orais de quatro professores, sendo eles da Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Superior atuantes no município de Naviraí/MS em que procuramos identificar algumas dificuldades presentes na iniciação à docência. Os dados apontam que as primeiras vivências no espaço de atuação pedagógica são marcadas por aprendizagens intensas e conflitos pessoais, como também que o apoio institucional se apresenta como fundamental para o desenvolvimento profissional do professor novato.
scite is a Brooklyn-based startup that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.