Investigamos facetas do engajamento cognitivo, emocional e comportamental de um grupo de alunos de Ensino Médio, particularmente hábeis e empolgados durante a realização de uma atividade de investigação escolar. Coletamos os dados em uma sequência de quatro aulas de Física, gravadas em vídeo e áudio. Identificamos os períodos de maior atividade em torno dos desafios colocados pelo professor e as discussões que interferiam na condução da investigação. Analisamos interações entre os alunos com base nos conceitos psicanalíticos de "grupo de trabalho" e "suposições básicas". Aspectos da configuração do grupo e a qualidade das interações trouxeram implicações para seu desenvolvimento em diferentes dimensões. Verificamos que a situação de aprendizagem mobilizou múltiplos aspectos do engajamento dos alunos no nível da atividade e no nível da tarefa de aprendizagem. Concluímos que, sem o auxílio do professor, mesmo alunos hábeis e engajados ficam sujeitos a fugas inconscientes de tarefas de aprendizagem que exigem engajamento cognitivo.
O estudo caracteriza aspectos latentes de masculinidades que trazem implicações para a aprendizagem individual e coletiva em uma turma de ensino médio. Aulas de física de uma turma de primeira série do ensino médio foram acompanhadas ao longo de um ano. A microanálise de uma sequência de seis aulas - gravadas em áudio e em vídeo - envolvendo uma atividade que simula o trabalho de uma comunidade científica caracteriza as interações predominantes entre os rapazes. As masculinidades destacadas mobilizamse em torno do estímulo diante de situações desafiadoras e de competição,da curiosidade pelo fenômeno investigado, do desafio às regras estabelecidas na condução da atividade. Entre as implicações do estudo, destaca-se a necessidade de levar em consideração manifestações de masculinidades que possam comprometer o desenvolvimento das atividades em sala de aula e o funcionamento dos grupos de aprendizagem
No contexto da chamada crise na educação masculina, procura-se caracterizar aspectos latentes de masculinidades que trazem implicações para a aprendizagem individual e coletiva no ensino secundário. A metodologia teve inspiração etnográfica: aulas de Física de uma turma de primeira série foram acompanhadas ao longo de um ano. Foi realizada microanálise de uma unidade temática, com foco nas interações predominantes entre rapazes. Apresentam-se três aulas em detalhe – gravadas em áudio e em vídeo. Algumas manifestações de masculinidade predominaram entre rapazes em situações desafiadoras, de competição, e outras, em que regras devem ser observadas. Os resultados indicam em quecircunstâncias há possibilidade dessas manifestações das masculinidades comprometerem o desenvolvimento das atividades em sala de aula e o funcionamento de grupos de aprendizagem.Palavras-chaveRepresentações de masculinidade; Ensino de Física; Atividade investigativa
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