O presente artigo tem por objetivo analisar a associação entre a prática do aleitamento materno exclusivo (AME) e características maternas (idade, escolaridade, paridade e trabalho), peso ao nascer e alimentação no primeiro dia após alta da maternidade, em crianças menores de quatro meses de idade. Para tal, foram utilizados dados de dois inquéritos realizados no município do Rio de Janeiro, em 1998 e 2000. Nesses inquéritos foram realizadas entrevistas com acompanhantes de menores de um ano de idade, selecionados por meio de amostragem probabilística da população de menores de um ano vacinada nos Dias Nacionais de Vacinação (que possuem cobertura universal para esta faixa etária neste município) (n=2.459). A prática do AME foi descrita segundo cada uma das variáveis de exposição e, em seguida, procedeu-se a análise multivariada por regressão logística. A prevalência de AME foi de 22,7% entre os menores de quatro meses, variando de 39,6% no primeiro dia a 12,4% aos 120 dias de vida. Apresentaram maiores prevalências de AME os filhos de mulheres de maior escolaridade, filhos de mulheres que não trabalhavam fora e crianças que estavam em AME no primeiro dia em casa depois da alta da maternidade. Os resultados da análise multivariada indicam associação positiva de AME com escolaridade materna (OR: 1,93 para 3º grau completo) e negativa com trabalho materno (OR: 0,59). A escolaridade e trabalho maternos e alimentação da criança no primeiro dia em casa após alta da maternidade tiveram associação com o AME entre menores de quatro meses de idade.
OBJETIVO: Analisar a composição nutricional dos alimentos ultraprocessados consumidos por crianças usuárias de unidades básicas de saúde. MÉTODOS: Trata-se de estudo seccional com amostra probabilística representativa de 536 crianças de 6 a 59 meses de idade atendidas em uma unidade de saúde no município do Rio de Janeiro. Informações nutricionais foram extraídas dos rótulos dos alimentos ultraprocessados referidos em recordatório de 24 horas. Os 351 alimentos citados foram divididos em 22 grupos e 38 subgrupos de acordo com o tipo de produto e caracterizados segundo as médias dos valores encontrados para energia, gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans e sódio em 100 gramas do produto, além de presença, número e tipo de “outros edulcorantes”. Para examinar a ocorrência de excesso de nutrientes críticos, o Modelo de Perfil Nutricional da Organização Pan-Americana da Saúde foi aplicado para cada alimento e para a média dos teores de nutrientes obtida para cada grupo. RESULTADOS: Os alimentos ultraprocessados consumidos continham alto valor energético e elevados teores de gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans e sódio. Do total de alimentos ultraprocessados, 66% apresentaram excesso de pelo menos um nutriente crítico, com destaque para requeijões e queijos ultraprocessados, macarrões instantâneos e carnes industrializadas e embutidos, que apresentaram 100% dos alimentos com excesso de gorduras totais, de gorduras saturadas e de sódio. Dos 21 grupos, extrapolaram o limite estabelecido pela Organização Pan-Americana da Saúde: para gorduras totais, 10 grupos; para gorduras saturadas, 11; para gorduras trans, 3; e para sódio, 13. Requeijões e queijos ultraprocessados; carnes industrializadas e embutidos; e biscoitos superaram esse limite em todos os parâmetros. Do conjunto de alimentos ultraprocessados analisados, 13,4% continham “outros edulcorantes” (oito diferentes tipos). CONCLUSÕES: Os AUP analisados apresentaram perfil nutricional desequilibrado e dois terços apresentaram excesso de pelo menos um nutriente crítico. Fazem-se necessárias ações educativas e medidas regulatórias para melhor informar a população e desencorajar o seu consumo. DESCRITORES: Criança. Consumo de Alimentos. Alimentos Industrializados. Rotulagem de Alimentos. Valor Nutritivo.
Considering the positive effects of social support on IA, public policies should be encouraged to assure food and nutritional security and social assistance for care for people with DF. Also, social support groups for people with DF should be strengthened.
OBJECTIVE:To analyze time trend in breast-feeding (BF) and exclusive breast-feeding (EBF). METHODS:Data from a monitoring system, based on surveys conducted during the National Immunization Campaign in the city of Rio de Janeiro, Southeastern Brazil, in 1996, 2000, 2003and 2006 Study population was comprised of 19,044 children younger than one year of age, who were present in vaccination stations. A probability cluster sample (vaccination stations), self-weighted and representative of the population of children younger than 12 months of age (<12), was studied for each year. A structured questionnaire with closed questions about the child's diet at the moment of the study and maternal sociodemographic characteristics was applied. The BF and EBF indicators proposed by the World Health Organization were adopted. RESULTS: BF<12 increased from 61.3% to 73.4% between 1996 and 2006. Similar trend was observed in all age groups analyzed. EBF in children <4 and <6 months of age (EBF<6) increased from 18.8% to 42.4% and from 13.8% to 33.3%, respectively. Improvements in BF>6 and EBF<6 were found in all categories of all maternal sociodemographic variables. For EBF<6, the disadvantage observed in women with a lower level of education in 1996 and in women who worked in 1998 was not completely overcome by 2006.CONCLUSIONS: BF and EBF increased in the period studied, independently from child age group and maternal sociodemographic characteristics. The differences found among women in distinct sociodemographic situations were not completely overcome.DESCRIpTORS: Breast Feeding, Epidemiology. Infant Nutrition.
OBJECTIVE:To analyze time trend in breast-feeding (BF) and exclusive breast-feeding (EBF). METHODS:Data from a monitoring system, based on surveys conducted during the National Immunization Campaign in the city of Rio de Janeiro, Southeastern Brazil, in 1996, 2000, 2003and 2006 analyzed. Study population was comprised of 19,044 children younger than one year of age, who were present in vaccination stations. A probability cluster sample (vaccination stations), self-weighted and representative of the population of children younger than 12 months of age (<12), was studied for each year. A structured questionnaire with closed questions about the child's diet at the moment of the study and maternal sociodemographic characteristics was applied. The BF and EBF indicators proposed by the World Health Organization were adopted. RESULTS:BF<12 increased from 61.3% to 73.4% between 1996 and 2006. Similar trend was observed in all age groups analyzed. EBF in children <4 and <6 months of age (EBF<6) increased from 18.8% to 42.4% and from 13.8% to 33.3%, respectively. Improvements in BF>6 and EBF<6 were found in all categories of all maternal sociodemographic variables. For EBF<6, the disadvantage observed in women with a lower level of education in 1996 and in women who worked in 1998 was not completely overcome by 2006.CONCLUSIONS: BF and EBF increased in the period studied, independently from child age group and maternal sociodemographic characteristics. The differences found among women in distinct sociodemographic situations were not completely overcome.
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