A terapêutica farmacológica atual é uma prática relativamente recente. Até o século XIX a maioria dos medicamentos eram remédios naturais de estrutura química e natureza desconhecidas. No início do século XX foram introduzidos na terapêutica os primeiros barbitúricos, os derivados arsenicais e a insulina, porém somente nos anos 40 houve a introdução maciça de novos fármacos que abririam possibilidades de cura até então inalcançáveis, sobretudo no campo das enfermidades infecciosas. Nos anos 30 surgiram as sulfamida, a fenitoína e a peditina. Nos anos 40 são descobertos a penicilina, a estreptomicina, a clortetraciclina e o clorafenicol. Nos anos 50 surgiram entre outros a isotiazida e a procainamida. Na atualidade, as especialidades farmacêuticas ocupam a maior parte das vendas no comércio farmacêutico, embora há 40 anos não representassem nem 25% das vendas neste setor. Os determinantes de consumo se alteraram enormemente após a Segunda Guerra Mundial gerando o fenômeno da "explosão farmacológica".Os efeitos benéficos potenciais dos fármacos foram percebidos após a introdução dos primeiros antibióticos. Naquela época porém, já se conhecia a possibilidade dos medicamentos produzirem reações adversas; por exemplo: já haviam sido descritos casos de anemia aplástica e de agranulocitose atribuídos a medicamentos. Entretanto, foi nos anos 30 após uma epidemia que produziu mais de 100 mortes devido ao uso de dietilenoglicol como excipiente de um xarope, nos Estados Unidos, que o problema das reações adversas passou a ter repercussões sanitárias, a ponto de produzir modificações na legislação farmacêutica norte-americana.Em 1961 a tragédia da talidomida, que originou o nascimento de aproximadamente 4000 crianças com focomelia em todo o mundo, foi um verdadeiro ponto de partida; a percepção do dano causado por este medicamento e o forte impacto do episódio sobre a opinião pública constituíram o mais firme impulso para o de-
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