No abstract

No abstract

No abstract

Harvested populations of the sea urchin (Paracentrotus lividus) from the northwestern (Carreço) and southwestern (Aljezur) coasts of Portugal were surveyed to describe the species reproductive cycle and assess possible relationships with geographical location and seawater temperature. Individuals were sampled monthly to analyze gonad histology, mean gonadal index (GI), and gonadosomatic index (GSI) during 2 consecutive years (November 2010–November 2012). Both populations presented an annual reproductive cycle, with synchronous gonad maturation and gamete release between sexes. Gonad maturation occurred throughout autumn–winter, followed by a single but prolonged spawning season during spring–summer. The duration of the spawning season displayed a latitudinal gradient likely related to the north–south increasing trend in seawater temperature, with the northwestern population (Carreço) exhibiting a shorter spawning period compared to the southwestern population (Aljezur). The timing and duration of the spawning season was compared with several populations throughout the distributional range of P. lividus in the Atlantic Ocean and Mediterranean Sea. In the population from Carreço, the size at first sexual maturity (test diameter = 35.9 mm) was considerably smaller than the minimum conservation reference size (MCRS) of 50 mm test diameter legally established for P. lividus. This study confirms that sustainable exploitation depends on harvesters’ awareness of and compliance with the MCRS and provides useful information for the eventual establishment of a closed season in the harvesting of P. lividus.

No abstract

A Carapa guianensis, conhecida popularmente como andiroba, pertence à família das plantas Meliaceae. O óleo extraído da semente da andiroba é espesso, de cor amarelo-escura, e é utilizado como matéria-prima para iluminação de lamparinas e na indústria de cosméticos para fabricação de loções, xampus, cremes e sabonetes. Além disso, a andiroba também possui atributos terapêuticos e farmacológicos, com propriedades genotóxicas, anti-helmínticas, cicatrizantes, tripanocidas, leishmanicidas, repelentes, larvicidas, antialérgicas, anti-inflamatórias, acaricidas, antimaláricas, antioxidantes e antitumorais. O presente trabalho revisou as propriedades médicas, terapêuticas e farmacológicas de Carapa guianensis. Quanto à atividade genotóxica, não foi encontrada toxicidade ao DNA dos animais testados. Os compostos responsáveis pela atividade curativa no óleo de semente foram tanininos, saponinas e alcalóides. Não foram encontrados compostos responsáveis pela atividade tripanocida. Os compostos responsáveis pela atividade leishmanicida foram ácidos graxos e compostos fenólicos. Não foram encontrados compostos responsáveis pela atividade repelente e larvicida. Tetranortriterpenóides foram considerados responsáveis pela atividade anti-alérgica e anti-inflamatória. Não foram encontrados compostos responsáveis pela atividade acaricida. 6α- acetoxiquedunina foi o composto responsável pela atividade antimalárica. Na atividade antioxidante e antitumoral do óleo de semente não foram encontrados compostos envolvidos.

V. surinamensis (Rol.) (Myristicaceae) é uma árvore com forma piramidal, com 25 a 35m de altura, que possui tronco cilíndrico, folhas simples e pequenas flores amarelas. É nativa das florestas alagádicas da região amazônica. O óleo extraído das sementes é rico em trimististina e pode ser usado na fabricação de velas, sabonetes, cosméticos e perfumes. Além do uso em cosméticos e perfumaria, a planta também possui propriedades terapêuticas e farmacológicas. Entre as propriedades farmacológicas estão as atividades antimicrobiana, larvicida, antitumoral, antinociceptiva e anti-inflamatória, antioxidante, leishmanicida, antimalárica, cercaricida, tripanocida, gastroprotetora e antiulcerogênica. Os metabólitos encontrados, relacionados às atividades mencionadas, foram compostos fenólicos, compostos lignanos e neolignanos e α e β-pineno no extrato hidrofílico, e sementes de ucuúba para atividade antimicrobiana. Nas folhas de V. surinamensis foram encontradas lignina grandsina para atividade larvicida. Para atividade antitumoral foi encontrada a lignana tetraidrofurnica grandisina em folhas de V. surinamensis. O composto grandsina foi relacionado à propriedade antinociceptiva e anti-inflamatória. Já os compostos α tocoferol e β caroteno isolados do extrato metanólico dos rizomas foram relacionados à atividade antioxidante. Compostos como neolignanos, surinamensina, virolina, mistura de hidrocarbonetos em cadeia, glicéridos, ésteres, esteróides e arilpropanóides encontrados no extrato hexânico demonstraram atividade antileishmanicida. O sesquiterpeno nerolidol isolado do óleo essencial de V. surinamensis estava diretamente relacionado à propriedade antimalárica. Os compostos neolignanas virolina sirinamensina isolados das folhas de V. surinamensis estavam relacionados à atividade cercaricida. Para a atividade tripanocida, os compostos veraguensina e grandisina lignanas também isolados das folhas da planta demonstraram tal atividade. Compostos como flavonóides e epicatequina isolados do extrato etanólico de V. surinamensis demonstraram atividade gastroprotetora. Já a epicatequina proveniente da resina de V. surinamensis apontou atividade antiulcerogênica. O presente trabalho revisou as propriedades médicas, terapêuticas e farmacológicas de Virola surinamensis.

Cyperus articulatus L., pertencente à família Cyperaceae, é uma espécie vegetal que tem, em suas extremidades, flores, quase insignificantes. Os talos da espécie produzem tubérculos que, quando cortados, exalam um cheiro fresco, amadeirado e picante; são tradicionalmente usados em banhos e na manufatura de colônias artesanais na região norte do Brasil. Além do uso em cosméticos e perfumaria, a planta também possui propriedades medicinais e farmacológicas. Entre as propriedades farmacológicas estão os efeitos antimalárico, sedativo, hepatoprotetor, contraceptivo, no sistema nervoso central (SNC), insecticida, antimicrobiano, anticancerígeno, antioxidante, anticonvulsante, antioncocercose. Os metabólitos encontrados relacionados às atividades mencionadas foram ciperotundona, alfa-ciperona, mustacona para atividade antimalárica no extrato de clorofórmio dos rizomas da priprioca. Na decocção dos rizomas de C. articulatus foram encontrados flavonóides, saponinas, açúcares, triterpenos e poliuronídeos para propriedades sedativas. Não foram encontrados na literatura metabólitos envolvidos na função hepatoprotetora, no efeito contraceptivo e no efeito do sistema nervoso central. Os metabólitos aromáticos de mono- e sesquiterpenos foram relacionados a propriedades inseticidas no extrato metanólico de rizoma. Nos extratos etanólicos e clorofórmicos dos rizomas, os metabólitos α e β-pineno estavam relacionados à atividade antimicrobiana. Os compostos sesquiterpenos e monoterpenos encontrados no óleo essencial de C. articulatus foram relacionados às propriedades anticâncer. Os compostos fenólicos do óleo essencial de C. articulatus foram relacionados às propriedades antioxidantes. Os compostos alcalóides achados no extrato do rizoma de C. articulatus apresentaram atividade anticonvulsivante. Os metabólitos mustakona e o ácido linoléico encontrados no extrato de rizomas de C. articulatus estavam diretamente relacionados às propriedades antioncocercais. O presente trabalho revisou as propriedades médicas, terapêuticas e farmacológicas de Cyperus articulatus.