Este texto busca compreender, a partir das narrativas dos licenciandos em física de uma universidade federal do Estado do Rio de Janeiro, quais os sentidos que estes atribuem às suas experiências com as disciplinas pedagógicas cursadas no processo de formação inicial. As narrativas das histórias de vida e formação dos licenciandos foram construídas via a realização de entrevistas narrativas, organizadas e textualizadas enquanto Mônadas, que, na perspectiva de Walter Benjamin, constituem pequenas historietas emblemáticas de sentido sobre a centralidade das disciplinas pedagógicas no processo de formação. As lentes utilizadas para a leitura das Mônadas, e os sentidos que produzem sobre a dimensão pedagógica da formação inicial, perpassam contribuições de Walter Benjamin com os conceitos de experiência e narrativa, a discussão sobre as aprendizagens implícitas, proposta por Philip Jackson, entre outros. Os desdobramentos e cruzamentos entre as lentes e as leituras das Mônadas sinalizam, a partir do olhar dos licenciandos, um processo de formação de professores de física que, via as disciplinas pedagógicas, conecta a docência em física a discussões e questões da área de humanas, uma vez que esse processo demanda interações intra e intersubjetivas afastando a prática docente do olhar pautado no senso comum.
Este texto dedica-se à tessitura de um diálogo entre o potencial investigativo e formador das narrativas no âmbito da Pesquisa Narrativa (Auto)Biográfica, e o que Silva, no prefácio da quinquagésima primeira edição do livro A Importância do ato de ler de autoria de Paulo Freire, vai chamar de uma epistemologia da leitura. Para compor a tessitura dialogal entre os escritos de Paulo Freire e Pesquisa Narrativa (Auto)Biográfica recorremos à proposição freiriana de leitura de mundo e leitura da palavra e as contribuições da Pesquisa Narrativa (Auto)Biográfica que busca atribuir valor de conhecimento à subjetividade, compreendendo a partir das narrativas das histórias de vida e formação dos sujeitos as referências ao mesmo tempo singulares e sociais que compõem seus processos de formação. Compomos o texto em três partes que acompanhadas da introdução e considerações finais apresentam a ideia de leitura em Paulo Freire, a Pesquisa Narrativa (Auto)Biográfica como perspectiva de produção de pesquisas em educação e formação de professores, e a escrita dos memorias de formação como um dos possíveis, dentre outros, modos de conexão entre a leitura de mundo, da palavra e de si nos processos de formação. A construção desse diálogo é enriquecedora para a Pesquisa Narrativa (Auto)Biográfica e amplia as ressonâncias entre a obra de Paulo Freire e seu caráter plural, não dicotômico, entre vida e obra, entre texto e contexto.
Este trabalho propõe a partir do diálogo entre a obra sociológica e educacional de Florestan Fernandes, e aspectos da realidade educacional brasileira, em especial os ataques à universidade brasileira na atualidade, a construção de uma leitura de resistência aos descaminhos propostos para o ensino superior no Brasil. Como primeiro momento apresento uma síntese do cenário educacional brasileiro, enfatizando os silenciamentos impostos ao campo educacional e sequencio com a justificativa para a escolha do intelectual, sociólogo e professor Florestan Fernandes. No bojo da ampla contribuição de Florestan destaco o livro “Universidade brasileira: reforma ou revolução?”, os escritos acerca do padrão de escola superior brasileiro, como leituras propícias à compreensão e à construção de resistências aos retrocessos educacionais que estamos experienciando.
Este texto busca compreender, a partir das narrativas dos licenciandos em física de uma universidade federal do Estado do Rio de Janeiro, quais os sentidos que estes atribuem às suas experiências com as disciplinas pedagógicas cursadas no processo de formação inicial. As narrativas das histórias de vida e formação dos licenciandos foram construídas via a realização de entrevistas narrativas, organizadas e textualizadas enquanto Mônadas, que, na perspectiva de Walter Benjamin, constituem pequenas historietas emblemáticas de sentido sobre a centralidade das disciplinas pedagógicas no processo de formação. As lentes utilizadas para a leitura das Mônadas, e os sentidos que produzem sobre a dimensão pedagógica da formação inicial, perpassam contribuições de Walter Benjamin com os conceitos de experiência e narrativa, a discussão sobre as aprendizagens implícitas, proposta por Philip Jackson, entre outros. Os desdobramentos e cruzamentos entre as lentes e as leituras das Mônadas sinalizam, a partir do olhar dos licenciandos, um processo de formação de professores de física que, via as disciplinas pedagógicas, conecta a docência em física a discussões e questões da área de humanas, uma vez que esse processo demanda interações intra e intersubjetivas afastando a prática docente do olhar pautado no senso comum. Palavras-chave: Formação de professores de Física. Disciplinas pedagógicas. Narrativa.
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