RESUMO: Este estudo aborda a questão do acesso e da permanência de estudantes pertencentes a grupos sub-representados no ensino superior. Seu propósito é compreender aspectos que contribuem para a permanência e o progresso acadêmico de estudantes beneficiados por ações afirmativas de cursos das ciências exatas. Utilizando-se de uma abordagem qualitativa, os dados foram produzidos a partir de entrevistas semiestruturadas com estudantes de cursos superiores de exatas de duas universidades federais brasileiras, ingressantes por meio de ações afirmativas. Para a organização e análise dos dados, utilizaram-se ferramentas da análise de conteúdo, tendo como perspectiva teórica o inquérito crítico. A análise respaldou-se em um amplo referencial e forneceu indícios para compreender aspectos significativos da trajetória dos estudantes, os quais podem ser resumidos em cinco temas: preparação acadêmica inicial; integração social; integração acadêmica; o papel do corpo docente e elementos que transcendem o espaço pedagógico.
As microexclusões ocorrem através de práticas sutis e, muitas vezes, encobertas, que podem ser devastadoras para as vítimas. Microexclusões tendem a isolar um indivíduo em um determinado ambiente, também em casos em que este ambiente é considerado inclusivo. Este artigo tem como objetivo elaborar o conceito de microexclusão, macroexclusão, microinclusão e macroinclusão, apresentando exemplos de como tais práticas podem manifestar-se em diversos ambientes, assim como, no ambiente escolar. Em especial almeja-se discutir um importante fenômeno: macroinclusões podem levar a microexclusões. Essas noções serão relacionadas à educação inclusiva e, mais especificamente, à educação matemática, observando-se possíveis tipos de microexclusões. Consideramos que com este conhecimento, é possível indentificar processos de microexclusão que se relacionem com práticas na sala de aula, assim como possibilita uma análise das tensões que podem ocorrer em tal ambiente.
Resumo A temática deste artigo está relacionada ao desenvolvimento de ações educativas com pessoas idosas, mais especificamente referentes à Educação Matemática, promovidas a partir da extensão universitária. Considera-se que a frequência deste público em ambientes educativos pode contribuir com a manutenção e com o desenvolvimento de aspectos cognitivos fundamentais para a autonomia dos mesmos. Além disso, a participação nesses espaços pode favorecer transformações nos aspectos físico, social e psicológico, potencializando a autoestima. Discutimos resultados de uma pesquisa cujo objetivo foi compreender possíveis formas de promover tais ações e oferecer subsídios para uma reflexão a respeito de suas contribuições para o público na terceira idade. A produção de dados ocorreu no âmbito de uma ação extensionista intitulada Conversas sobre Matemática com pessoas idosas. As informações foram registradas em entrevistas, fotografias e diário de campo. A análise indicou uma participação ativa das senhoras e senhores que se revelou da seguinte forma: a) interesse em comentar o assunto trabalhado; b) persistência para realizar as tarefas por conta própria; c) argumentação das ideias apresentadas; d) compartilhamentos com pessoas de fora do grupo. Tal participação trouxera contribuições que se manifestaram como: a) melhoria dos aspectos cognitivos; b) oportunidade de interação social; c) possibilidade de se conhecer novos assuntos relacionados à Matemática.
Resumo: Este artigo é baseado em resultados de uma pesquisa cujo objetivo foi analisar como futuros professores de matemática, vinculados a um grupo de estudos, se apropriaram de um software de geometria dinâmica, de forma a inseri-lo em atividades de ensino. O grupo se reuniu para ler e discutir artigos científicos, explorar um software e elaborar uma oficina para alunos do Ensino Médio. Aqui são discutidas reflexões do grupo sobre os imprevistos que podem ocorrer quando o professor atua num ambiente de aprendizagem baseado em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). São apresentados episódios que ilustram como uma zona de risco pode se constituir numa zona de possibilidades para aprendizagem da docência. O grupo fornece estímulo e condições para se refletir e enfrentar os imprevistos decorrentes de um ambiente computacional, o que impulsiona o movimento para o desenvolvimento profissional.Palavras-chave: Ensino Médio. Ensino de matemática. Geometria dinâmica. Tecnologia da informação e comunicação. TIC.Abstract: This paper presents the result of a research aiming to analyze how a study group, of prospective mathematics teachers, used dynamic geometry software in planning activities for a teaching practice. Before practicing with students, the group read and discussed papers from journals, explored Geogebra, dynamic geometry software, and planned a workshop to be held with students at high school level. A special highlight is given to the unpredictability which occurs in a ICT-based environment, and how this establishes a risk zone. Thus there are both technical and mathematical content related risks. The results show that a collective theoretical study was essential for the prospective teachers not to be paralyzed when facing unpredictability. Episodes are discussed illustrating how a risk zone can turn into a fruitful learning environment. The group provides conditions for reflecting and facing the unpredictability of a computer-based environment, stimulating professional development.
In this article, the authors interpret affirmative actions with reference to structural violence, which is accompanied by legitimizing discourses that tend to make discrimination appear natural and unquestionable. They illustrate the extension of structural violence in Brazilian society with particular reference to access to higher education. It has been common to talk about some groups of students as having special needs. However, the authors see groups of students suffering structural violence as being groups with special rights, and explore affirmative actions through the notion of special rights. The authors find that special-rights terminology establishes the discussion of affirmative actions in higher education in a broader and, at the same time, more profound conceptual framework related to interpretations of social justice. Simultaneously, special-rights terminology brings an educational specificity to the discussion of affirmative actions. Thus, the authors see affirmative actions as being both a general sociopolitical and specific educational challenge.
Resumo Este artigo tem como tema a formação matemática de futuros pedagogos. Seu objetivo é analisar narrativas escritas e orais produzidas por estudantes do curso de Pedagogia de uma Universidade Federal localizada no sul de Minas Gerais. Consideramos que a formação matemática se inicia antes do ingresso na universidade e, nesse sentido, é importante conhecê-la para contribuir no processo de formação destes estudantes. No decorrer da análise destas narrativas, foram construídas as seguintes categorias: visão geral da relação com a Matemática, postura dos professores, uso da Matemática na vida, modo de lidar com os conteúdos, conteúdo matemático mais citado e ênfase na alfabetização. Adicionado a isso, discutimos a participação dos conteúdos específicos, como é o caso da Matemática, nos cursos de Pedagogia. As discussões levantadas neste trabalho convergem para o papel do formador de pedagogos quando este se depara com pouco tempo para abordar conteúdos e metodologias da área de Educação Matemática e com as dificuldades trazidas por estudantes de Pedagogia desde a Educação Básica. Como perspectiva de formação, destacamos o cuidado com as microagressões relacionadas ao conteúdo matemático e a produção de significados no ensino e aprendizagem da Matemática.
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