Resumo No ano de 2021 comemora-se o aniversário de 25 anos da fotoetnografia. Para celebrarmos um quarto de século da emergência desse campo no âmbito da antropologia visual, realizamos uma entrevista com Luiz Eduardo Robinson Achutti. A entrevista está estruturada em torno de três tópicos. O primeiro dialoga sobre a trajetória profissional e acadêmica do entrevistado; o segundo aborda aspectos teóricos e metodológicos da fotoetnografia e o terceiro apresenta um balanço dos desafios e perspectivas desse conceito para os próximos 25 anos.
Este artigo apresenta alguns resultados de uma pesquisa realizada no Programa de Pós–Graduação em Educação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE cujo escopo foi o de analisar as relações entre a escola, o Conselho Tutelar e o Poder Judiciário nos casos de judicialização de violência escolar. Os dados foram coletados em 10 escolas da rede pública municipal de ensino de Cascavel e 10 escolas estaduais, sendo que metade das escolas foram indicadas pelo Conselho Tutelar da Região Leste e a outra metade pelo da Região Oeste cujo critério de inclusão foram as escolas com maior incidência de violências registradas em cada um destes órgãos. Entrevistou-se diretores e coordenadores pedagógicos de cada uma destas 20 escolas com vistas a identificar os casos de violência e os critérios adotados para os encaminhamentos ao Conselho Tutelar, bem como a qualidade da interação entre estas instituições e quais os efeitos dos casos encaminhados ao Poder Judiciário, quando do retorno desses alunos à escola. Foram, também, entrevistados os Conselheiros responsáveis de cada região do município de Cascavel, objetivando apreender suas percepções a respeito das atuações das escolas nos episódios de violência, quais as providências por eles tomadas ao receberem esses casos e quais os efeitos dessas providências em relação à resolução do problema.
Michel Maffesoli, nascido em 14 de novembro de 1944 em Graissessac, França, é um sociólogo apaixonado pelo Brasil e vem com frequência para debates em torno de questões que envolvem o atual e o cotidiano em um tempo que ele compreende como pós-moderno. Aluno de Gilbert Durand, assumiu a cadeira de Émile Durkheim na Sorbonne (Université de Paris-Descartes) em 1981, onde permaneceu até setembro de 2014. Atualmente é professor emérito e membro honorário do Instituto Universitário da França ad vitam. Se considera um pensador da pós-modernidade ou da contemporaneidade que procura evidenciar as mutações de fundo (a raiz da vida em conjunto), pois para ele a crise atual não é apenas econômica, mas societal. Nesta entrevista, o diálogo com Maffesoli se deu a partir de quatro eixos: 1) formação acadêmica; 2) compreensão do fenômeno educacional na contemporaneidade; 3) pesquisas realizadas; e 4) reflexões em torno de aspectos políticos na contemporaneidade. A entrevista procurou apresentar como o pensador francês compreende as mudanças que a internet trouxe para o campo da educação e, em especial, para a relação professor-aluno. No diálogo evidenciou-se também os autores que mais contribuíram com sua formação, a relação que Maffesoli estabeleceu com o pensamento de Karl Marx, Max Weber, entre outros e a compreensão sobre o ambiente universitário.
O presente ensaio de Antropologia Visual tem o objetivo de narrar, imageticamente, por meio de uma fotoetnografia, o cotidiano citadino de trabalhadores, em suas múltiplas experiências que, em função das condições sociais ou da profissão que exercem, não têm condições de cumprir as recomendações do distanciamento social, durante a pandemia da COVID-19, na cidade de Cascavel-PR. O artigo encontra-se estruturado em duas partes. Na primeira, formada por um texto escrito, recorremos ao conceito de apartheid, como perspectiva de análise para mostrar seus efeitos no cotidiano de trabalhadores; assim, apresentamos, brevemente, o campo de Antropologia Visual e da fotoetnografia. Por fim, discorremos sobre nosso campo de pesquisa, marcado por profundas evidências de vulnerabilidade e injustiça social. Na segunda parte, formada, essencialmente, por uma linguagem imagética, apresentamos o cotidiano dos nativos. Com essa organização, ao recorrermos às linguagens textual e imagética, oferecemos ao leitor duas possibilidades de entrada para percorrer os múltiplos corredores de interpretações, sendo possível escolher entre iniciar a leitura pelas imagens ou pela escrita textual.
No presente texto, fundamentado em referenciais teórico-sociológicas, articulamos as noções de projeto e campo de possibilidades com a de reflexividade corporal, para analisar especificamente os usos sociais que as garotas de programa fazem do próprio corpo quando é necessário distinguir o corpo que faz sexo, do corpo que faz programa. Interessa-nos, nesse contexto, entender as lógicas simbólicas próprias que justificam as razões pelas quais as garotas de programa estabelecem fronteiras simbólicas corporais entre fazer sexo e fazer programas.
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