Analisar o perfil de morbidade e o padrão de acesso a serviços de saúde de 132 mulheres e 33 homens, com idade média de 69,1 ± 6,0 anos, praticantes de atividade física. Aplicou-se um questionário referente ao perfil sociodemográfico, atividade física praticada, morbidade autorreferida e acesso aos serviços de saúde. Na análise de dados, utilizou-se estatística descritiva e inferencial com nível de significância de 5%. A maioria dos idosos tem de 60 a 69 anos (55,7%), hipertensão arterial (48,4%) e pratica hidroginástica (52,7%). As mulheres de 60 a 69 anos (p<0,05) e 70 a 79 anos (p<0,05) apresentaram pelo menos uma doença crônica. Os indicadores de acesso aos serviços de saúde foram semelhantes entre os sexos (p>0,05). Os idosos mais jovens foram mais vezes ao médico durante o ano que as idosas mais jovens (p<0,05). Nos demais estratos etários, a hegemonia feminina se manteve, com diferença significativa apenas entre 70 e 79 anos (p<0,05). A maioria dos idosos procurou o médico particular (33,3%) e o centro de saúde (27,8%). Os principais problemas na utilização dos serviços de saúde foram os medicamentos (64,8%) e a demora na marcação de consultas (48,4%). Observa-se que os idosos estão preocupados com a prevenção da saúde, que pode estar relacionado com os benefícios da prática de atividade física.
Objective: To identify the presence of urinary incontinence and compare perineal muscle function among physically active and sedentary older women. Methods: The sample consisted of 39 elderly women, 28 of whom got regular physical activity (AG) and 11 did not (SG). We collected data on risk factors for pelvic floor weakness and the presence of urinary incontinence (UI). The evaluation of perineal function was performed using PERFECT and perineometry. The data were processed with descriptive (simple frequencies, percentages, measures of position and dispersion) and inferential statistics (Chi-square or Fisher Exact Test, when necessary, and Mann-Whitney) with a significance level of 5%. Results: There was a higher mean age (p=0.04) in AG. The occurrence of UI in the sample was 56.4%. Urge UI was associated with SG (p=0.022). All PERFECT variables were higher in AG than SG, with significant differences for the variables "repetitions" (p=0.008) and "fast" (p=0.022). Perineometry revealed that fast twitch fibers (p=0.008) and slow twitch fibers (p=0.05) were higher in the AG. Conclusion: AG had better pelvic floor muscle function. However, the prevalence of UI was higher in this group, which suggested the influence of age on the urinary continence mechanism.Keywords: pelvic floor; perineum; muscle strength; urinary incontinence; physical activity; elderly. ResumoObjetivo: Identificar a presença de incontinência urinária (IU) e comparar a função muscular perineal entre idosas praticantes e não-praticantes de atividade física regular. Métodos: Participaram deste estudo 39 idosas, sendo 28 praticantes (GP) e 11 não-praticantes de atividade física regular (GNP). Foram coletados dados referentes aos fatores de risco para enfraquecimento do assoalho pélvico e presença de IU. A avaliação da função perineal foi feita por meio do esquema PERFECT e da perineometria. Utilizou-se estatística descritiva (frequência simples, porcentagem, medidas de posição e dispersão) e inferencial (teste do qui-quadrado ou Exato de Fisher, quando necessário, e teste de Mann-Whitney). O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: A variável idade (p=0,04) apresentou média superior no GP. A ocorrência de IU na amostra foi de 56,4%. A IU de urgência associou-se com o GNP (p=0,022).Todas as variáveis do esquema PERFECT foram superiores entre as idosas do GP em relação ao GNP, com diferença significativa para a variável repetições (p=0,008) e rapidez (p=0,022). Na perineometria, as funções das fibras de contração rápida (p=0,008) e das fibras de contração lenta (p=0,05) foram superiores no GP. Conclusão: As idosas do GP apresentam melhor função muscular do assoalho pélvico. Entretanto, a prevalência de IU
Fatores de risco para incontinência urinária em mulheres idosas praticantes de exercícios físicos Risk factors for urinary incontinence in elderly women practicing physical exercises Abstract PURPOSE: To analyze the risk factors for urinary incontinence (UI) in older women practicing physical exercises (PE).METHODS: A total of 152 older women with a mean age of 68.6±5.8 years who regularly practiced PE participated in the study. The presence of UI and gynecological, obstetric, clinical, behavioral, hereditary and anthropometric risk factors was determined identified. It was also applied the Domain 4 of the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) to determine the level of physical activity and body mass index and waist circumference were measured. Data were analyzed using descriptive and inferential statistics, with the level of significance set at 5%. RESULTS: The prevalence of UI in the sample was 32.2%. Among the factors evaluated, only the use of diuretics (OR=2.7; 95%CI 1.0-7.0) and a positive family history of urinary incontinence (OR=2.3; 95%CI 1.1-4.8) were associated with UI symptoms. CONCLUSION: The use of diuretics is considered to be a modifiable risk factor for UI, whereas a family history is not considered to be a modifiable risk factor. Palavras-chave Incontinência urináriaFatores de risco Exercício Idoso Envelhecimento Keywords Urinary incontinenceRisk factors Exercise Aged Aging
INTRODUÇÃO: A prática de atividade física (AF) é importante para a população idosa, graças aos beneficios biopsicossociais. A incontinência urinária (IU) também vem sendo analisada, pois o avanço da idade é um fator de risco importante na sua ocorrência. OBJETIVO: Verificar a prevalência, a tipologia e os sintomas de gravidade da IU entre mulheres idosas segundo a prática de AF regular. MATERIAIS E MÉTODOS: Participaram deste estudo 209 idosas, divididas em três grupos, segundo o nível de AF. Foram coletados dados referentes à presença, tipologia, duração e gravidade dos sintomas da IU. Utilizou-se estatística descritiva e inferencial, por meio dos testes Qui-Quadrado, Mann-Whitney e Análise de Variância, conforme os grupos de variáveis. Adotou-se nível de significância de 5%. RESULTADOS: A presença de IU na amostra total foi de 33,3%, sendo a menor prevalência entre as idosas mais ativas (28,9%). Quanto à tipologia, 28,7% apresentaram IU de esforço (IUE), 14,8% IU de urgência (IUU) e 10,5% IU mista (IUM). A presença de IUU (p = 0,05) e IUM (p = 0,04) associou-se com o grupo de mulheres sedentárias. A prática de ginástica associou-se com a ausência de IU (p = 0,003). Em 43,5% da amostra, o início dos sintomas de gravidade deu-se após a menopausa. A retenção de urina sem dificuldade associou-se com a prática de AF (p = 0,029). CONCLUSÃO: A menor incidência de IU entre as idosas muito ativas pode ser atribuída aos benefícios da AF moderada ao mecanismo de continência. Além disso, a prática de exercícios físicos também parece minimizar os sintomas de urgência miccional.
A inatividade física, considerada um problema de saúde pública mundial, tem sido um comportamento típico na adolescência. Esta revisão sistemática objetivou examinar os estudos que analisaram o deslocamento para a escola em adolescentes e sua associação com fatores sociodemográficos, composição coporal, atividade física e aptidão cardiorrespiratória. A busca foi realizada nas bases de dados eletrônicas Medline, Cinahl e Web of Sceince. Foram incluídos vinte e três estudos observacionais com amostras de adolescentes (10-19 anos), todos publicados em inglês, de 2003 a 2014. A maioria das investigações teve como foco principal o deslocamento ativo, sendo que as maiores prevalências foram observadas entre os rapazes, os adolescentes mais jovens, de famílias de baixa renda e cujas mães tinham menor nível educacional. Os adolescentes com composição corporal mais saudável e com maiores níveis de atividade física e aptidão cardiorrespiratória foram os mais ativos no deslocamento de casa até escola. Apesar do deslocamento ativo para a escola estar associado com melhores condições de saúde, é necessário encorajá-lo nos adolescentes de famílias com melhores condições econômicas, moças, e entre os mais velhos. Palavras-chave: Adolescente. Composição corporal. Atividade motora. Aptidão física.
Objective: To analyze the scientific evidence on the association of physical activity with urinary incontinence in older women. Design: Searches were performed in MEDLINE, PubMed, CINAHL, Web of Science, SCOPUS, and ScienceDirect. Observational studies were included. The following search terms were used: urinary incontinence, older adult, and physical activity. Methodological quality was assessed using the checklist proposed by Downs and Black. Results: Ten articles were included. Sedentary lifestyle and <150 min/week of physical activity are at risk of developing urinary incontinence. Walking (at least 30 min) and physical activities (600–1,500 and 600 METs/min per week) prevent urinary incontinence. Seven of the 10 studies indicated a good level of methodological quality. Conclusions: Sedentary lifestyle is at risk of urinary incontinence, and walking, moderate and vigorous physical activities are associated with prevention of urinary incontinence.
Muscle endurance (ME) is considered to be an important indicator of health-related fitness in childhood and adolescence. The present study aimed to identify and summarize the evidence on the prevalence of adequate ME in Brazilian children and adolescents (6 to 18 years old). A systematic search of studies published from 2009 to 2019 was performed in six databases (LILACS; SciELO; SportDiscus; Medline/PubMed; Web of Science; Scopus). We found 16,168 articles, 20 of which met the eligibility criteria and were included in this review for data extraction and assessment of their risk of bias. Among the 23,805 children and adolescents participating in the studies, 43.5% of the total (43.7% of boys and 41.0% of girls) had adequate abdominal ME. Different test batteries were reported, the main ones being PROESP/BR®, FITNESSGRAM®, and AAHPERD®. Most studies were carried out in the South (50.0%) and Southeast (20.0%) regions of Brazil. Regarding the distribution of studies by geographic region and human development index (HDI), there were no disparities in ME between studies conducted in regions with a lower HDI (43.1% for the Northeast and 32.2% for the North) and those with a higher HDI (46.8% for the South and 33.1% for the Southeast). We conclude that less than half of Brazilian children and adolescents of both genders have an abdominal ME adequate for health, with slightly lower values among females.
scite is a Brooklyn-based startup that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2023 scite Inc. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers