A pesquisa, realizada com idosos institucionalizados, objetivou analisar possíveis relações entre depressão, declínio cognitivo e consumo de medicamentos. Para medida das variáveis foram utilizados os seguintes instrumentos: Escala de Depressão Geriátrica (GDS 30) e Mini-Exame do Estado Mental (MEEM). Dados referentes à medicação foram analisados a partir de critérios do Anatomical Therapeutic Chemical Code (ATC). Em função da polimedicação, os sujeitos se enquadram nos fatores de risco para ‘problemas relacionados ao uso de medicamentos’ (PRM’s). Foram observadas correlações entre os indicativos de depressão e declínio cognitivo. Não foram observadas correlações entre as demais variáveis analisadas.
ResumoO aumento da população idosa é um fenô-meno mundial e traz consequências diversas, não só em termos de saúde, mas também em termos econômicos. Uma dessas consequências é a institucionalização. O projeto, em execução em duas instituições residenciais de longa permanência para idosos (IRLPi) localizadas na cidade de Marília -SP, tem como objetivos: a) capacitar equipe multidisciplinar para atuar em IRLPi's; b) elaborar e promover atividades que melhorem a qualidade de vida, com enfoque especial na preservação da saúde mental; c) estudar as condições de saúde geral e mental dos idosos institucionalizados. O projeto foi implantado em três fases: 1 -coleta de dados e elaboração de plano de atividades; 2 -aplicação de atividades; 3 -avaliação/análise de resultados. Em relação à fase 1, os dados foram colhidos por meio de três formulários, mediante os quais se verificaram dados institucionais, dados sociais e saúde geral. Os dados referentes à saúde foram colhidos a partir da medicação de uso contínuo. Todos os dados foram lançados em banco de dados (Access) e submetidos à análise estatística descritiva. Dados referentes à saúde mental foram confirmados pela aplicação de testes clínicos da escala geriátrica de depressão e do Mini-Exame do Estado Mental (GDE e MMSE-T nas siglas em inglês).
Palavras-chave:Envelhecimento. Institucionalização. Cognição. Cuidadores.
O crescimento da população idosa nos países desenvolvidos vem sendo estudado há vários anos. Porém, no Brasil tal preocupação ainda é recente, especialmente no tocante aos idosos institucionalizados. Este estudo teve por objetivo estudar o perfil epidemiológico dos idosos internos em instituições residenciais de longa permanência para idosos (IRLPi’s). A pesquisa, vinculada ao Grupo de Neurociência Cognitiva e Envelhecimento Humano e ao Projeto de Extensão Memória e Envelhecimento, se deu em duas IRLPi’s, localizadas na cidade de Marília SP. Foram sujeitos da pesquisa 116 idosos. Os dados foram colhidos, a partir de entrevistas com cuidadores e das fichas individuais dos idosos. Para a coleta de dados foram elaborados formulários específicos. Dados referentes à saúde foram colhidos a partir da medicação de uso contínuo administrada aos internos. Todos os dados foram lançados em banco de dados (Access) e submetidos à análise estatística descritiva.
Este estudo objetivou identificar a qualidade de vida (QV) e o desempenho em tarefas que requerem habilidades psicomotoras, além de verificar possíveis associações entre as diversas dimensões da QV e a psicomotricidade. A amostra foi constituída por 30 idosos institucionalizados, dos quais 15 brasileiros e 15 portugueses; de ambos os sexos; com idade de 65 e mais anos. Para avaliação da QV, foi aplicado o Whoqol-bref. A avaliação das funções psicomotoras foi por meio do Questionário Tarefas Psicomotoras em Idosos. Os resultados relativos à avaliação da QV e das funções psicomotoras mostram que não foram observadas diferenças significativas entre as ILPI’s. Após avaliação do Whoqol-Bref, de forma geral, a QV é interpretada pelos idosos como boa, com uma maior pontuação no domínio ‘Relações Sociais’, que inclui o ‘suporte/apoio social’, refletindo o bom atendimento nas ILPI’s avaliadas. Todavia, a pior pontuação foi para o domínio ‘Psicológico’, que aborda questões relativas à imagem corporal, sentimentos positivos e negativos, e pode estar associada com a prática restrita de atividades físicas e cognitivas nas instituições, justificando-se também pelos resultados da avaliação das funções psicomotoras com as menores pontuações nos aspectos ‘memória’ e 'equilíbrio’.
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