Entre 2002 e 2008 houve a revisão do Plano Diretor de Fortaleza. Sob a gestão Juraci Magalhães, produziu-se um Plano que não chegou a ser votado, contestado por agentes que criticaram a ausência de democratização e de participação popular. A gestão Luizianne Lins reiniciou a revisão, gerando um Plano aprovado consensualmente. Este artigo analisa o desenho institucional, a formação das decisões e o potencial caráter democrático dessas experiências. A metodologia envolveu análise de documentos e de vídeos, observação direta e realização de entrevistas semi-estruturadas. Avaliou-se que houve inovações democráticas importantes, porém restritas. Incapazes de impactar estruturas institucionais e econômicas importantes, insuficientes para alterar duradouramente os equilíbrios, as correlações de força e as disposições sociais operantes no planejamento urbano na cidade.
Este artigo discute como o acesso à graduação em medicina pode ser uma ferramenta antirracista, considerando a estrutura social que dificulta o ingresso e a permanência de negros no ensino superior. Assim, o objetivo deste trabalho é analisar a dificuldade de acesso da população negra no curso de medicina. Dessa forma, utilizamo-nos de uma metodologia qualitativa bibliográfica e dialogamos com autores que discutem e analisam a temática em questão: (ALMEIDA, 2019), (SANTOS, 2003), (MBEMBE, 2014) dentre outros. Nessa perspectiva, concluímos que, embora existam políticas de cotas raciais, dados demográficos de 2019 mostram que a população negra ainda enfrenta altos índices de analfabetismo, evasão escolar, baixa presença no ensino superior, desemprego e dependência do serviço público de saúde. Em uma universidade do Rio de Janeiro, o perfil majoritário dos estudantes de medicina é branco, com renda anual superior a US$ 8.640, proveniente de escola particular, com apoio financeiro da família e ambos os pais com ensino superior. Além disso, mesmo após mais de 10 anos da promulgação da Lei de Cotas, a presença de pessoas não brancas no curso ainda não aumentou significativamente. Embora tenham sido desenvolvidas medidas para tentar extinguir o racismo, tais medidas serviram como maquiagem, numa fracassada tentativa de esconder as falhas do sistema educacional, político e socioeconômico em lidar com a estrutura social excludente.
Notas sobre pandemia e saúde quilombola: experiências a partir do Ceará, disponível em: https:/ /www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/170436/163359. Acesso em 09 de ago. de 2022.As quilombolas do Sítio Veiga e a dança de São Gonçalo em Quixadá /CE, disponível em: https:/ /repositorio.unilab.edu.br/jspui/bitstream/123456789/2434/1/ANA%20 MARIA%20EUG%C3%8ANIO%20DA%20SILVA%20Disserta%C3%A7%C3%A3o.pdf. Acesso em 09 de ago. de 2022. ENSAIOS INTERDISCIPLINARES EM HUMANIDADES VOLUME VI PREFÁCIOduções científico-intelectuais e artístico-culturais, se enegreçam crescentemente.Segundo a Quilombola e historiadora Beatriz Nascimento (1989( apud RATTS, 2006: "Quilombo é infinito, espaço de história, pois nele tem história, é história". Desse modo, os Quilombos fazem-se como fontes vivas de conhecimentos históricos e ancestrais, que alimentam e educam os nossos povos, as nossas mentes e os nossos corpos por meio da tradição, da partilha e da coletividade.É nesse chão-território e útero tão sagrado que-mais uma vez-nos nutrimos de saberes, fazeres, tradições, memórias, costumes e crenças. Queremos, portanto, na UNILAB um espaço de comunhão com o nosso chão, de contação, (re)existência, alimentação, iniciação e construção de nossa própria História.Atualmente, temos em nossa universidade estudantes de 11 territórios Quilombolas, sendo eles: Córrego dos Iús/Acaraú; Sítio Veiga/Quixadá; Cumbe/Aracati; Batoque/Pacujá; Lagoa dos Crioulos/Salitre; Serra do Evaristo/Baturité; Três Irmãos/ Croatá; Nazaré/Itapipoca; Serra da Rajada/Caucaia; Capuã/ Caucaia; Alto Alegre/Horizonte; nos diversos cursos de graduação como: agronomia, história, antropologia, sociologia, pedagogia, enfermagem, humanidades, administração pública, ciências biológicas, letras português, farmácia e também no Mestrado Interdisciplinar em Humanidades.A presença desses/as Quilombolas só foi possível devido ao Edital Específico para Indígenas e Quilombolas, que teve início em nossa instituição no ano de 2017, mas que foi interrompido em 2019. Segundo a Comissão dos/as Estudantes Quilombolas da UNILAB-CE (CEKUCE, 2022), o aumento do número de discentes matriculados/as foi significativo, pois houve um salto de 01 para 57 estudantes, pertencentes a 11 territórios quilombolas cearenses. ENSAIOS INTERDISCIPLINARES EM HUMANIDADES VOLUME VIPREFÁCIO ser uma bandeira de toda a sociedade. A luta é para que a universidade seja um Quilombo novo, um novo Quilombo que leve em consideração nossos saberes/fazeres, um Quilombo-acadêmico 10 : que contemple vivamente em suas componentes, em suas linhas de pesquisa, em suas ações extensionistas e didático-curriculares o que nós somos, a nossa Ancestralidade, de onde viemos, o nosso chão e qual é a nossa proposição na História.Seguimos sem Conclusão, sem ponto final, porque o trabalho de resgate e ressignificação de nossa História não se encerra aqui, ficando aberto para as demais pessoas que queiram contribuir com uma sociedade mais justa, antirracista, efetiva e materialmente descolonizada, mais solidária e igualitária. Só po...
No decorrer de 2020, e com continuidade em 2021, a pandemia da Covid-19 surpreendeu a sociedade e impôs obrigatoriedade aos pesquisadores não somente para readequar atividades e metodologias extensionistas, mas também redirecionar o foco das ações, colaborando com o enfrentamento ao coronavírus. Este relato de experiência apresenta seis ações de enfrentamento à Covid-19 realizadas em 2020 e em 2021, com participação de um grupo de extensão e pesquisa atuante a partir de uma universidade federal interiorizada e internacionalizada. O relato apresenta cada ação, indicando como ela surgiu, descrevendo sua metodologia, as atividades e os processos efetivados, os resultados e as produções geradas. Espera-se, assim, fomentar reflexões teórico-empíricas relevantes acerca do lugar, do caráter e da relevância da extensão acadêmica na sociedade, particularmente no que envolve o enfrentamento a graves questões de saúde pública.
As ações aqui apresentadas têm como elemento comum a constituição de situações e espaços marcados pela partilha de experiências e pelo caráter dialógico, envolvendo comunidades, movimentos sociais e jovens em movimento, os quais vivenciam experiências de intercâmbio de curto prazo, revelando conflitos urbanos e também dinâmicas associativas e de mobilização social articuladas às demandas por direitos e ao protagonismo político juvenil. http://dx.doi.org/10.35700/ca.2020.ano7n13.p59-63.2792
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