RESUMOForam realizadas avaliações eletrocardiográficas pré-operatórias em 474 cães, machos e fêmeas, com o objetivo de analisar a frequência de alterações eletrocardiográficas e sua relação com indicação cirúrgica, sexo, idade, raça, peso, escore corporal (obesidade), histórico e sinais físicos de doenças cardíacas. As alterações eletrocardiográficas foram observadas em 220 animais (46%), sendo mais frequentes nos machos (n=116; 52,7%). O aumento na duração do QRS foi a alteração mais observada (n=54; 24,5%). Sugere-se o exame eletrocardiográfico de rotina na avaliação pré-cirúrgica, independentemente de idade, peso, histórico ou sinais físicos de cardiopatia.
A técnica de denervação coxofemoral é realizada em cães displásicos, com o intuito de aliviar a dor. O objetivo deste trabalho foi avaliar alívio da dor, melhora da função articular, reabilitação muscular e progressão da instabilidade em 10 cães displásicos submetidos à técnica de denervação da articulação coxofemoral. A graduação da apresentação clínica foi realizada através de avaliações específicas da andadura, testes de estação bípede, de rotação com abdução externa e de iliopsoas. A reabilitação muscular foi avaliada através da circunferência da coxa e exame físico. A avaliação da instabilidade foi feita através de técnica radiográfica para índice de distração. Na graduação da claudicação e teste de estação bípede foi verificado que houve redução significante a partir de um mês pós-cirúrgico. Já nos testes de abdução com rotação externa, houve redução da dor a partir do sétimo dia póscirúrgico; no teste de iliopsoas houve redução significante da dor, em todos os tempos do pós-cirúrgico. Houve aumento significante da circunferência da coxa a partir do sétimo dia. Foi observado que 90% tiveram redução do índice de distração, refletindo melhora da instabilidade. A técnica é eficaz no alívio da dor, na reabilitação muscular após a melhora na capacidade de exercitar-se e na redução da instabilidade, sendo motivo de satisfação para os proprietários.
O trauma medular é uma das entidades neurológicas mais freqüentes e mais graves na prática clínica. A lesão medular aguda inicia uma seqüência de eventos vasculares, bioquímicos e inflamatórios que resultam no desenvolvimento de lesões teciduais secundárias, levando à destruição progressiva do tecido neuronal com conseqüências desastrosas e freqüentemente irreversíveis às funções motora e sensorial do animal. Esta afecção deve ser considerada emergencial, visto que a intervenção rápida e adequada em intervalo de tempo apropriado, pode limitar a extensão dos danos ao tecido neuronal, favorecendo assim a recuperação neurológica do paciente. Em geral, no tratamento da lesão medular aguda são utilizados agentes neuroprotetores, visando o controle das lesões secundárias, associados ou não à cirurgia para descompressão e estabilização da coluna vertebral. A compressão medular crônica pode ser decorrente de processos que se desenvolvem gradativamente, mas também pode se referir a seqüelas decorrentes dos efeitos do trauma, meses a anos após a ocorrência da lesão. O objetivo deste trabalho é revisar a fisiopatologia do trauma medular, o tratamento médico disponível, as opções para o futuro e as controvérsias existentes sobre o uso de alguns fármacos.
ResumoNeste trabalho estudou-se a participação do Toxoplasma gondii e Neospora caninum na etiologia de sinais neurológicos em cães. Foram utilizados 98 cães com distúrbios neurológicos provenientes da área urbana divididos em dois grupos: Grupo I constituído de 67 animais atendidos no período de 1987 a 1990 pelo Serviço de Neurologia Animal da Universidade Estadual de Londrina, onde se utilizaram os tecidos emblocados em parafina e Grupo II com 31 animais atendidos no período de 2000 a 2001 nesta mesma instituição. Os animais foram avaliados sorologicamente para pesquisa de anticorpos contra T. gondii e N. caninum. Os resultados da sorologia para T. gondii obtidos no grupo I e II foram 82,5% e 35.4%, respectivamente. Foram observadas lesões histológicas compatíveis com cinomose nos dois grupos. Cistos de T. gondii foram diagnosticados em dois cães através da histopatologia e imuno-histoquímica. A neosporose não foi diagnosticada em nenhum animal, provavelmente devido à procedência urbana dos animais estudados. Palavras chave: Neospora caninum, Toxoplasma gondii, sistema nervoso, cães, imuno-histoquímica.
AbstractThe evolvement of Toxoplasma gondii and Neospora caninum on etiology of clinical-neurological signs in dogs was investigated in this work. Ninety-eight urban dogs with neurologic disturbances were divided into two groups: Group I consisted of 67 dogs examined by the Animal Neurologic Service of Universidade Estadual de Londrina, between 1987 and 1990. Group II consisted of 31 dogs examined on the same University between 2000 and 2001. Dogs were serological evaluated for evidence of T. gondii or N. caninum. The serological results for T. gondii were 82,5% and 35.4% on groups I and II, respectively. Histologic lesions compatible with distemper on the two groups were observed. T. gondii cysts were observed in two dogs by histopathology and immunohistochemistry. Neosporosis was not observed in these dogs, possibly because their urban origin.
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi avaliar os resultados da técnica de interligação extracapsular fêmoro-fabelo-tibial, como forma de tratamento da ruptura do ligamento cruzado cranial (RLCC) espontânea em cães, utilizando para isto avaliações clínicas e radiográficas. Neste estudo, foram operados 13 cães, divididos em dois grupos: ruptura unilateral (RU) e ruptura bilateral (RB
O ioversol, contraste iodado hidrossolúvel não iônico, na concentração de 320mg I/ml foi utilizado para a realização de 26 estudos neuroradiográficos contrastados (mielografias, epidurografias, e ventrículografia cerebral) em 22 cães. Devido à rápida absorção do contraste, as melhores radiografias foram obtidas nos primeiros 30 minutos. O produto ofereceu apropriadas radiopacidade, tempo de permanência, difusão e miscibilidade no líqüor, facilitando os diagnósticos, assim como mínima ocorrência de reações indesejáveis durante e após o procedimento radiológico. Apesar de terem sido utilizados para a anestesia, as associações zolazepam-tiletamina e levomepromazina; xilazina ou diazepam-tiopental sódico, nenhum paciente desenvolveu convulsões. A apresentação do ioversol em frasco arnpola foi também outra vantagem, por diminuir o desperdício e facilitar a reesterilização do excedente na autoclave.
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