Ce travail a pour objectif celui de relativiser les critiques psychanalytiques adressées au champ psychiatrique fondées sur la conception de l'existence unitaire, absolue et sans clivage, de quelque chose qui fonctionnerait comme étant «La Psychiatrie». En montrant les tensions existant au sein même de la psychopathologie psychiatrique par l'émergence du sujet et de sa singularité, nous cherchons à indiquer des pistes pour la construction d'une psychiatrie fondée sur une éthique du sujet et de son désir.
O presente artigo apresenta como Jacques Lacan inaugura uma nova maneira de abordar a experiência mística à luz da psicanálise. Contrapondo-se a tendências no campo da psicologia, da psiquiatria e da psicanálise de patologizar esse fenômeno, reduzindo-o à sintomatologia histérica ou psicótica, o mestre francês aproximou o percurso do analista daquele empreendido pelo místico, traçando uma íntima conexão entre o fim da análise e a conquista de uma abertura para o campo do feminino. Nas trilhas abertas por esse autor, propomos diferenciar as noções de gozo Outro e gozo do Outro, indicando elementos para um diagnóstico diferencial entre experiência mística (marcada pela dessubjetivação) e surto psicótico (marcado pelo aniquilamento subjetivo).
Este artigo pretende refletir sobre as falas dos sujeitos em tratamento psicanalítico durante a pandemia de COVID-19 pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) e, para tanto, elegeu alguns significantes que se impuseram à escuta dos psicanalistas ao longo do tempo.
No que tange à arte ou ciência de governar a psicanálise só pode ser afeita a políticas não totalitárias, não excludentes, não genocidas, não fascistas. É apenas com essas políticas que a dimensão cidadã, da atividade de um psicanalista pode se comprometer. Pelo fundamento da livre circulação da palavra, no qual a psicanálise foi inventada e prosperou, é em defesa de políticas não totalitárias que faz sentido sua militância nos coletivos diversos nos quais ela se engaja. A abstinência na intimidade da clínica encontra como contrapartida o engajamento na atuação pública. Se assim não for, há que se desconfiar da ética em jogo. Não à toa essa prática da circulação da palavra tem afinidades com a Democracia...
Com muita alegria, abrimos esta edição trazendo seção de artigos temáticos, que versa sobre a temática da memória, da voz, da música e das musicalidades em psicanálise, três instigantes artigos que abrangem com pertinência o cruzamento entre psicanálise e cultura. Em consonância com a Edição Especial de Psicanálise & Barroco em Revista sobre o tema "Psicanálise e Política: versões e reversões do mundo e do imundo" lançado no mês de Outubro deste ano, abrimos este número com um escrito do psicanalista Jean-Michel Vivès que é, ao mesmo tempo, uma reflexão profunda sobre a incidência da vozem sua vertente superegóicaem diferentes correntes políticas autoritárias e, principalmente, um convite, um chamado, à criação de outras saídas e escolhas possíveis que confirmem a dimensão desejante dos sujeitos.É assim que em "Não havia outra escolha possível": conformismo,
O presente artigo tem como objetivo trazer algumas contribuições da psicanálise para o esclarecimento da questão da violência contra a mulher, um fenômeno que se repete na história das sociedades. Buscando pensar sobre as bases estruturais dessa violência, recorremos à teoria lacaniana dos gozos fálico e gozo Outro, feminino, propondo uma diferenciação entre o que se supõe como gozo Outro e o que se estabelece como gozo do Outro. Seguindo o caminho aberto por Lacan, lançamos a hipótese de que o gozo do Outro pode estar relacionado com a vivência no sujeito posicionado do lado do masculino, de um gozo intrusivo e devastador atribuído a um Outro vivido como absoluto, mobilizando reações misóginas e mesmo feminicidas. Tal distinção foi operativa no sentido de nos possibilitar pensar no que aqui designamos como “devastação no masculino” e sua possível relação com o que no artigo discernimos como “violência contra o feminino na mulher”.
Inspirada pela iniciativa da Revue Psychologie Clinique sob o projeto de Olivier Douville, Luis Eduardo Prado de Oliveira que recolheu, traduziu e editou diversos textos que compuseram na revista mencionada, uma seção intitulada: “A psicanálise na tormenta: testemunho de brasileiros”, tivemos a ideia de publicarmos o presente número especial intitulado: Psicanálise e Política: versões e reversões do mundo e do imundo. Para tal, convidamos a escrever, tanto alguns colegas que já haviam colaborado com referida revista, quanto vários outros psicanalistas ou não, que pudessem se pronunciar sobre as memórias desses tempos conturbados.
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