OBJETIVO: Avaliar o efeito da esplenectomia total e parcial (hemiesplenectomia e esplenectomia subtotal) no lipidograma de cães. MÉTODO: Foram operados 38 animais, adultos, machos, mestiços, com peso entre 13kg e 15kg. No pré-operatório, depois do exame clínico e jejum de 12 horas de uma dieta-padrão, foram realizados hemograma e lipidograma. Após anestesia geral com tiopental sódico os cães foram submetidos à laparotomia mediana supra e infra-umbilical. Procedeu-se no grupo 1, de sete cães, apenas à manipulação do baço (simulado); no grupo 2, de nove cães, à hemiesplenectomia cranial; no grupo 3, de nove cães, à esplenectomia subtotal, com preservação do pólo inferior do baço, após ligadura e secção dos troncos principais dos vasos esplênicos próximos ao hilo; e no grupo 4, de 13 cães, à esplenectomia total. RESULTADOS: No grupo 4 (esplenectomia total), quando comparamos os valores do lipidograma dos diferentes períodos pós-operatórios com os do pré-operatório, os nossos resultados mostraram que houve aumento significante do colesterol total em todos os períodos pós-operatórios (p < 0,05, p < 0,01). O HDL aumentou significantemente no 7º (p < 0,01) e 28º dias de pós-operatório (PO) (p < 0,05), e não significantemente (p>0,05) no 56º PO. O LDL aumentou significantemente no 56º PO (p < 0,01) em relação também aos demais períodos do pós-operatório. Os triglicerídeos e VLDL não apresentaram alterações significantes. Nos animais dos grupos 1 e 3 não houve alterações significantes. Nos do grupo 2, houve aumento significante do colesterol no 7º PO. Não houve diferença estatisticamente significante de peso entre os remanescentes das esplenectomias parciais. CONCLUSÕES: A análise dos resultados nos permitiu concluir que a esplenectomia total induz aumento significante do colesterol total, das frações HDL e LDL, enquanto os níveis de triglicerídios e a fração VLDL não sofrem alterações; a conservação da metade inferior do baço ou a esplenectomia subtotal, com preservação do pólo inferior, protege o animal de alterações lipídicas significantes.
Purpose:To assess the possibility of preserving the lower pole of the spleen, supplied by the inferior lobar vessels and segmental vessels, or by vessels of the gastrosplenic ligament, in subtotal splenectomy; to study the viability and function of the lower pole of the spleen. Methods: Thirty-six male Wistar rats were used in this study. Said animals weighed 273-390 g ( 355.2 ± 30.5 g ), and were randomly distributed into three groups. Group 1 comprised ten animals which were submitted to exploratory laparotomy with spleen manipulation (sham operation). Group 2 comprised 16 animals which were submitted to total splenectomy. Group 3 comprised ten animals which were submitted to subtotal splenectomy, preserving the lower pole of the spleen. Blood was collected from all animals before and 90 days after surgery to measure the levels of cholesterol and triglycerides. The animals were sacrificed 90 days after surgery. Spleens and remaining spleens were removed for macroscopic and microscopic examination. Results: Surgery was performed with no complications in all groups. Six animals died in group 2. Spleens of groups 1 and 2, and lower poles of group 3 were macroscopically viable. Apparent white pulp hyperplasia was observed in group 1. In group 3, slight inflammation and capsular fibrosis were observed at the incision site, as well as diffuse hemosiderosis in the red pulp. Average mass of remaining spleen was 35.84% ± 4.31%. No significant difference was observed between preoperative and late postoperative lipid levels in groups 1 and 3 (p > 0.05). Late postoperative lipid levels significantly increased in group 2. Conclusions: Preservation of the lower pole of the spleen (supplied by gastrosplenic vessels or inferior lobar vessels and segmental vessels) was possible with subtotal splenectomy. The lower pole was macroscopically and microscopically viable in all cases. Subtotal splenectomy preserving the lower pole prevented changes in lipid levels, which were observed in rats submitted to total splenectomy. Plasma lipid levels in rats submitted to subtotal splenectomy were similar to those observed in sham operated rats. Key words: Spleen. Splenectomy. Rats. RESUMOObjetivo: Avaliar a exequibilidade de preservação do pólo inferior suprido por vasos lobares inferiores e segmentares ou por vasos no ligamento esplenogástrico, na esplenectomia subtotal, e estudar a viabilidade e a função desse pólo. Métodos: Foram utilizados 36 ratos machos, Wistar, com peso entre 273 gramas e 390 gramas (M.A 355,2 ±30,5), distribuídos aleatoriamente em 3 grupos : grupo 1-10 animais submetidos à laparotomia com manipulação do baço (operação simulada); grupo 2-16 animais submetidos à esplenectomia total ; grupo 3-10 animais submetidos à esplenectomia subtotal com preservação do pólo inferior. Em todos os animais foi colhido sangue no pré-operatório e no 90º P.O para dosagem do colesterol e frações e triglicérides. Os animais foram mortos após 90 dias e o baço e o remanescente esplênico foram retirados para estudo macro e microscó...
O objetivo desse trabalho foi estudar a viabilidade do pólo inferior (PI) do baço de cães, após a ligadura e secção da artéria e veia esplênicas. Foram operados 24 cães, mestiços, machos, com peso variando entre 12kg e 14kg. Os animais anestesiados foram submetidos a laparotomia mediana supra e infra-umbilical, com 12cm de comprimento. Nos do grupo 1 fez-se a ligadura e secção da porção superior do ligamento gastroesplênico, ligadura e secção da artéria e veia esplênicas. Após a ligadura do ramo descendente dos vasos esplênicos, o baço foi seccionado transversalmente, a superfície de corte do PI foi suturada e a peça enviada para estudo microscópico. A parede abdominal foi suturada por planos. Os cães foram mantidos vivos e sacrificados no sétimo (subgrupo I A - quatro cães), 15° (subgrupo 18 - cinco cães), trigésimo (subgrupo I C - quatro cães) e septuagésimo dia (subgrupo I D - três cães). Nessa ocasião, o Pl foi retirado para estudo. No grupo 2, três cães foram submetidos a laparotomia e manipulação do baço (controle 2 - simulação), para controle morfológico. Esse procedimento foi feito no 15° dia (subgrupo 2A - dois cães) e no sexagésimo dia (subgrupo 28 - um cão). Dos 24 cães operados, cinco foram a óbito. A causa foi evisceração (dois cães), hemorragia intraperitoneal (um cão), hemorragia digestiva baixa de causa não esclarecida (um cão) e indeterminada (um caso). O exame macroscópico do PI comparado àquele dos controles I e 2 mostrou aspecto duvidoso em apenas dois casos, onde o PI apresentava-se aderido firmemente à parede abdominal e alças intestinais. Não houve, no entanto, diferença estatisticamente significante (p>O.O5 - teste exato de Fisher) no número de casos viáveis entre os grupos controles e grupo I. O exame microscópico do PI, comparado àqueles do restante do baço (controle I) e ao controle 2 (simulação), mostrou que a referida porção apresentou alterações morfológicas discretas, na maioria dos casos, e sinais de regressão em dois casos. Esse número não induziu, também, resultados estatisticamente significante (p>O.O5). A análise dos nossos resultados nos permitiu concluir que o PI do baço de cães manteve-se viável em 86,6% dos casos, mesmo com a ligadura da artéria e veia esplênicas.
The triage and transport of victims have been performed satisfactorily. However, more attention should be given to exposure and hypothermia protection of victims, since this item compromised treatment.
After splenectomy, hyperlipidemia occurred with both diets. Preservation of the upper pole tended to correct dyslipidemia in modality A and to attenuate it in subgroup B.
OBJETIVO: Verificar o efeito da esplenectomia total, da ligadura dos vasos esplênicos principais e da esplenectomia subtotal com preservação do pólo inferior, nos lípides plasmáticos de ratos alimentados com dieta-controle ou dieta acrescida com 2,5% de colesterol. MÉTODO: Foram utilizados 111 ratos Wistar, machos, pesando entre 273g e 427g, com idade aproximada de 12 semanas, assim distribuídos: Grupo 1, controle (N = 20), não operado; Grupo 2 (N = 20) submetido à manipulação do baço; Grupo 3 (N = 31) submetido à esplenectomia total; Grupo 4 (N = 20), ligadura simultânea da artéria e veia esplênicas; Grupo 5 (N = 20), esplenectomia subtotal com preservação do pólo inferior. Foram dosados os lípides plasmáticos, e os ratos foram distribuídos em dois subgrupos, de acordo com a dieta (Subgrupo A- dieta-controle; Subgrupo B - dieta acrescida com 2,5% de colesterol). Todos os animais foram submetidos à nova colheita de sangue após 90 dias do início do experimento. RESULTADOS: Os animais submetidos à esplenectomia total, independentemente do tipo de dieta, apresentaram aumento significante (p < 0,05) do colesterol total, LDL, VLDL e triglicérides. O aumento da HDL foi significante nos ratos alimentados com dieta-controle (p < 0,05) e não significante nos alimentados com dieta acrescida com 2,5% de colesterol (p > 0,05). Os animais submetidos à ligadura simultânea da artéria e veia esplênicas e à esplenectomia subtotal com preservação do pólo inferior e alimentados com dieta-controle, não apresentaram alterações nos níveis de lípides plasmáticos, exceto pelo aumento da HDL (p < 0,05) observado no grupo da esplenectomia subtotal. Nos animais desses grupos, alimentados com dieta acrescida com 2,5% de colesterol, houve aumento significante de colesterol total, LDL, e VLDL e triglicérides. CONCLUSÕES: A esplenectomia total produz aumento significante do colesterol total, das frações LDL e VLDL e dos triglicérides, tanto nos ratos alimentados com dieta-controle quanto nos alimentados com dieta acrescida com 2,5% de colesterol. O aumento é mais significante nos animais alimentados com dieta acrescida com 2,5% de colesterol. A ligadura simultânea da artéria e veia esplênicas e a esplenectomia subtotal com preservação do pólo inferior previnem contra as alterações dos níveis de lípides plasmáticos observadas em ratos submetidos à esplenectomia total alimentados com dieta-controle ou acrescida com 2,5% de colesterol.
PURPOSE: To study the effects of peritoneal lavage with a 2% lidocaine solution, on the survival of the rats submitted to peritonitis caused by their own feces. METHODS: Forty-eight Wistar rats, weighting between 300g and 330g (mean, 311,45 ±9,67g), were submitted to laparotomy 6 hours following induction of fecal peritonitis. Animals were randomly divided into four groups of 12 each as follows: 1- Control, no therapy; 2- Drying of the abdominal cavity; 3- Peritoneal lavage with saline and drying; 4- Peritoneal lavage with a 2% lidocaine solution and drying. Animals that died were submitted to necropsy and the time of their death recorded; survivors were killed on the post-operation 11th day and necropsied. RESULTS: Death occurred within 52 h in all animals of group 1; within 126 h in 100% of those of group 2; within 50 h in 50% of those of group 3. All animals of group 4 survived. Survival on the 11 th day was higher in groups 3 and 4 than in groups 1 and 2 (p<0.001), and higher in group 4 than in group 3 (p<0.01). CONCLUSION: Peritoneal lavage with a 2% lidocaine saline solution without adrenaline, prevented the mortality of all animals with fecal peritonitis .
PURPOSE:To evaluate the histological features in lungs, peritoneum and liver of rats subjected to fecal peritonitis and treated with peritoneal lavage with 0.2% ropivacaine. METHODS: Twenty Wistar rats were subjected to laparotomy 6 h after the fecal peritonitis induction with autogenous stool. Rats were randomly distributed into 4 groups: I -(n=5) Control, no treatment; II -(n=5) Drying of the abdominal cavity; III -(n=5) Abdominal cavity lavage with 3 ml 0.9% saline solution and drying; and IV -(n=5) Abdominal cavity lavage with 3 ml 0.2% ropivacaine and drying. The animals that died underwent necropsy, and the surviving ones were subjected to euthanasia on the 11th day post-surgery. Fragments of liver, lungs and peritoneum were removed for histological evaluation. RESULTS:The animals that received peritoneal lavage (groups III and IV) showed greater survival than the drying and control groups. Lavage with ropivacaine prevented death during the observed period. Peritoneal lavage with ropivacaine maintained the architecture of the lung, peritoneum and liver without any important histological alterations. The histopathological findings analyzed correlated with greater survival of group IV. CONCLUSION: Treatment of fecal peritonitis in rats with peritoneal lavage using 0.2% ropivacaine demonstrated a reduction in histopathological alterations related to inflammatory response and sepsis. Key words: Peritonitis. Peritoneal Lavage. Anesthetics. Sepsis. Rats. RESUMO OBJETIVO:Avaliar os aspectos histopatológicos em pulmões, peritônios e fígados de ratos submetidos à peritonite fecal e tratados com lavagem peritoneal com ropivacaína a 0,2%. MÉTODOS: Utilizou-se 20 ratos Wistar, submetidos à laparotomia 6 horas após a indução de peritonite fecal com fezes autógenas, distribuídos aleatoriamente em quatro grupos: I-(n=5) Controle, nenhum tratamento; II-(n=5) Enxugamento da cavidade abdominal; III-(n=5) Lavagem da cavidade abdominal com 3 ml de solução salina 0,9% e enxugamento ; IV-(n=5) Lavagem da cavidade abdominal com 3 ml de ropivacaína a 0,2% e enxugamento. Os animais que morreram foram necropsiados e os sobreviventes foram eutanasiados no 11º dia do pós-operatório. Retirou-se fragmentos do fígado, pulmões e do peritônio dos animais para estudo histopatológico. RESULTADOS: Os animais que receberam lavagem peritoneal (grupos III e IV) apresentaram maior sobrevida que os grupos enxugamento e controle. A lavagem com ropivacaína impediu o óbito no período avaliado. A lavagem peritoneal com ropivacaína manteve a arquitetura do pulmão, peritônio e fígado sem alterações histológicas importantes. Os achados histopatológicos analisados foram condizentes com o maior tempo de sobrevida no grupo IV. CONCLUSÃO: A lavagem peritoneal com ropivacaína a 0,2% no tratamento da peritonite fecal em ratos demonstrou reduzir as alterações histopatológicas relacionados à resposta inflamatória e sepse. Descritores: Peritonite. Lavagem Peritoneal. Anestésicos. Sepse. Ratos.Brocco MC et al.
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