Este trabalho constitui um relato de experiência e de intervenção da Psicologia junto à equipe multiprofissional de uma Estratégia Saúde da Família de um Município do interior paulista, através da oferta de um espaço terapêutico para usuários egressos de internações psiquiátricas. Possuímos como objetivo contribuir com a reflexão sobre as ações terapêuticas, dialogando sobre a construção de um projeto coletivo de cuidados ampliados voltado para a prevenção, a promoção e a proteção da saúde mental no Território. A metodologia utilizada foi baseada na perspectiva construtivista da Psicologia social da saúde, proposta por Spink (2003), e no método da roda, proposto por campos (2003). Percebemos, através do grupo, o fortalecimento dos vínculos e dos laços de confiança entre profissionais e usuários, o que proporcionou a reconstrução das relações sociais que, muitas vezes, foram rompidas devido aos longos momentos de internações psiquiátricas. concluímos que são eficientes as propostas terapêuticas cujas ações enfoquem a desmedicalização e a continuidade do cuidado aos sujeitos egressos de internações psiquiátricas para seu lugar social de origem. Além disso, as ações e os planos de cuidado, seja para promover a saúde, seja para prevenir doenças, dependem da participação ativa dos sujeitos, pois, do contrário, as práticas e os projetos de cuidado perdem a sua eficácia.
Resumo: A Educação Permanente em Saúde (EPS) reconhece que é possível por meio de um processo reflexivo, o cuidado integral e humanizado. O objetivo deste estudo foi analisar como uma estratégia de EPS mobilizou a prática da equipe multiprofissional em uma unidade hospitalar. Estudo qualitativo, composto por três etapas: dois grupos focais, realizados de forma prévia e posterior à intervenção subsidiada pelo Planejamento Estratégico Situacional. Utilizou-se como referencial metodológico, o Discurso do Sujeito Coletivo. Nos resultados verificou-se ganho de conhecimentos, novas habilidades e atitudes exploradas a partir da subjetividade dos encontros. Mudanças aconteceram com relação à identificação da potencialidade da EPS, seus alcances e efetividade como ferramenta de gestão e de construção de uma práxis. A organização desta proposta pode ser motivadora para a realização de EPS em outros espaços, por permitir a grupalidade e a cogestão de processos de trabalho.Palavras-chave: Educação Permanente em Saúde; Integralidade em saúde; Capacitação em Serviço; Planejamento em Saúde. Permanent education and the health practices: perceptions of the multiprofessional-teamAbstract: The Permanent Education in Health (PEH) recognizes that it is possible through a reflexive process, the integral and humanized care. The objective of this study was to analyze how a strategy of PEH mobilized the practice of the multiprofessional team in a hospital unit. Qualitative study, composed of three stages: two focus groups, carried out before and after the intervention subsidized by the Strategic Situational Planning. The Collective Subject Discourse was used as methodological reference. In the results it was verified gain of knowledge, new abilities and attitudes explored from the subjectivity of the meetings. Changes occurred in relation to the identification of the potentiality of EPS, its scope and effectiveness as a tool for management and construction of a praxis. The organization of this proposal can be motivating for the execution of EPS in other spaces, because it allows grouping and co-management of work processes.Keywords: Permanent Education in Health; Integrality in health; Training in Service; Health Planning.
Trata-se de pesquisa qualitativa, realizada com sete apoiadoras institucionais de um município do interior paulista, com o objetivo de verificar o processo experiencial na gestão da Atenção Básica. A partir da análise de conteúdo temática, foi discutida a construção da experiência, da identidade e a necessidade da supervisão-apoio do apoiador institucional. Consideram-se as barreiras na construção de novas práticas de atenção à saúde e de gestão, com o desafio de institucionalizar a proposta e fortalecer a Educação Permanente, como ferramentas para a reorganização da gestão da Atenção Básica.
When studying the implementation movement of active learning methodologies, especially the Problem Based Learning (PBL) at medical schools, it is considered that faculty training is of great relevance and is a weakness to be overcome. In this paper, an experience from a medical school is shared concerning the accession to PBL especially focusing the course on the faculty development during this process. The Faculty Development Program (FDP), made permanent in this institution, is presented, as well as its steps in 17 years of existence: strategies and guidelines for practical support. At first, faculty training programs were based on Continuing Education (CE) and Permanent Education (PE) demonstrating theoretical references and methodologies paying greater attention to the current process of Academic Permanent Education (APE). This study also describes the APE organization, potentialities and weaknesses rates and, following that, broadens reflection on challenges surrounding faculty training programs in medical schools. It is concluded that APE, when promoting operative group activities and active knowledge production, it supports and strengthens team work. When stimulating active attitude for personal and professional teacher growth, APE also collaborates for pedagogical, curricular and humanistic development of the higher education institute.
RESUMO Introdução A comunicação se apresenta como uma habilidade que deve ser conquistada na graduação médica, configurando-se como um campo de conhecimento a ser contemplado no que se refere à formação médica. A forma como a comunicação é feita, incluindo seu conteúdo, constitui um importante elemento do vínculo estabelecido entre paciente, equipe, família e instituição de saúde. Diante das Diretrizes Curriculares Nacionais, estimula-se a aprendizagem por meio de metodologias ativas, com a comunicação como parte do processo ensino-aprendizagem, com o desafio de contemplar a comunicação de más notícias de forma efetiva na formação. Objetivo Analisar as percepções de estudantes de Medicina que cursam um currículo organizado com metodologias ativas acerca da comunicação de más notícias na formação. Método Tratou-se de um estudo qualitativo, realizado na Faculdade de Medicina de Marília (SP). Participaram da pesquisa 39 estudantes da primeira à sexta série do curso de Medicina. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada, e os dados foram analisados por meio da técnica de Análise de Conteúdo, na modalidade temática. Resultados e discussão Com base na análise realizada, foram identificadas quatro categorias temáticas: Dificuldades em definir “comunicação de más notícias”: produto ou processo?; É possível aprender a dar ou receber más notícias pela experiência?; Dificuldades na implementação do currículo integrado: insuficiente articulação teórico-prática em comunicação de más notícias; Valorizando a comunicação de más notícias: é preciso preparo teórico, técnico e emocional. Os resultados permitem um olhar circunscrito e importante da percepção dos estudantes sobre a comunicação de más notícias dentro da proposta curricular. Considerações finais Aponta-se que os participantes do estudo percebem a necessidade de maior articulação teórico-prática, preparo dos docentes e um cuidado com a formação pessoal e profissional dos estudantes acerca do que abrange a comunicação de más notícias. Espera-se que o estudo contribua para ampliação dos olhares acerca do tema no que se refere ao desenvolvimento de habilidades comunicacionais nos profissionais de saúde a partir da graduação.
RESUMO Este estudo qualitativo teve como objetivo explorar o conhecimento e a experiência de uma equipe de Centro de Atenção Psicossocial Infantil (Capsi) acerca da estratégia do Apoio Matricial (AM), com a participação de cinco profissionais da equipe de referência e quatro residentes multiprofissionais. A análise utilizou-se de dois encontros de Grupo Focal no Capsi em 2015-2016 e do Discurso do Sujeito Coletivo. Como resultado, não se chegou a uma definição clara sobre o tema e não se reconheceu uma experiência com AM, tendo dificuldades para implantar esta estratégia dentro das ações de cuidado em saúde mental. Levanta-se a necessidade de articulação de uma rede que realmente consiga contribuir com a mudança de paradigma do modelo médico hegemônico.
Resumo Considerando a escassez de estudos acerca da teoria e prática do Acompanhamento Terapêutico (AT) e um aparente desconhecimento dessa atividade em serviços de saúde mental de um município do interior paulista, este artigo buscou analisar o conhecimento e percepções de equipes de saúde mental acerca dessa temática e discutir a viabilidade local de inclusão deste dispositivo como estratégia de cuidado em saúde mental, dentro da perspectiva da Clínica Ampliada e Reforma Psiquiátrica. O trabalho foi realizado com profissionais da saúde de diversas áreas, nos seguintes serviços: Centro de Atenção Psicossocial II, Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas II, Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil II e Enfermaria Psiquiátrica. Para a coleta de dados foi utilizada a abordagem do grupo focal e, para a análise dos dados, o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). A presente pesquisa possibilitou a problematização acerca do tema e a abertura de espaços para viabilizar a construção deste trabalho nos serviços, o qual consiste em uma potente estratégia para a reforma em saúde mental.
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