Resumo As queixas escolares estão entre os principais motivos de encaminhamento de crianças para atendimento especializado. Esta pesquisa teve por objetivos caracterizar o perfil da demanda encaminhada por queixa escolar aos serviços públicos de saúde de um município do interior paulista no período 2010-2011, bem como identificar e analisar a conduta adotada pelos profissionais da Psicologia no atendimento destinado a ela. Unidades Básicas de Saúde e o Centro Integrado de Atenção Psicossocial – CIAPS – foram os locais designados para a coleta dos dados por serem responsáveis pelo atendimento à população infantil. O estudo contemplou análise documental dos registros sobre a demanda encaminhada e entrevista semiestruturada com os psicólogos que trabalham nos respectivos espaços. Os resultados confirmaram o que aponta a literatura na área da Psicologia Escolar com destaque para o encaminhamento de crianças do sexo masculino com idades entre sete e dez anos que cursam o início do primeiro ciclo do ensino fundamental. Com relação às concepções e práticas profissionais, constatou-se o predomínio do modelo clínico de atenção e certa dificuldade na efetivação de novas formas de atuar. Apesar dos avanços teórico-metodológicos propostos em novas concepções sobre as queixas escolares, estes ainda não se fazem suficientemente presentes na prática desses profissionais.
RESUMO. Este estudo, de natureza teórica, tem por objetivo analisar algumas proposições da Psicologia Histórico-Cultural acerca do psiquismo humano, notadamente no que tange à constituição dos processos afetivos na relação com o desenvolvimento infantil. Para tanto, reúne alguns princípios da filosofia spinosiana que fundamentaram o pensamento de Vigotski sobre os afetos e postula que, para essa escola da psicologia, na base da formação humana se encontram a experiência social e a relação sujeito-objeto, elementos constitutivos dos processos cognitivo e afetivo. As análises desenvolvidas ao longo do texto indicam que os mediadores sociaissignos e instrumentos-subsidiam a formação da atividade e da consciência num processo que legitima a origem histórica e social das funções afetivas. O artigo pretende evidenciar o papel da escola como um espaço privilegiado de acesso aos conhecimentos capazes de transformar os modos de pensar, sentir e agir das crianças por meio dos processos de ensino e de aprendizagem.
A relação entre problemas afetivo-emocionais e aprendizagem escolar se faz presente nas áreas da Psicologia e da Educação. Este estudo, de caráter teórico-bibliográfico, pesquisou elementos que confirmassem a tese da historicidade dos processos cognitivos e afetivos, dando a esses processos uma conotação social e simbólica, e por meio da Psicologia Histórico-Cultural abordou a relação entre sujeito e objeto e a unidade afetivo-cognitiva, propondo a superação do pensamento organicista e subjetivista. Sugeriu a importância de (re)pensar as relações que o sujeito estabelece com o entorno e o papel do conhecimento e das condições concretas de vida e de educação, e destacou a atividade como categoria fundamental na constituição das necessidades e motivos, bem como na formação de desejos e na objetivação desses, potencializando a aprendizagem e movendo o desenvolvimento, já que a formação da subjetividade em cada sujeito é efeito de um processo educativo que deve ser objeto de estudo tanto da Psicologia quanto da Educação.
ResumoA Psicologia Histórico-Cultural afirma a tese da experiência social como base da formação humana e aponta a unidade afetivo-cognitiva como mediadora nas relações do sujeito com o conhecimento no desenvolvimento das funções psicológicas. Este artigo apresenta alguns elementos que apontam para a constituição dos processos afetivos a partir das relações que o sujeito mantém com as objetivações humanas. Parte da crítica ao pensamento organicista e subjetivista que, tanto na Psicologia quanto na Educação, separa as emoções das demais funções no conjunto da consciência humana -tratando-as como um impeditivo nos processos de ensino e de aprendizagem escolar -e assinala a importância de se (re) pensar as relações que o sujeito estabelece com a realidade, o papel do conhecimento e das condições concretas de vida e de educação que produzem os processos afetivos. Defende que pensamento e sentimento são processos psicológicos desenvolvidos a partir da história de apropriação e objetivação de signos e instrumentos que cada sujeito realiza, e afirma a educação escolar e o caráter intencional do trabalho docente -na organização e condução da prática pedagógica -como elementos determinantes na transformação dos modos de pensar e sentir. Palavras-chave: Psicologia. Afeto (Psicologia).
PSYCHOLOGY AS A MEDIATOR IN THE EDUCATION OF YOUNG READERS AbstractThis text reports an activity performed by Psychology undergraduate students at College of Sciences and Languages, São Paulo State University, Assis campus, through an experience of mediation of a contact between young students and reading practice. It was performed in 2013-2014 in a social support entity. In order to this, historical-cultural psychology and Paulo Freire's pedagogy elements were chosen as theoretical references for practical activities: workshops that addressed an alternative method for reading compared to the traditional school model, making the understanding of this knowledge field possible through a group-interpersonal relationship. Results of this experience indicate that Psychology can contribute as a mediator in educational environments. It enhances the relationship with reading, an essential aspect of human culture. Furthermore, the importance for a psychologist to know the boundaries of traditional school practices is emphasized, as they have impaired critical formation for students so that they end up being not able to change this situation. Keywords: Psychology. Reading. Adolescents. LA PSICOLOGÍA COMO MEDIADORA EM LA FORMACIÓN DE JOVENS LECTORES ResumenEste texto expone el trabajo realizado por estudiantes de Psicología en la Facultad de Ciências y Letras Unesp/Assis, mediante la experiencia de acción mediadora del contacto de los adolescentes con la lectura ejecutada entre 2013 -2014 en una entidad social. Para eso, se optó por la Psicología Histórico-Cultural y por puntos de la pedagogía de Paulo Freire como referencias teóricas para las prácticas: talleres que abordaron la lectura de forma distinta al modelo de la escuela tradicional, estableciendo possible noción del campo de lo saber por médio de relación interpersonal grupal. Los resultados indican que la Psicología puede ayudar como mediadora en campos educativos mejorando el vinculo fundamental de la cultura humana que es la lectura. Por fin, reitera la importancia del psicólogo de conocer las limitaciones de las prácticas escolares tradicionales, que han comprometido con la formación crítica de los estudiantes con el fin de ayudar a cambiar esta situación. Palavras clave: Psicología. Lectura. Adolescentes.
Desde o final do século XX no Brasil, observa-se um fluxo exacerbado de encaminhamentos de crianças e adolescentes que vivenciam dificuldades diversas no ambiente escolar e são direcionadas aos serviços de saúde mental. De modo geral, estudos constatam que este fluxo possui caráter histórico, bem como tais demandas infanto-juvenis surgem conforme a criação dos saberes técnicos pré-existentes, sendo intensificadas nas últimas décadas, como consequência de procedimentos institucionais medicalizantes cada vez mais frequentes. A partir de uma análise baseada nos pressupostos do Materialismo Histórico e Dialético e da Psicologia Histórico Cultural quanto a formação humana por meio do processo educativo, a pesquisa intenta verificar que tipo de práticas contemporâneas da Psicologia na saúde são destinadas ao atendimento de demandas escolares, buscando observar em que medida consideram e compreendem a função escolar. Para tanto, foram analisados prontuários de atendimentos psicológicos realizados à demanda escolar, além de realizadas entrevistas com os psicólogos que efetivaram os atendimentos junto a esse público.
ResumoAo anunciar a materialidade dos processos psicológicos humanos, a psicologia histórico-cultural destaca que a cultura é a matéria-prima do desenvolvimento, ou seja, é por meio da inserção da criança, desde o seu nascimento, no universo da linguagem, dos objetos e da história dos homens que a mesma constitui sua condição humana. Esse artigo tem como objetivo apresentar algumas particularidades do desenvolvimento da criança nos primeiros três anos de vida destacando os processos afetivos e a interposição da cultura nesse processo. Utilizando como aporte teórico principal a psicologia de Vigotski e, de maneira especial, o conteúdo referido nas Obras Escolhidas, tomo IV, o artigo contribui para pensar a educação das crianças ainda na primeira infância indicando o papel que os elementos mediadores, em especial os educadores, desempenham nesse processo como forma de expressar outra atitude frente à aprendizagem e ao desenvolvimento. Palavras-chave:Educação. Psicologia da criança. Teoria sócio-histórico-cultural.
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