RESUMOEstudo bibliográfico que buscou identificar a produção científica sobre humanização e assistência de enfermagem ao parto normal. As fontes foram artigos científicos da base de dados da SCIELO-Brasil, período 2000 a 2007. Obtivemos como resultado da busca 13 artigos que foram agrupados nas seguintes áreas temáticas: medicalização do parto, humanização da assistência ao parto, acompanhante no parto e atuação da enfermeira obstétrica. A análise apontou que o paradigma atual é centralizado na intervenção do parto, apesar do movimento da humanização defender o parto natural e fisiológico realizado por enfermeira.. Concluise que assistência de qualidade e humanizada ao parto e nascimento privilegia o respeito, dignidade e autonomia das mulheres, com resgate do papel ativo da mulher no processo parturitivo. Descritores: Enfermagem; Enfermagem Obstétrica; Humanização do Parto. ABSTRACT INTRODUÇÃOHistoricamente a assistência ao parto era de responsabilidade exclusivamente feminina, pois apenas as parteiras realizavam essa prática. Sabe-se que as mesmas eram conhecidas na sociedade pela suas experiências, embora não dominassem o conhecimento científico. Assim, os acontecimentos na vida da mulher se sucediam na sua residência, onde elas trocavam conhecimento e descobriam afinidades, sendo considerada incômoda à presença masculina durante a parturição (1) . Entretanto, partir do século XX na década de 40, foi intensificada a hospitalização do parto, que permitiu a medicalização e controle do período gravídico puerperal e o parto como um processo natural, privativo e familiar, passou a ser vivenciado na esfera pública, em instituições de saúde com a presença de vários atores conduzindo este período. Esse fato favoreceu a submissão da mulher
Estudo com abordagem qualitativa, objetivando compreender na vivência das mulheres a experiência do parto normal domiciliar e hospitalar bem como discutir a vivência das mulheres nos dois tipos de partos. Os sujeitos do estudo foram sete mulheres multíparas residentes em Batalha PI, e o instrumento utilizado foi um roteiro semi-estruturado com a técnica da entrevista. Os resultados revelaram que os partos domiciliares vivenciados pelas mulheres aconteceram mais rápido, de forma natural, sem intervenções e assistidos por parteiras ou por suas mães. As posições de preferência durante o parto domiciliar foram na rede e no assento, e os partos hospitalares foram laboriosos, complicados e com intervenções traumáticas. A melhor posição e o melhor local do parto escolhidos pelas entrevistadas foram na rede e o domicílio, respectivamente. Conclui-se que o parto domiciliar foi natural e humanizado, já o parto normal hospitalar foi conduzido pelos profissionais com intervenções sem a participação ativa das parturientes, tornando-o traumático, desumano e de risco.
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