Objetivou-se revisar os efeitos do uso da vitamina D3 e seus metabólitos na alimentação de frangos de corte. Na atualidade, a indústria avícola tem buscado programas nutricionais eficazes, para que as aves possam expressar o máximo desempenho produtivo. Para linhagens modernas de frangos de corte, a taxa de crescimento é extremamente elevada, iniciando sobre um suporte esquelético imaturo, o que acarreta um aumento na incidência de perdas no processo produtivo, decorrentes de distúrbios metabólicos e esqueléticos. A vitamina D através de suas ações no intestino, ossos, rins e glândulas paratireoides se faz de importância para a homeostase do cálcio e desenvolvimento de um esqueleto saudável. A vitamina D3 e seus metabólitos participam da regulação da homeostase de cálcio e fósforo, através do mecanismo que aumenta a captação intestinal destes, diminuindo as perdas renais e estimulando a reabsorção óssea, quando necessário. De modo geral, o uso da vitamina D3 e seus metabólitos nas rações para frangos de corte têm mostrado que seu uso influencia o crescimento do animal, melhorando o ganho de peso, prevenindo o raquitismo e diminuindo a incidência de discondroplasia tibial. No que se refere aos valores recomendados para as diferentes fases de criação de frangos de corte, ainda são necessárias pesquisas para o esta-belecimento dos níveis suplementares dos metabólitos da referida vitamina que poderão ser utilizados na avicultura industrial, de modo a assegurar o atendimento das exigências nutricionais e o adequado desenvolvimento ósseo.
Avaliaram-se o desempenho e o rendimento de carcaça e cortes nobres de frangos de corte machos com suplemento nas rações de 1,25 dihidroxicolecalciferol e redução de cálcio e fósforo disponível. Foi utilizado um delineamento em blocos ao acaso, com seis tratamentos: 0,0; 1,0; 2,0; 3,0; 4,0 e 5,0µg de vitamina D3 ativa/kg de ração, e seis repetições com 17 aves cada. Aos 8 e 42 dias de idade cada unidade experimental foi pesada para avaliação do desempenho. Posteriormente, quatro aves/repetição foram retiradas e abatidas para mensuração do rendimento de carcaça e de cortes nobres. A inclusão da vitamina D3 ativa influenciou positivamente (P<0,05) o ganho de peso e a conversão alimentar com as suplementações de 1,0 e 2,0µg/kg. O consumo de ração não apresentou diferença significativa para os níveis estudados. O rendimento de carcaça e de cortes nobres de frangos de corte machos aos 42 dias não foram influenciados pelo suplemento de 1,25 dihidroxicolecalciferol e redução de cálcio e fósforo disponível nas rações. Recomenda-se o fornecimento suplementar de 1,0 a 2,0µg/kg de vitamina D3 ativa nas rações para frangos de corte machos de 8 a 42 dias de idade.
O crescimento de um animal depende particularmente do desenvolvimento muscular. Entretanto, para que este desenvolvimento ocorra é necessária à existência do suporte ósseo. Normalmente há um perfeito sincronismo de crescimento de cada sistema, priorizando-se o maior desenvolvimento de um ou outro tecido em um determinado momento (tempo, idade). Entretanto, para as linhagens modernas de frangos de corte, e principalmente nos machos, a taxa de crescimento do tecido muscular é extremamente elevada, iniciando-se em uma fase muito precoce pós-eclosão sobre um suporte esquelético muito imaturo, tendo como conseqüência o aparecimento de desordens locomotoras. A presente revisão teve como objetivo apresentar uma visão geral do tecido ósseo e suas propriedades, bem como os metabolismos a esse relacionado, destacando a importância para avicultura industrial.
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